Capítulo 15

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Antes que pudéssemos continuar a explorar a caverna, vi atrás de Yatori as mesmas luzes azuladas minúsculas se aproximando dele. Não perdi tempo e me lancei sobre elas, tirando Yatori do caminho e usando minha katana para cortá-las.

Noto que as acertei por sorte após suas formas surgirem e se dissiparem no ar. Yatori se surpreende, visto que quase foi pego pelas Kodama no Yurei mais uma vez.

— Droga! De novo?! Preciso ter mais cuidado. Vamos, não podemos mais ficar parados. Esses espíritos estão se irritando com nossa presença.

Nos apressamos para descer a caverna enquanto mais luzes azuladas começavam a surgir próximo de nós cada vez mais. Yatori toma a frente, então, ele diz:

— Há vários deles aqui, mas não podemos nos dar o luxo de ficar atacando eles. Quanto mais atacamos, mais surgem no puro ódio. Mas eles têm um ponto fraco em suas memórias e conexão com objetos de seu passado, principalmente brinquedos, por serem crianças. Tenho certeza podemos tentar encontrá-los por aqui em algum lugar para segurá-los. Junte alguns e traga-os para mim.

— Certo!

Nos separamos para procurarmos tais objetos e brinquedos. Enfiado no meio de duas pedras, encontro o que parece ser um brinquedo antigo, quase deixando de existir de tão velho, mas me aproximo para levar comigo. No entanto, assim que toquei no brinquedo, senti uma forte onda de tristeza me atingir como uma flecha atravessando meu corpo, juntamente com uma dor rápida, e então, lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto involuntariamente.

Ué... Eu estou... chorando?

— O que você está sentindo é a dor das crianças massacradas por Lycander na era Sengoku e derramando suas lágrimas. Muitos desses brinquedos espalhados pelo chão da caverna já pertenceu a uma criança, que agora se tornou uma Kodama no Yurei. — a voz de Yatori ressoa a alguns metros de mim, do outro lado da caverna.

Arfo, limpando as lágrimas. Era difícil ouvir aquilo sem imaginar estar no lugar dessas crianças naquela época. Me recomponho, me sentindo ainda mais determinada a não desistir e honrar cada um que foi morto por Lycander.

Conforme continuamos a procurar, encontramos mais outros pequenos objetos antigos, como brinquedos quebrados, amuletos e pedaços de tecido, que são a chave para acalmar as Kodamas no Yurei. De repente, ouço Yatori me alertar:

— S/n! Estão vindo em grande quantidade!

Ergo meu olhar para ver um monte de pequenas luzes azuladas se aproximando como um exército e tomando forma conforme se aproximavam. Rapidamente, me reuni com Yatori, ambos de nós carregando alguns objetos, enquanto as Kodama no Yurei nos cercavam, inicialmente agressivas, mas curiosas e hesitantes ao verem seus pertences de seu passado em nossos braços. Então, Yatori começa a me guiar em um suposto ritual, alinhando os objetos que trouxemos no chão, e com isso, ele segurou minha mão, e senti sua mão gelada.

— Precisamos recitar algumas palavras, prometendo honrar as memórias das crianças e garantir que suas histórias não sejam esquecidas! Repita tudo o que eu disser, S/n!

Não digo nada, apenas assinto nervosamente enquanto vejo várias Kodamas no Yurei se aproximando lentamente, esperando que Yatori continue. Então, ele começa a recitar palavras estranhas, mas não tenho escolha a não ser tentar dizer a mesma pronúncia:

— Animae parvae, dolorem vestrum intellegimus. Vitae et memoriae vestrae numquam oblivione delentur. Fabulas vestras in cordibus nostris insculpemus et cum aeterno honore tuebimur. In pace quiescite!

Recitamos com reverência, criando uma atmosfera de tranquilidade e respeito. As palavras ressoam na caverna, e logo os espíritos inquietos iam se acalmando, alguns desaparecendo um por um.

Gabimaru x Leitora - Redemption [Hell's Paradise/Jigokuraku]Onde histórias criam vida. Descubra agora