Somos seres movidos por emoções, racionalidades e sentidos, alguns mais racionais que outros, outros mais emocionados assim por se dizer...
Jeonghan sempre fora uma pessoa decidida, e era feliz e contente consigo mesmo, seu jeito era único e ele se considerava uma pessoa um pouco emocional em momentos que o deixavam fragilizado.
Nesse exato momento, o ômega estava dentro do carro do Choi enquanto ele dirigia, o veículo estava silencioso, era um silêncio desconfortável, Jeonghan olhava pela janela evitando olhar qualquer movimento do alfa ao seu lado por pura vergonha.
— Jeonghan? – Ouviu a voz grossa do alfa o chamar, o fazendo virar para olha-lo.
— Sim?
— É a primeira vez que aconteceu isso com você? – Essa era a maior questão do Choi no momento, estava preocupado.
— Ah...sempre tem alfas enxeridos por aí, não é...eu já me acostumei, mas é a primeira vez que me filmam. – Falou baixo, porém o lupino conseguia escutar tudo com clareza.
— Você já se acostumou? Jeonghan, ninguém deveria se acostumar com assédio. – Parou o carro assim que entrou em um farol vermelho, se virando para o olhar o ômega.
— Fazer o que...eu fiquei preocupado, você saiu atrás dele, fiquei preocupado com você. – Falou agora olhando nos olhos do mais velho, aqueles olhos tão bonitos o olhando com tanta ternura.
— Eu que deveria te falar isso. Eu fiquei preocupado quando vi você com medo, não me aguentei e fui atrás dele. – Falou com um sorriso pequeno no rosto, olhando para o Yoon que tinha uma feição serena, felizmente.
— Eu agradeço por tudo que fez por mim hoje... – Sorriu pequeno. — Me sinto mais seguro agora.
— Eu queria que se sentisse seguro sempre, Jeonghan. – Falou sério, olhando diretamente nos olhos do ômega.
“Só me sentiria seguro sempre, se eu estivesse ao seu lado.” – Jeonghan pensou, e para sua tristeza, não podia colocar seu pensamento em palavras.
[...]
Ao chegar na casa dos Choi, Seungcheol direcionou Jeonghan até um grande quarto de hóspedes, acabaram por passar na casa de Jeonghan apenas para buscar algumas coisas que ele precisaria naquela noite, já que o ômega estava decidido em ir embora no dia seguinte.
O cheirinho de lavanda do quarto acalmou um pouco o ômega, que ainda se sentia ansioso com tudo aquilo, de fato, se sentia mais seguro agora, fora de sua casa, porém, viver com o constante cheiro amadeirado do alfa lhe tirava sua paz.
Parecia doer, saber que ele não seria seu, o que parecia ser apenas atração carnal se tornava cada vez algo mais profundo.
Queria estar com ele, senti-lo, ajudá-lo em momentos difíceis, dizer quanto o admira, acordar todas as manhãs e vê-lo ao seu lado com o rosto amassado por conta da noite de sono.
Mas o ômega sabe que o alfa não sentia o mesmo, porém tentaria não se deixar abalar por isso.
Seungcheol, do outro lado da casa, se encontrava preocupado. Há dias estava se sentindo inquieto e essa situação veio para deixá-lo inquieto ao quadrado. Ver a face do ômega com medo, escutar sua voz chorosa, sentir seu cheiro de frutas vermelhas que costumava ser tão feliz se transformar em medo. Na visão de Seungcheol, Jeonghan é precioso demais para perder seu brilho.
Era como uma jóia rara que precisava ser cuidada com amor, carinho e dedicação. Só de pensar no ômega passando por outra situação como essa que seu interior ficava agitado, queria protegê-lo a todo e qualquer custo, pensava se seria demais em pedir para ele ficar em sua casa, ou pedir permissão para colocar seguranças em seu apartamento.
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OLDER, jeongcheol
Romance𝗝𝗘𝗢𝗡𝗚𝗖𝗛𝗘𝗢𝗟! | Onde Yoon Jeonghan, um jovem ômega de 22 anos, decide em um dia monótono, ajudar seu amigo Choi Chan com um trabalho da faculdade. Ele apenas não esperava conhecer o pai de Chan, Choi Seungcheol, um alfa lúpus imponente de 32...