Obedeça

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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

O drone se aproximava da parede de tijolos a vista de Warehouse Port. Nas imagens que rodavam na tela do MacBook, conseguimos ver que havia um buraco escondido na lateral da primeira camada de arame farpado que cobria o portão principal. Cortado ridiculamente torto para ter sido feito por jovens universitários, mas estratégico demais para ter sido feito por vandalos. Era proposital.

Olhando mais de perto, lâminas de estilete estavam posicionadas horizontalmente e preparadas para retalhar qualquer um que tentasse mover o arame para entrar.

Uma armadilha.

Até que eram espertos. Não servia para matar ou impedir alguém, mas atrasava por um tempo e para quem não estiver preparado, machucaria bastante.

O portão estava trancado com um grande cadeado velho de aço, a ferrugem comendo pelas bordas. No centro do metal, o logotipo "G&G" estava marcado, provavelmente era a empresa que comprou o prédio após ser desligado e fechado.

Claramente não poderíamos mover nada do lugar original para não levantar suspeitas sobre supostos invasores.

- Não rastreei nenhuma câmera de vigilância. - David diz, seu rosto iluminado pela tela do computador - Sem sensores de movimento.

- Ótimo. - balanço a cabeça - Não será possível entrar pela frente, então...

- É só entrar pelas janelas. - Torchio me interrompe.

Em silêncio, olho para o agente que estava sentado no outro lado da van. Ele dá de ombros.

As janelas eram super altas, projetadas para uma ventilação melhor. Típico de um armazém. Seria uma boa ideia entrar por uma delas, mas tinha um porém. Mesmo que o prédio fosse afastado do movimento corriqueiro da cidade, ainda havia sinais de civis e alguns carros que pegavam a rua como um atalho para evitar o trânsito. Podíamos ser pegos como suspeitos por vandalismo em plena luz do dia.

Talvez tivesse alguma entrada escondida que eles podem ter usado, se não, teríamos que optar pela sugestão esmagadora de Ethan.

- Raggi, leve o drone para os fundos do armazém.

O agente assente e com o joystick do controle, começa a guiar o drone para o sul. Passando pelo pátio, conseguíamos ver a sua vastidão suja e abandonada. O chão de concreto estava em grande parte quebrado, algumas vegetações cresciam entre as rachaduras e vãos. Ao longe, tínhamos a vista de três contêiners que sobraram para contar história.

Chegando nos fundos, não parecia tão diferente quanto a frente do armazém. Mas aproximando mais a câmera, notamos que havia um portão basculante onde a fechadura estava arrombada e a cerca de arame derrubada. Era a entrada deles.

- Vamos! - abro a porta da van e pulo para fora - Raggi, você fica de vigia com o drone. David e Torchio, venham comigo.

- Já estou levantando voo. - Thomas responde, erguendo o controle.

Body Guard | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora