No abismo da traição e do abuso, uma alma foi despedaçada. Ashley Cooper foi dada como morta, mas o que ninguém sabia é que sua dor se transformou em força. Agora, renascida como Isis Campbell, ela é uma força de vingança, fria e implacável.
Em um m...
"Quando deixamos a vingança consumir nossa alma, nos tornamos o próprio mal que juramos destruir."
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Eu tinha ciência da minha própria crueldade; a vida não fora exatamente doce como eu esperava, meus sonhos de adolescente foram substituídos por uma realidade brutal. A cada passo, o peso do passado se fazia sentir, moldando a mulher que eu me tornara. O mundo que eu conhecia se desintegrou em fragmentos de dor e traição, e o que restou foi uma determinação implacável.
A cada dia que passava, minhas habilidades se tornavam mais afiadas, minha presença mais imponente. Minhas infiltrações eram perfeitas, meus movimentos calculados com precisão. Eu me misturava entre eles, um fantasma entre os vivos, alimentando-me de cada erro, cada fraqueza, cada medo que revelavam.
Eu assistia, calculava, e esperava o momento certo para atacar. Sabia que a vingança era uma arte, e eu estava apenas no começo da minha obra-prima. Eles iriam descobrir, da maneira mais cruel e dolorosa possível, que a força que eu carregava era mais do que apenas uma busca por justiça. Era um exato e meticuloso plano para destruir cada um deles, e a arte de fazê-lo me dava um prazer sombrio que eu havia aprendido a abraçar.
Para mim, a vingança não era apenas um ato, era uma forma de vida. E enquanto o destino deles se entrelaçava com o meu, eu me preparava para garantir que pagassem o preço final. Afinal, o jogo havia começado, e eu estava fazendo meu primeiro movimento.
— Boa tarde, Sr... Ah, perdão, Sra. Campbell — disse Mason, com um leve rubor no rosto, enquanto entrava no meu escritório alugado em um dos edifícios comerciais mais prestigiados de Chicago. A sala exibia um design moderno e elegante, com paredes de vidro que proporcionavam uma vista deslumbrante da cidade, onde os arranha-céus se erguiam como monumentos imponentes contra o céu azul.
O espaço era iluminado por uma luz suave que entrava pelas janelas do chão ao teto, refletindo em uma mesa de madeira escura e polida, que se destacava no ambiente. Ao lado oposto das janelas, duas poltronas em um tom neutro estavam dispostas com elegância, acompanhadas por uma mesa de centro de vidro, onde repousava um vaso com flores frescas. Eu estava sentada em uma das poltronas, aguardando por ele, a postura relaxada, mas atenta, com uma caneca de café fumegante ao meu lado.
Atrás da mesa principal, havia um notebook de última geração e alguns papéis organizados de forma impecável, evidenciando meu foco e profissionalismo. Um tapete persa, em tons de azul e creme, cobria o chão de madeira clara, conferindo calor ao ambiente. As prateleiras de vidro exibiam livros sobre negócios e estratégia, junto a algumas obras de arte modernas, que davam um toque de personalidade ao espaço.
— Acho que me enganei — continuou Mason, com um olhar surpreso, enquanto sua atenção se desviava do ambiente para mim.
— Não esperava encontrar uma mulher? — perguntei, com um tom sarcástico, cruzando os braços e observando a reação dele.
