Florescer de uma Paixão

Capítulo 5

As coisas entre nós acontecera gradativamente, cada coisa no seu lugar, sem pular uma etapa sequer. Era bom ter alguém do meu lado que fazia questão da minha companhia, era bom ser alguém que outro alguém precisava. E ele sempre deixava isso extremamente evidente, fazia questão de mostrar que meu lugar ainda era meu sem precisar fazer esforço.

Talvez não soubesse, mas desde então eu estivera totalmente entregue a ele, para mim não havia nada acima dele, e tudo ou qualquer coisa que eu fosse fazer ele estava incluso. E estávamos sempre em sintonia, porque ele me tratava da mesma forma, eu fazia parte de seu plano futuro, assim como ele fazia do meu.

E não sei quando passou a ser um incômodo ele começar incluir nome de outras pessoas em nossas conversas comum, era como se eu não aceitasse dividir ele com outras pessoas. Quando o assunto era ele, eu definitivamente me tornava a pessoa mais egoísta do mundo. Era como se toda a atenção dele tivesse que ser somente sobre mim, e isso estava começando a ser um incômodo para mim.

Eu já não sabia lidar com essa onda de sentimentos que me invadia, era algo extremamente surreal para mim, e não era como se eu pudesse explicar para ele como eu estava me sentindo, seria loucura até mesmo para ele.

Eu não sabia nenhum pouco a forma que ele reagiria, então eu fazia parecer brincadeira que era um incômodo uma situação onde incluísse eu e ele e qualquer outra pessoa. Poderia ser egoismo da minha parte, mas eu não sabia controlar porque eu não tinha noção do que estava acontecendo. Mas eu não conseguia mentalizar e nem queria pensar na possibilidade de ele dividir algo que tínhamos com outras pessoas.

Eu criava situações hipotéticas na cabeça, e ficava brava comigo mesma por estar pensando sobre aquilo, e me questionava do porquê eu pensava naquilo, qual era o fundamento? Esses pensamentos pairavam sobre minha cabeça a todo momento.

Sempre falamos sobre alugar uma casa para que morássemos juntos, e a primeira regra imposta foi que não deveríamos receber sequer nenhuma visita, ainda mais se alguma amiga que ele tivesse convidado.

Até dei a ideia que caso fosse um encontro que fosse em um lugar longe de casa, mas nunca dentro de casa, provavelmente porque eu não suportaria a ideia de ser outra pessoa, ou talvez eu só não quisesse perder meu lugar, porque era cômodo para mim.

Quem eu queria enganar? Eu realmente não queria que houvesse nenhuma pessoa que ocupasse ou tirasse o meu lugar, por mais que fossem situações diferentes, eu só não queria que estivéssemos em um relacionamento com outras pessoas.