Capítulo 10

607 49 17
                                    

CAROLINA MARIA

Antes de entrar no carro, cada um se secou e colocou suas respectivas roupas. Estou usando uma blusa de alça preta e uma saída de praia branca que cola um pouco no meu corpo por conta água com sal do mar. Passo um pouco de creme na extensão do cabelo e aperto nas pontas para fazer um pouco de onda.

Ninguém diz nada quando já estamos no carro. Lavínia principalmente, acho que ela está se sentindo desconfortável, mas não vejo problema nenhum no que ela fez. Aliás, não tenho nada com o Capitão Nascimento.

— Certo. Não tem problema o Roberto estar lá, isso só vai mostrar que vocês estão criando minhocas na cabeça em relação a qualquer coisa relacionado a nos dois — Digo e sorrio para cada um. Estico minha mão para Lavínia e faço um leve carinho, não quero que ela se sinta mal. — Todos prontos?

Eles soltam um gritinho e dou partida no carro. Sigo a localização conforme o GPS vai ditando, o restaurante que estamos indo é um que Nathália indicou e não demora muito para chegarmos. Rapidamente faço uma baliza estacionando perto do restaurante. O pessoal sai do carro e eu tranco o mesmo depois puxo a porta pra ter certeza que fechei, caminho atrás deles e vejo Gustavo parado na porta com os fortes braços cruzados.

Reparo um pouco mais nele e vejo que ele não é muito alto, alguns centímetros a mais do que eu. Sua barba parece o deixar mais velho e também harmonioso. Ele sorrir assim que nós ver e vem em nossa direção.

— Achei que iria levar um bolo — Esbraveja e Arthur solta uma risada fazendo Gustavo franzir a sobrancelha. — Vocês pensaram nisso, né?

— Jamais, meu lindo. Uma vista dessa e com um por do sol que daqui a pouco vai surgir? Jamais — Retruca Lavínia e passa ao lado dele. Atrás da gente tem outra praia, parece ser própria para surfista por conta das grandes ondas que vai se formando. — Vamos entrar?

— Vou esperar o meu namorado aqui por enquanto, caso vocês não se importem — Nathália diz e eu a encaro, claramente ela não está satisfeita com aquela situação. — Ele já está chegando.

— Eu fico aqui com você, e vocês podem ir entrando — Arthur diz enquanto aponta tanto para mim quanto para Lavínia e Gustavo.

Entramos no restaurante que tem um toque branco com algumas flores tropicais e um cheiro maravilhoso tanto de comida quanto da maresia do mar. Uma moça um pouco mais jovem nos aborda e assim pedimos uma mesa para sete pessoas, somos levados até o segundo andar. Somos surpreendido por uma vista espetacular para praia, sorrio para mim mesma ao olhar e se sentir realizada apenas com o cenário. Ao redor, tem poucas mesas sendo ocupadas por casais, familiares com crianças e amigos.

— É lindo mesmo — Diz Gustavo ao sentar de frente para mim e também olhando para a mesma direção que eu. Puxo o meu celular e tiro uma foto rapidamente.

— Demais! Eu amo a praia nesse início de tarde, me dá vontade de largar tudo e ir vim uma vez de manhã e outra de tarde — Desabafo e ele sorrir. Olho dele para Lavínia que mexe no celular ao meu lado, os observando posso notar algumas semelhança em ambos. — Nada a ver o que eu vou dizer, mas vocês dois até que são parecidos.

— Porquê somos primos — Diz Lavínia colocando o celular de lado. — Só que claramente eu sou a mais bonita, ele só veio depois. Me copiou.

Eles entraram em uma discussão sobre os pais e que o pai de Gustavo era mais velho do que o pai da prima, ou seja, a genética era dele e mesmo que não fizesse sentido nenhum, era engraçado ver os dois brigando por algo tão bobo. Senti falta de Júnior, com a correria e com a escola dele, acabo não tendo oportunidade para passarmos tempo juntos.

MY KIND OF LOVE | capitão nascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora