O Zoológico e o Bate-papo

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As muletas de Christopher fazem barulho alegremente pelo zoológico, enquanto Buck caminha ao lado dele, eles param em cada exposição no caminho. 

“Olha!” Chris aponta para o tigre e então para sua camisa. “Nós dois temos listras.”

Buck ri baixinho, agachando-se para ficar na altura dele. “É, vocês tem. Mas você tem muito mais energia do que aquele cara ali. Você sabia que tigres dormem até 20 horas por dia? Às vezes, eu não consigo nem te sentar por 10 minutos.”

“Crianças devem ter energia! Eu não sou velho como você ou papai.”


"Ei! Você está me chamando de velho? Acho que você não quer essa limonada", Eddie bufa, fingindo se virar para devolvê-la.

“Não! Eu quero!” ele ri. 

“Então eu não sou velho?”

“Não tão velho quanto a Abuela.”

Eddie cede com um gemido, entregando a bebida. “É, bem, você tem 10 anos agora. Dois dígitos. Não tem como voltar atrás.”

“Eu gosto de ter 10 anos.”

“Bom,” Buck diz. “Continue assim, nunca cresça.”

“Se eu fizer isso, ainda podemos ir ao zoológico juntos e tomar sorvete?”

Christopher não percebe a gagueira de Buck ao ouvir essas palavras, mas Eddie o observa atentamente de longe. 

“Claro. Você nunca está velho demais para o zoológico.”

Eles continuam a andar por aí, Buck eventualmente carregando Chris nos ombros enquanto Eddie arrasta suas muletas. Várias vezes enquanto eles estão conversando sobre sua comida tailandesa, Buck pega Eddie digitando furiosamente em seu telefone. 

“Está tudo bem?”, ele pergunta enquanto eles pagam a conta. 

“Ótimo!” Aquele sorriso é um pouco forçado demais e Buck abaixa a cabeça com o esforço, algo oco crescendo em seu peito. “Vamos pegar um sorvete e podemos voltar para casa para assistir a um filme.” 

Eddie está digitando no telefone novamente enquanto Christopher dorme aninhado no braço de Buck no sofá. 

“Eu acho que você provavelmente deveria colocá-lo na cama. Ele tem escola amanhã.”

As palavras tiram Eddie da tela. "Certo", ele deixa o dispositivo na mesa, alcançando seu filho. "Eu já volto para acompanhá-lo até a porta."

Se Buck fosse uma boa pessoa, talvez ele tivesse ficado sentado ali como uma pessoa normal ficaria quando ouve o telefone de outra pessoa tocar ou talvez ele seja uma boa pessoa por segurar até o quarto zumbido do telefone na superfície de madeira. Claro que o que ele encontra lhe dá um tapa na cara. 

Um bate-papo em grupo. É todo mundo da equipe, Michael, Athena, Karen, até Maddie. E eles estão falando sobre ele. Ele força um dedo trêmulo a rolar para cima dezenas e dezenas de mensagens. Há vislumbres de raiva, de acusação, cacos e pedaços das coisas que Buck disse a Sora. 

“Buck…” Ele se vira lentamente para encontrar Eddie olhando fixamente para o telefone em suas mãos e então para ele. “Eu posso explicar.”

“Vocês estão falando de mim pelas costas.”

“Não é bem assim! Nós... Nós estávamos preocupados. Só estamos tentando descobrir a melhor maneira de ajudar você.”

“Eu não pedi sua ajuda!” Seus dentes doem com a força de sua mandíbula cerrada. “ É, exatamente por isso que eu nunca contei a nenhum de vocês. Agora é tudo o que vocês veem quando pensam em mim.” Eddie está implorando, quando algo na cabeça de Buck faz estala. “Você correu para o telhado” O homem parece um cervo pego pelos faróis. “É por isso que você estava sem fôlego ontem, quando veio na minha casa. Você correu para verificar se eu estava no telhado primeiro ou você verificou o beco antes disso?” O silêncio aperta o laço em volta de seus pescoços. “Eu não preciso que você me salve , Eddie. Eu só queria ser seu amigo.” 

Buck sai correndo pela porta antes que mais alguma descoberta o destrua. 

Caiu sobre mim - (Buddie)Onde histórias criam vida. Descubra agora