Espião

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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

- Mais cinquenta flexões! - o Capitão gritou.

Encaro os três homens a minha esquerda, todos focados no exercício.

Torchio era o último da fila. Ele exibia sua musculatura sem a camisa e parecia o mais indiferente com a situação.

Ethan Torchio era os músculos da nossa equipe. Ex-soldado das forças armadas, faixa preta em karatê, judô, jiu-jítsu, entre outros tipos de artes marciais.

Por que ex-soldado? Bom, ele foi expulso por espancar um pelotão inteiro.

Sozinho.

O homem parecia sentir prazer ao sentir adrenalina. Na hora da ação sempre exibia um sorriso maniaco no rosto, que era exatamente o que ele estava mostrando agora enquanto realizava a "punição" com perfeição e sem um pingo de suor. Flexões eram fichinha para ele.

David por outro lado, suava como um porco e de vez ou outra, balançava propositalmente a cabeça como um cachorro após o banho, espalhando o fluido nojento que encharcava o seu cabelo pelo meu braço.

Imbecil!

Damiano David era os nossos olhos e ouvidos. Nosso hacker. Com apenas nove anos ganhou seu primeiro computador e simplesmente invadiu o sistema da NASA para descobrir se Neil Armstrong realmente pisou na lua ou era só uma farsa. O ceticismo em pessoa. Ele formou-se em algumas áreas da engenharia e hoje é um dos, se não o, melhor hacker do continente.

Um grunhido chama a minha atenção.

Raggi tremia o corpo inteiro até os dedos do pés, como se estivesse em tratamento de choque.

Thomas Raggi era o nosso cérebro. Pulou a escola primária quando se mostrou um gênio com o QI mais alto que toda a população da sua pequena cidade natal. Formado em engenharia mecatrônica e robótica, ele cria ou melhora qualquer tipo de equipamento para as nossas missões com excelência. Nunca deixando a desejar.

Foi o último de nós a entrar na organização e era o nosso caçula.

- Vamos, De Angelis, não temos o dia todo! Mas não faça igual ao agente Raggi, do jeito das garotinhas. - disse o Capitão Rogers com sangue nos olhos, os intercalando entre Thomas que apoiava o seu peso sobre os joelhos e eu que nem havia começado a nova série do exercício - Mexam essas bundas gordas!

Aperto os lábios para reprimir a raiva. Apoio as mãos no chão de gesso desnivelado, sentindo as pedras soltas cravarem na minha pele e começo a executar as flexões exigidas. Eu não estava nem um pouco cansada. Conseguiria fazer isso o dia todo, ou então dormindo, com uma mão amarrada nas costas e uma perna quebrada. Meu físico estava em excelentes condições e era competitiva, muitas vezes orgulhosa demais para desistir. Eu nunca iria ceder. Nunca iria perder.

Eu nunca perco.

Fecho os olhos quando sinto algumas centenas de respingos gelados serem arremessados pela lateral do meu rosto e pescoço. O cheiro forte de hormônios masculinos se intensifica em meu olfato e sinto o meu sangue ferver.

Body Guard | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora