CAPÍTULO V - Covil.

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Aiden havia conseguido adentrar à casa. Olhou em torno, não havia nada ali. Sem moveis, sem enfeites, pessoas, nem mesmo armas. Uma sala completamente vazia, somente poeira. Andou cuidadosamente pelo lugar, esperava encontrar armadilhas, seu acesso estava sendo muito fácil. Não encontrou nenhuma armadilha no lugar, mas ainda não podia abaixar a guardar.

Saiu do quarto que entrara, vasculhou cuidadosamente cada cômodo que entrou, não havia nada nem ninguem, somente as tochas cintilando uma luz fraca. Estava confuso, tinha certeza de ter visto todos entrarem ali, no lugar vazio. Pensou em usar seus conhecimentos de caça, ficou quieto, fechou seus olhos, prestou atenção aos barulhos em sua volta. Só conseguia ouvir o som do vendo passando pelas janelas quebradas e o fogo consumindo o breu das tochas, tudo estava calmo, estranhamente calmo. O silencio e a falta de inimigos ali presentes fez com que sua mente voltasse ao ritimo normal, estava mais calmo.

Decidiu dar uma última volta pelo lugar, não aceitava o que estava havendo ali, "como poderiam sumir?", esse pensamento não saia de sua mente, causando um barulho irritante, estava preocupado com a mulher.

Caminhou pela casa novamente, procurando detalhes de passagens secretas ou algo assim, essa deveria ser a unica opção para o que estava acontecendo ali, estavam escondidos em algum lugar da casa, teoria que logo foi confirmada. Repentinamente, o silencio do vento e das tochas foi quebrado por um som de pedra se arrastando, o som vinha do último cômodo, um quarto maior, provavelmente um antigo dormitório do dono da residencia.

Chegou rapidamente próximo ao portal da porta que levava para o corredor principal, atrás de Aiden havia uma entrada para outro quarto, então havia como se esconder rapidamente caso necessário. Olhou para dentro do ambiente, no chão, um alçapão de cerca de dois metros quadrados se abria no chão. A forma com que fora desenhado com as pedras, fazia com que sua forma ficasse escondida ao meio dos vãos das pedras ali inseridas. Por conta disso Aiden jamais encontraria algo do tipo.

O alçapão se abria lentamente enquanto vozes dali saiam


_ Vai logo, abre, não suporto ficar la em baixo, preciso de ar fresco – Uma voz mais grossa reclamava, Aiden reconheceu a voz, certamente era um dos homens que haviam entrado anteriormente.

_ Calma, isso é pesado, não me empurra – Dizia o outro, provavelmente o que abria o alçapão.

Rapidamente ambos saíram, eram dois homens, estavam vestidos com as mesmas roupas que Aiden havia visto durante a tarde, vestes de couro sujas e rasgadas. Porém dessa vez, ambos desarmados.

Estavam indo em direção à porta. Rapidamente Aiden entrou no outro comodo. Os homens haviam saído e deixado o alçapão aberto. Esperou ambos passarem e passou furtivamente para a sala onde estava a entrada.

Havia colocado o pé no primeiro degrau da escada para descer quando ouviu as vozes dos homens conversando na entrada, pareciam incomodados, levantando a curiosidade de Aiden. Recuou lentamente e dessidiu ir até à entrada.

_ Como ele pode simplesmente abandonar a guarda assim? Poha, ele sempre vacila. – O segundo homem falava, ainda estressado, enquando chutava a cadeira onde aquele que estava de guarda se sentava.

_ As vezes ele foi só dar uma volta, vai falar que no seu turno você fica plantado na porta? Isso aqui é um tédio.

_ Eu fico, eu levo meu trabalho a sério, se vocês dormem durante seu trabalho e abrem espaço pra invasores, vocês não merecem ficar aqui, fracos, Mayern não sabe escolher aliados, sempre avisei isso pra ele, depois que vendermos aquela puta vou pegar meu dinheiro e to fora.

_ se você achar melhor assim – O primeiro homem respondia com tom de tédio, era notavel que a convivencia ali era cansativa.

Aiden os houvia atentamente, seu coração estava acelerado novamente. Ambos os inimigos estavam desarmados, então seria a melhor hora para lutar. Seus batimentos cardiacos aceleravam ainda mais enquanto pegava lentamente suas flechas.
Se aproximou para ter um campo de visão melhor sem ser visto, escolheu o melhor ângulo.
O homem mais ranzinza estava fora de visão por estar ao lado da parede, porém o outro estava parado praticamente na frente da porta.
Puxa a corda, concentra, mira, respira fundo, solta. O som da flecha cortando o ar rompeu o som das vozes dos homens, e o som seco da ponta de ferro entrando na carne macia finalizava o assunto que ambos conversavam. A flecha entrou na nuca do homem, saindo diretamente em sua garganta, um segundo depois o homem caiu com sua cara no chão.

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⏰ Última atualização: Aug 09 ⏰

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