Cap.3 - Seguiu de Volta

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"Tem dois corações com saudade, só pela metade querendo encaixar..."

N/A: Aviso -Tem ceninha +18! 

Diego e Bruno conseguiram entrar na aula e foram rapidamente introduzidos na dinâmica que já estava sendo estabelecida, a sala de expressão corporal estava um frenesi de movimento e energia. Era uma sala de 20 alunos, divididos entre doze meninas e oito meninos, estavam imersos em uma das mais desafiadoras técnicas de Pina Bausch.

O exercício era baseado no princípio da exaustão, que envolvia um intenso ritmo de movimentos repetitivos, seguido por uma pausa dramática que exigia uma entrega emocional completa. Diego e Bruno, como sempre, eram inseparáveis, ficaram próximos e estavam no centro dessa tempestade de energia.

Amaury Lorenzo, observava atentamente enquanto se movia pelo grupo com a mesma fluidez e intensidade que eles estavam tentando alcançar. Diego, no entanto, estava lutando para manter o foco. O calor da sala e a exaustão dos movimentos estavam longe de ser os únicos fatores que dificultavam sua concentração. Seu olhar frequentemente desviava para Amaury, cuja presença e energia magnética parecia desviar seus pensamentos de qualquer coisa além dele.

— Lembrem-se, pessoal, é sobre explorar os limites e depois encontrar um momento de verdadeiros sentimentos no silêncio. A exaustão é o caminho para o autoconhecimento — disse Amaury, sua voz reverberando pela sala.

O exercício começava com uma série de movimentos rápidos e coordenados. Diego tentava se integrar ao ritmo frenético, mas suas pernas pareciam pesadas, e sua mente estava a quilômetros de distância. Bruno, ao seu lado, estava totalmente imerso no exercício, mas percebia a distração do amigo.

— Diego, cara, você está bem? — perguntou Bruno entre respirações ofegantes.

— Ele me desestabiliza, amigo... — Diego respondeu, tentando se recompor enquanto olhava furtivamente para o professor.

Bruno ergueu uma sobrancelha, mas antes que pudesse responder, o exercício avançou para a fase de exaustão.

O ritmo dos movimentos acelerava, sob o comando de Amaury e a sala estava cheia de um caos coordenado de corpos em movimento. Diego estava lutando para manter o passo, seu corpo já visivelmente exausto.

Amaury, ao observar a dificuldade de Diego, se aproximou para ajudar.

— Diego, preste atenção na sua postura — disse, inclinando-se para ajustar o alinhamento dos pés de Diego. Sua mão estava levemente apoiada na cintura de Diego para garantir que ele estivesse no ângulo certo. A proximidade era palpável, e Diego sentiu um frio na espinha quando o toque do professor se estabeleceu.

O ruivo tentou manter a calma, porém a sensação do toque quente, aquela mão enorme na sua cintura, a respiração de Amaury próxima ao seu ouvido, fez com que seu coração acelerasse, e gotas de suor escorressem frias de sua têmporas.

Diego podia sentir a presença de Amaury de uma maneira que o fazia se sentir vulnerável e exposto. Era uma mistura de excitação e nervosismo que o deixava desorientado, o ar não chegava suficiente ao seus pulmões.

Que homem gostoso! Inferno! — ele não conseguia parar de pensar — E esse cheiro dele?

Era o mesmo cheiro que sentia nos seus sonhos, hortelã, jasmim e eucalipto.

A boca dele salivava, o toque em sua cintura não chegou a duras 5 segundos, mas Diego sentiu como se tivesse afundado os dedos ali, sua pele queimava.

Gostoso demais! — ele pensava enquanto via Amaury se movendo e corrigindo outros, rilhou os dentes, queria pular no colo dele e enfiar os dentes nele.

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