No abismo da traição e do abuso, uma alma foi despedaçada. Ashley Cooper foi dada como morta, mas o que ninguém sabia é que sua dor se transformou em força. Agora, renascida como Isis Campbell, ela é uma força de vingança, fria e implacável.
Em um m...
"Surgiu como um mistério entre as brumas, uma presença inesperada encheu o ar de segredos."
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Formulei uma resposta em frações de segundos.
— De fato, sou mais fã da ação e menos da conversa — Disse, deixando meu sorriso ganhar um toque sedutor, o suficiente para que Ethan interpretasse minha insinuação como algo bem diferente do que realmente era. Ele jamais imaginaria que, quando falei de "ação", eu estava me referindo à fuga desesperada de uma tentativa de assassinato pela máfia russa, após ter invadido o sistema deles e roubado informações cruciais sobre seu chefe, como aconteceu em minha missão com Noah. — Mas, são deveres do ofício — completei, ajustando o tom para que Noah entendesse que eu estava ali a trabalho e não comprometesse minha missão.
— Então está aqui a trabalho? — Noah pergunta, enquanto toma um gole de seu champanhe, o sorriso ainda presente em seus lábios, mas agora com um tom mais sério.
— Pode-se dizer que sim — Eu o fitei com um olhar afiado, transmitindo uma mensagem silenciosa de que ele estava sendo inconveniente e deveria se afastar.
— Sempre uma honra, Srta. Campbell — Noah diz, captando a mensagem implícita no meu olhar e se afastando, deixando-me a sós com Ethan novamente.
Assim que Noah se afasta, respiro fundo, recompondo-me rapidamente. O sorriso que dirijo a Ethan é mais controlado desta vez, um misto de mistério e charme. Ele observa Noah se distanciar, os olhos ligeiramente estreitados, mas logo volta a atenção para mim.
— Então, onde estávamos? — pergunto, inclinando-me um pouco mais perto, como se estivesse genuinamente interessada na resposta.
Ethan mantém o olhar fixo em mim, a intensidade em seus olhos é inegável. — Eu estava curioso sobre o que trouxe você até aqui — responde, sua voz baixa e carregada de uma curiosidade que parece ultrapassar as palavras, como se estivesse tentando ler as camadas por trás do que eu deixava transparecer.
— Talvez seja a curiosidade... — respondo, brincando com a borda da minha taça de champanhe, deixando o silêncio pairar entre nós por alguns segundos, como se pesasse minhas palavras. — Ou talvez seja algo mais.
— Algo mais? — Ele inclina a cabeça levemente, como se estivesse tentando decifrar o que eu estava insinuando, estudando cada nuance da minha expressão.
— Talvez eu tenha ouvido falar de uma figura intrigante — continuo, meu tom propositalmente ambíguo, deixando que o mistério fizesse o trabalho por mim. — Alguém que dizem ser poderoso, mas reservado. O tipo de pessoa que desperta a curiosidade dos outros, mesmo que não queira. Você sabe, o tipo de pessoa que é difícil de ignorar.
Ethan sorri, mas é um sorriso controlado, quase como se ele estivesse avaliando a situação antes de decidir se deveria se deixar levar pelo elogio. No entanto, o leve erguer de seu queixo e a forma como seus ombros relaxam sutilmente não passam despercebidos para mim. Ele está gostando da atenção, do enigma que estou criando ao redor dele, e é exatamente essa reação que eu queria provocar.
