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Sentimentos são confusos, todos eles são um pouco confusos, principalmente os de atração, paixão, amor e por aí vai. Todos nós já nos interessamos por alguém, mas e se você sentisse que era aquela pessoa?

Aquela que você queria estar para o resto de sua vida? É nesse momento que você balança sua cabeça e retira seus pensamentos de sua mente, certo? Tão confuso, a confusão era um sentimento abstrato na visão de Choi Seungcheol, principalmente quando ele não conseguia se desgrudar de Jeonghan naquele momento.

Mas algo dentro de si - talvez a voz de sua consciência - o dizia de que o que ele estava fazendo era errado.

Mas errado para quem?!

Era errado para ele?! Exatamente o que era errado?!

Era errado ter Jeonghan tão entregue para si? Era errado sentir algo a mais por uma pessoa dez anos mais nova do que si? Era errado ele se relacionar com uma pessoa sendo que ele é pai e seus filhos não sabem? Aquilo era confuso, mas mesmo com todos esses questionamentos, ele continuava segurando o corpo de Jeonghan em seus braços como se ele fosse o ser mais precioso do mundo.

Sentir seu cheiro doce, a textura do seus lábios e da sua pele macia, ouvir seus arfares baixinhos quando o alfa acariciava sua cintura. Ah, aquilo era ótimo, Seungcheol nunca havia se sentido assim com ninguém.

O ômega se sentia nas nuvens, era a primeira vez sentindo o alfa de verdade, e era melhor do que ele tinha imaginado. O toque forte e seguro, mas ao mesmo tempo carinhoso. O beijo que antes era tão afoito e desesperado, aos poucos foi se tornando intenso e lento.

Jeonghan já não estava mais sendo prensado na parede, agora ele estava sentado sobre o colo do Choi, enquanto o alfa estava sentado em sua poltrona. O alfa acariciava sua cintura enquanto o ômega se sentia molinho nos braços do maior, suas mãos brincavam com os cabelos curtos da nuca do alfa.

Era como se sentissem fora de órbita, hipnotizados, não tinham noção do que estava acontecendo lá fora, e para a infelicidade de ambos, escutaram batidas na porta, fazendo eles se separarem lentamente com as respirações descompassadas.

Com medo do que aconteceria após aquilo, Jeonghan enfiou sua cabeça na curvatura do pescoço do mais velho, sem vontade alguma de sair de perto dele, o alfa por sua vez, continuava inebriado, de olhos fechados apenas escutando o som da respiração descompassada de ambos.

— Seungcheol?! – A voz de Namjoon foi escutada do lado de fora. — Você tem reunião daqui cinco minutos!

— Jeonghan...eu preciso ir. – O alfa murmurou baixinho para o ômega que continuava abraçado em si como se sua vida dependesse disso.

— Precisa mesmo? Fica comigo, Cheol... – A voz do ômega saía baixa, quase hum sussurro, o Yoon temia do que iria acontecer depois daquilo.

— Você sabe que isso é errado, não sabe? – Questionou confuso, o ômega se ergueu agora olhando para o alfa.

— Errado para quem, Seungcheol? – Suspirou frustrado, saindo do colo do mais velho e ficando em pé.

— Eu sou dez anos mais velho que você, eu tenho três filhos... – Se levantou, ficando um pouco mais longe do ômega. — Isso parece errado, eu me sinto errado. – O alfa se quer conseguia olhar para o mais novo enquanto proferia aquilo.

Suspirando pesadamente, Jeonghan sentia um nó se formar em sua garganta, por que se sentia tão frágil perto dele? Aquilo acabaria consigo. Seungcheol estava dizendo que o beijo havia sido um erro? Que Jeonghan deveria esquecer? O que é errado afinal? Ah, eram tantas perguntas na cabeça do jovem ômega.

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