Capítulo - 16

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Uma carta foi enviada da casa dos pais de Vislan. Era a primeira vez que ele recebia uma desde que veio estudar no exterior.

Depois de lê-la em sua mesa, Vislan ficou em branco:

"Há algo errado lá?"

Shia, que estava lendo um livro na cama, olhou para ele assim que ouviu seu suspiro desesperado. Vislan afastou a carta e disse: "São notícias de Rufus", com um sorriso que parecia bastante forçado.

"Parece que a briga entre o segundo e o terceiro filho dos meus pais está piorando. Dizem que meu irmão decidiu entrar em um templo religioso."

"Mas eles estão bem, não?"

"A questão é que ele perderia seu direito ao trono porque os monges não podem se casar!"

Nessa situação, parecia que a confusão familiar não acabaria facilmente. Além disso, era óbvio que, mesmo que Vislan decidisse ficar neste país, estaria preocupado com sua casa o tempo todo.

"Eu me pergunto o que minha família está pensando neste momento. São uns tolos. Já se passou mais de um ano desde que nosso irmão mais velho faleceu e ainda assim continua uma bagunça!"

Shia disse com um olhar melancólico que "esperava que a casa de seus pais encontrasse paz em breve", mas, na verdade, pode-se dizer que esse foi o fim da história. Os dias felizes continuaram depois disso, e Shia logo se esqueceu de toda a questão política. Então, as férias de verão passaram, e chegou o momento do segundo semestre.

Shia já havia terminado de escrever a tese necessária para se formar e continuar seus estudos de pós-graduação. Vislan, por sua vez, estava tentando elaborar um plano mais concreto sobre como iniciar um negócio em Kanus que envolvesse os dois. Sem perceber, havia se aproximado de professores universitários e outros colegas de escola para construir conexões de forma constante, com o objetivo de realizar um "pequeno projeto seguro".

"Shia, você realmente vai iniciar um negócio com Vislan?"

Havia momentos em que os estudantes perguntavam isso em voz bastante alta. No entanto, a seriedade com que estavam tratando o assunto também podia ser considerada um problema. Afinal, embora Shia não tenha levado a promessa de trabalhar com Vislan de forma leviana, o leão parecia tão concentrado em tornar isso uma realidade que já estava um ou dois passos à frente dele. E se Vislan queria vender uma invenção de Shia, primeiro precisava criar algo muito bom. Portanto, Shia decidiu ir ao laboratório da universidade e continuar o experimento com ainda mais esforço do que nunca.

Vislan entrou em pânico ao ouvir a determinação de Shia.

"Sinto muito, Shia. Não queria fazer você trabalhar demais quando tem exames para prestar."

Foi o que ele disse, mas Shia começou a se questionar se havia alguma vantagem em estudar na escola de pós-graduação depois de tudo. Estava grato por poder continuar usando o laboratório, mas, por outro lado, essa era a única vantagem de permanecer na universidade. Já havia aprendido os conceitos básicos e as aplicações que podia aprender neste país. E era mais do que óbvio que Rufus estava liderando o caminho.

"Sabe, eu me pergunto se há alguma vantagem em ir para uma escola de pós-graduação depois de tudo. Mais do que isso, quero ir para Rufus o quanto antes e começar a me estabelecer lá. Claro, com você. Se você achar que está bem."

Shia contou francamente a Vislan seus pensamentos.

"Claro, eu também quero que isso aconteça! Agora que penso nisso, Rufus realmente é muito mais útil do que Kanus, e tenho certeza de que você poderia crescer muito como inventor. Infelizmente, não acho que possamos ir tão cedo."

O rei Leão Alfa e o seu amor secretoOnde histórias criam vida. Descubra agora