Ⅰ • Capítulo 17

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"Jogo da vida"
࿆ဲ⃘᷼᷼⏜⃘ᚐℋ⃘ᚐ⏜⃘᷼ဴ࿆

A ansiedade pela discussão com minha mãe ainda afligia meu peito, com a iminente ameaça de que outrora voltaria a me machucar. Louis compreendeu meus sentimentos inquietantes, sendo o meu maior aliado para curar minhas dores físicas causadas pela tensão dos músculos e das feridas emocionais.

Seu melhor jeito de demonstrar afeto era com pequenos cuidados. Meu alfa se expressava da forma mais doce e secreta ao me preparar pequenas refeições, mas agora, posso sentir todo seu amor depositado em cada gesto que dedica apenas à mim.

Para ele, seus gestos mínimos são a forma mais explícita de demonstrar que me ama. Mesmo sendo péssimo interpretando-os anteriormente, agora sou o maior intérprete.

Me acordar de forma doce esta manhã, deixando beijos silenciosos por meu rosto enquanto acariciava meus cabelos eram explicitamente seu corpo gritando que me adora. Me levar no colo até o banheiro, me deixando sentado sobre a bancada da pia e pentear meus cabelos embaraçados foi a forma de demonstrar que se preocupa com meu bem estar. Me dar banho enquanto perguntava o que queria para comer e como me sentia aquela manhã foi um belo e não verbal eu te amo.

Abracei seu corpo, respondendo baixinho a cada questionamento. Doris ainda estava dormindo do outro lado da porta e evitava ao máximo emitir qualquer barulho para não acorda-la. A noite passada foi serena, mesmo após tantas brigas. Não havia como deixar sentimentos turbulentos tomarem o controle quando tinha sorrisos dóceis e amáveis, todos dedicados à mim.

Doris se juntou a mim e Louis no refeitório, cobrando minha promessa de que jantariamos juntos. Ela sorriu, se sentando entre nós com um sorriso aberto e sincero.

Não houve muitos questionamentos sobre eu ser o ômega do irmão dela. Para sua mente infantil, apenas uma dúvida ainda restava e essa era a mais importante: "Se Louis é meu irmão e você é o ômega dele, posso te chamar de irmão também?"

Olhei para Louis brevemente apenas para receber um aceno positivo, acompanhado de um sorriso de incentivo que expressava toda sua alegria. Acenei para Doris que logo me abraçou, seria seu irmão de agora em diante, não havia nada que pudesse mudar tais status.

Volto novamente ao presente quando Louis me abraça. Sinto nossos corações baterem acelerados e em sintonia, fortes e determinados a produzirem um único e melódico som.

Fecho meus olhos apreciando a música alta e doce que meus ouvidos escutam, lembrando dos dias em que tais sons eram emitidos com confusão e medo.

- Acho engraçado o fato de que quando nos reencontramos, meu coração batia como agora, mas insistia em um medo inexistente de você. -Profiro baixinho- Conhecemos a diferença de cada batimento, mas mesmo assim insistia no erro para não aceitar que na verdade eu sempre te amei.

- Eu também errei quando fingia não ouvir seu coração batendo na mesma sintonia que o meu. -Ele sorri- Acho que lidar com o medo é muito mais fácil do que admirar o perigo. Tinha medo de magoar meu ômega mas sequer percebi que estava magoando você tentando protegê-lo.

Rio com seu comentário. Abraço Louis com força, o mais próximo que posso mantê-lo. Não há nada que me impessa de demonstrar afeto e o abraçaria apenas para relembrar a mim mesmo que não havia o que temer.

- Na verdade eu tinha medo. -Acenei- Se eu assumisse que te amava, apenas iria querer você próximo a mim. Tinha medo de ser rejeitado.

- Eu jamais te rejeitaria. -Louis negou- E eu me arrependo amargamente de tê-lo negado no seu cio. Me perdoe.

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⏰ Última atualização: Sep 08 ⏰

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Ferrário •ls ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora