Capítulo - 1

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Quando os ponteiros do relógio de mesa ao lado da cama marcaram exatamente 7 horas, as engrenagens fizeram um "click" atrás do mostrador e começou a tocar uma pequena melodia. Em seguida, um boneco em forma de coelho saiu do teto e, ao mesmo tempo, um som bastante agudo de "tic, tac" foi emitido pelo ponteiro dos minutos e dos segundos.

"Uh... Que barulho!"

Shia gemeu por um momento, então se arrastou para fora da cama, pegou seu relógio e o apertou com todas as suas forças. Mas mesmo assim não conseguiu desligar o alarme porque não encontrava o botão. Enquanto isso, o despertador continuava emitindo um som alto.

"TIC TAC TIC TAC!"

"Você é realmente irritante! Não deveria ter feito isso, droga.“

Um dia, ele fez isso ao perceber que não era muito bom em acordar cedo. No entanto, mesmo cumprindo a função para a qual foi projetado, ficava bastante irritado quando começava a tocar e tinha uma vontade incrível de jogá-lo contra a parede até quebrá-lo em mil pedacinhos. Claro, como costumava dormir quase de madrugada, a raiva era principalmente devido à falta de sono.

"Talvez devesse tentar dormir um pouco mais..."

Começou a esfregar os olhos com as duas mãos, então ouviu passinhos subindo as escadas de fora do quarto. O som de uma risada, mãozinhas mexendo na maçaneta e segundos depois, sem aviso prévio, a porta do quarto se abriu e uma linda "bolinha" dourada entrou voando em direção à cama. Disse:

"Papai, acorde! Papai, papai, já está tarde!"

O menino de quatro anos falava com muita energia, o que podia ser percebido toda vez que pulava de cima para baixo no colchão. Seu cabelo era encaracolado, de um brilho dourado que o fazia parecer como se toda a luz do sol estivesse ali. Além disso, tinha grandes olhos brilhantes de cor de mel e uma boca cor-de-rosa que se abriu para dizer:

"Já vamos tomar café da manhã, papai?"

“Bom dia, Milán. Já estou acordado.“

“Não, você não está. Se ficar na cama, vai voltar a dormir. Levante-se!“

Shia gemeu "Ai!" novamente.

"Você ficou acordado até tarde de novo, não é, papai? Isso é ruim para o seu corpo. Você pode ficar doente e ter dor de cabeça.“

"Você está certo. Meu bebê é tão inteligente!"

E imediatamente depois, abraçou o menino que se aproximou dele.

"Milan, você está tão bonito hoje também, sabe? Meu lindo bebê."

O menino começou a rir com muita força. As orelhas de leão, que estavam enterradas sob uma montanha de cabelo cacheado, balançavam para lá e para cá sem parecer poder controlá-las, e além disso, embora agora não pudesse ser vista por causa das calças do seu pijama, resultou que ele tinha uma cauda flexível em forma de chicote a alguns centímetros acima do início das nádegas. Era fina, mas na ponta tinha muitos pelos densos e castanhos.

"Que lindo.“

Shia dizia o tempo todo. Não mentia ao afirmar que sempre que via aquelas orelhinhas peludas e aquela linda cauda de leão em seu traseiro, derretia-se no lugar até parecer nada menos que uma poça.

Seu filho, Milan, era um dos chamados "homem besta". Mas embora não fosse incomum vê-lo dessa forma, já que no "Reino de Rufus" 80% dos habitantes eram metade animais, Shia, seu pai, era de uma raça humana muito incomum. Tinha as orelhas lisas e coladas ao lado do rosto, não tinha pelo, e também não tinha rabo. Na verdade, tinha cabelos lisos e rígidos, tão pretos quanto os de um corvo ou um gato. Seus olhos eram rasgados, de cor marrom escuro, e seu corpo parecia magro e pouco musculoso. Não tinha cara de bebê, mas também não podia ser dito que fosse alguém maduro, muito menos alto entre os humanos. Na maioria das vezes, parecia mais jovem do que sua idade real, que era de 27 anos, e diziam que parecia assustado. Mas como o bebê era fruto de um homem humano e um homem besta, oficialmente as pessoas do bairro pensavam que Shia e Milan não estavam relacionados por sangue.

Quando humanos e homens besta se acasalavam, era raro que nascessem bebês desse encontro. Algo comum em seu mundo. No entanto, Milan era genuinamente um bebê que se formara no ventre de Shia.

Levaria muito tempo para falar sobre o que aconteceu e Shia não tinha confiança para contar sobre o outro pai da criança. Por isso, Shia nem mesmo contava a Milan sobre ele e também não lhe dava seu nome. Na verdade, as únicas pessoas que sabiam a verdade eram o próprio Shia, seus amigos e a proprietária da casa.

"Shia, Milan! Preparei o café da manhã, então venham logo antes que esfrie."

Era a proprietária, Margo.

Shia e Milan moravam em um quarto independente que alugavam na casa de Margo. Ela morava lá com o marido, era mãe de um universitário e também cuidava do bebê quando Shia estava dormindo.

Por alguma razão, Shia e seu filho eram tratados como seus próprios netos, então Milan frequentemente chamava Margo de "vovó".

"Sim!"

"Já vamos, já vamos."

Relutantemente, Shia se arrastou para fora da cama. Milan, por outro lado, pulou no chão e começou a correr em direção às escadas.

"Amor, limpe bem o rosto antes de descer!"

(Parece muito com seu pai...)

Ele bocejou, murmurando isso em sua cabeça.

Ele bocejou, murmurando isso em sua cabeça

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O rei Leão Alfa e o seu amor secretoOnde histórias criam vida. Descubra agora