Prólogo.

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Naquela tarde, toda a imprensa e câmeras a cercavam. Sua respiração soava ofegante, e junto das batidas do coração que pareciam fugir de seu peito, Naemi pensou que estava tendo um infarto ali mesmo.

De fato, ela não estava nada preparada para aquilo.

— Naemi, você foi escolhida para atuar na seleção brasileira recentemente, e a partir da opinião do próprio Zé Roberto, técnico do time, podemos entender que você tem um grande potencial, — a repórter disparou a falar novamente, e tudo que Naemi pôde fazer foi concordar com a cabeça. — Como se sente com tudo isso?

Naemi sempre odiou entrevistas. Para ela, aquilo nada se passava de uma tortura prática, – na qual consistia em responder perguntas extremas e complexas no menor intervalo de tempo possível.

Por um momento, ela engoliu em seco.
— Bom, eu mal consigo acreditar.

Algumas das enormes câmeras se ergueram, agora focadas totalmente em seu rosto. Naemi as xingou mentalmente.

— Não me vejo ao nível das meninas do time, é claro, mas... Estou definitivamente honrada por ter essa chance de representar o meu país.

Sua fala pareceu gerar uma nova onda de cliques de câmeras e perguntas embaralhadas. Dentre todas elas, a mulher somente conseguiu ouvir pessoas questionarem se ela realmente iria para as olimpíadas, e se havia a possibilidade dela substituir a posição de alguma jogadora titular nos próximos jogos.

Com isso, Naemi teve que segurar o riso. A verdade era que ela nem sabia se iria ter a chance de se sentar no banco de reservas. Porém, o povo do jornalismo parecia sempre sonhar alto.

— A pergunta que não quer calar, Bynes, — uma voz se sobrepõe das outras, chamando a sua atenção. — Quais são as suas ambições? Você possui mais objetivos além disso?

No mesmo instante, a camisa 10 veio na sua mente; uma das maiores motivações para fazer o que ela ainda faz hoje em dia.

Porém, o problema era que, antes, estava motivada a ser boa o suficiente para enfrentá-la, e agora, seria forçada a jogar no mesmo time que a sua tão almejada adversária.

Gabriela Guimarães. Simplesmente a capitã da seleção, ou em seu ponto de vista, a sua primeira adversária que a fez perder vergonhosamente a anos atrás. Como falaria, em meio a diversos holofotes, que um de seus maiores objetivos era derrotar a capitã da seleção da qual agora fazia parte? Não faria sentido algum.

Porém, seja no mesmo time ou não, Naemi a venceria de qualquer jeito.

— Eu tenho grandes metas, assim como todo atleta deve ter, — se aproximou do microfone, e com um sorriso sorrateiro, se forçou a olhar para câmera. — e eu pretendo me tornar a melhor jogadora de vôlei.

◍ ◍ ◍

Notas finais:

eai, o que acharam da naemi? e da história até agora? (me digam, sou ansiosa

enfimmm, estou escrevendo o primeiro capítulo agora e vou fazer questão de soltar bomba logo no início 🤞🏻🤞🏻

(peço perdão caso haja um errinho ortográfico e outro D:)

caso tenham gostado, eu iria amar ter o voto e feedback de vocês!!

até a próxima, lindas! 👋🏻

O ódio está no ar | Gabi GuimarãesOnde histórias criam vida. Descubra agora