Ⅰ •Capítulo 6

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Órion
࿆ဲ⃘᷼᷼⏜⃘ᚐℋ⃘ᚐ⏜⃘᷼ဴ࿆

Me encontrava perdido, não sabia o lugar onde me encontrava e não poderia identificá-lo pela escuridão à minha frente. Me sentia solitário enquanto um vento violento maltratava meu rosto com seu temperatura gélida entrando em constraste com a minha pele. Meus braços estavam estendidos, tentando encontrar algo além do vazio da noite.

Meus olhos piscavam desesperados por um flash de luz enquanto minha mente tentava se proteger da loucura que lhe rondava. Dentre tantas funções importantes, minha respiração foi esquecida, se tornando ofegante sem que ao menos percebesse. Da minha face sentia cair suor, que se misturava à lágrimas desesperadas aumentando minha melancolia e desespero.

Naquele vazio todo buscava algo para me apoiar. Desejava uma brisa conhecida, um som familiar ou um aroma que me trouxesse de volta para o meu quarto, no calor da minha cama.

Nada ali parecia certo, em contraste tudo indicava ser realmente necessário estar ali, buscando redenção cegamente no meio do vazio. Acho mais à frente algo que se tornava uma penumbra, denunciando a presença de luz. Caminhei incessantemente até a esperança que parecia me aguardar tão próxima.

Quanto mais meus passos apressados aumentavam, mais distante a luz de tornava. Fadigado, me sentei no chão gelado, impossibilitado de encontrar forças para continuar a caminhada de aparência infinita em um lugar tão escuro e perverso. Às cegas, meu carpir se tornou livre, podendo ser ouvido a quilômetros de distância se houvesse realmente algo.

Tudo parecia perdido até que ouvi um sussurar baixo e conhecido, me trazendo até a luz cegamente.

- Olhos verdes? -Sussurou com calma. Não precisava questionar mais para ter certeza de que era olhos azuis me chamando.

- Olhos azuis?! Eu estou aqui! -Minha voz saía da mesma fonte que o milagre de sua aparição. Uma presença se assomou, tudo muito escuro para poder observar seu rosto além da silhueta.

- Ainda sou eu, olhos verdes. -A voz afirmou, cada vez mais próxima- Olhos azuis não existe mais. Mas ainda existe um resquício e está dentro de mim, eu ainda estou aqui!

- Olhos azuis, por favor... -Implorei, sentia as lágrimas grossas descerem pela minha pele.

- Harry, eu sempre estarei aqui.

A voz falou de uma forma peremptória, marcada de autoridade e confiança. Apenas acenei, notando apenas agora o quanto aquilo assemelhava-se com a forma em que Louis falava.

- Harry?

Louis... Sua voz era idêntica à que escutava, tornando aquilo apenas um fruto da minha imaginação ao ser trazido novamente para a realidade por um toque firme no meu braço.

Ao abrir os olhos, não encontrei mais a escuridão que me cercava mas sim os olhos azuis e preocupados de Tomlinson. Ele suspirou aliviado assim que acordei.

Quiçá meu sonho estivesse tão bom que senti seu polegar acariciando meu braço, me persuadindo a voltar ao mundo dos sonhos. Aquilo parecia tão bom que apenas foquei no ambiente que estava quando o alfa voltou a falar:

- Acho que alguém aqui acabou dormindo. -Ele riu nasalado- Está tão maçante assim?

- E-Eu dormi? -Ele acenou positivamente- Me desculpa, não sei o que aconteceu.

- Você parece estar cansado, é normal acabar dormindo. -Ele deu de ombros, sua voz era tão calma que me induzia ao sono lentamente sem ao menos perceber.

- Desculpa, isso não vai se repetir. -Murmurei piscando os olhos, tentando de tudo para despertar.

- Vá descansar, Harry. -Sua voz era firme, mas ainda sim calma- Ontem você e Liam foram dormir muito tarde.

Ferrário •ls ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora