O rei Leão Alfa e o seu amor secreto

Capítulo - 4

Neste mundo, existiam três gêneros secundários: Alfa, Ômega e Beta. E cada um deles parecia realmente sagrado para os homens besta da atualidade.

E, embora perguntar diretamente sobre o segundo gênero das pessoas parecesse incrivelmente grosseiro, ainda assim podia-se deduzir, até certo ponto, graças às diferentes características físicas. Por exemplo, um alfa era muito grande e forte, independentemente de serem homens ou mulheres. Os Ômegas eram pequenos, delicados e pareciam ter uma beleza bastante considerável. Por fim, os Betas eram considerados como "pessoas comuns".

A maioria dos homens-bestas eram Betas. Para ser mais exato, estima-se que eles compunham 80% da população. Eles se reproduziam através do coito entre homem e mulher, assim como os seres humanos. No entanto, uma mulher beta não poderia conceber um filho com um homem-bestas e uma mulher-bestas não poderia engravidar se seu parceiro fosse beta. Por outro lado, um Omega, macho ou fêmea, podia se acasalar com um Alfa e ter descendência, e um Alfa também podia fecundar um Omega, independentemente do sexo. E esses dois sexos podiam se reproduzir até entre raças completamente diferentes. Mesmo entre linces e lobos. Como pode ser visto, a separação das espécies não era uma barreira para a reprodução. Nesse caso, o bebê nasceria com características de um dos pais. Não havia meio termo. E as crianças também eram em sua maioria alfa ou ômega.

Portanto, os Betas se casavam com Betas e os Alfas se casavam com Ômegas.

Nasciam sendo Ômegas ou Alfas, dependendo dos genes mais fortes. Por exemplo, no caso do casal que Shia viu antes de pegar o trem, a mulher era uma loba alfa e seu parceiro grávido, um homem lince Ômega. Nesse caso, o bebê seria um alfa, com características de lobo.

(De acordo com essa regra, Milan deveria ser Alfa)

Ao ver Milan, brincando com um gato doméstico no sofá da sala, Shia começou a pensar sobre tudo isso repetidamente, até que foi a única coisa que ficou em sua mente. Ele tinha dado um banho, um copo de leite e agora a criança estava completamente envolta em um pijama de corpo inteiro que tinha um buraco para sua cauda.

Eles tinham levado o dia todo para chegar à capital real desde sua vila e Shia, que não havia dormido bem, adormeceu no trem sem perceber até que seus roncos pareceram alertar a todos. Foi Milan quem o acordou dizendo: "Posso ver a capital real!" Com uma voz que parecia ocupar toda a força de seus pulmões.

Era noite quando saíram da estação. Shia carregou o menino em um braço e a mala no outro, caminhando cerca de duas quadras até entrar em um restaurante de frutos do mar para comprar o jantar. Depois, foram para a casa do amigo, tomaram banho e pareciam estar prontos para dormir, mesmo que nenhum dos dois conseguisse.

Shia já havia ficado naquela casa muitas vezes, então se sentia seguro em deixar Milán correr de um lado para o outro com tanta confiança, mesmo que isso significasse vê-lo subir nos móveis.

"Milan. Já te disse para colocar a cauda dentro do seu pijama. Você vai pegar um resfriado se continuar assim."

Ao ver seu filho com a cauda para fora, Shia o repreendeu.

A cauda do seu menino era fina e peluda, como um cordão. Tinha pelos longos e dourados, e um tufo bagunçado que crescia bem na ponta. Quando crescesse, ele tinha certeza de que seria esplêndida e bonita, como a de seu pai. E talvez não fosse pegar um resfriado por deixá-la de fora durante a noite, mas Shia o repreendeu porque queria que Milan adquirisse o hábito de escondê-la o tempo todo.

"Minha caudinha está molhada, papai.“

"Por que você ainda não a seca corretamente,Milan? Já tínhamos praticado bastante como fazer isso sozinho. Ah,esse mesmo."