Capítulo 4 🐍

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Estava na reunião com os outros alfas, quando a cobra que eu deixei cuidando da fêmea veio me avisar do ocorrido

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Estava na reunião com os outros alfas, quando a cobra que eu deixei cuidando da fêmea veio me avisar do ocorrido. Deixei tudo para trás e sai de lá na minha forma de cobra a procura dela.

Naquele penhasco que ela pulou, somente tem dois territórios, o do gorila e a dos lobos. O que vai ser provável que ela vá na direção da do gorila, por conta dá iluminação ser maior e também tem mais arvores com frutos.

Essa fêmea vai me dar muito problemas. Não quero matá-la, mas também não irei deixar que vá embora do meu território.

Sei que ela é a minha fêmea, minha cobra deixa isso bem claro para mim. E somente ter o pensamento de matá-la, sinto ela me morder.

Nunca quis nenhuma fêmea, não me importava se fosse da minha espécie, de outra, ou principalmente humanas, somente não preciso de fêmeas ao meu lado, nunca quis construir de fato uma família.

Eles são a sua fraqueza. Minha família era a minha, e olha o que aconteceu com eles, todos mortos, meu irmão somente teve a sorte de escapar.

Agora olhando para ela em meus braços, encolhida e chorando baixinho, sinto a minha cobra ansiosa por algo que ela nunca nem se quer teve.

Sinto o cheiro de seu medo, isso deixa a cobra triste. Nem eu sabia que ela poderia ficar assim. Seus olhos quando me olhou na forma de cobra, era o puro pânico, vi o terror em seus olhos puxados.

Nunca me senti mal em causar terror no olhar de alguém, nem quando eu era um assassino, quando os médicos me usavam para matar quem eles queriam eliminar. Mas com ela? Com ela eu me sinto mal de fazer isso. Não quero causar medo nela.

-- Pare de chorar. – Falo baixo. – Não fiz nada contra você. Somente te peguei no colo. –

-- Não é preciso muito para você me assustar. – Resmunga baixo.

-- É por eu ser uma cobra? – Olho para ela, seu cabelo tampava o rosto.

-- Sim. Eu não gosto de cobra. – Funga.

Ao dizer isso, o ser dentro de mim se encolhe e sinto ela me morder por estar causando mais medo ainda nela com o meu jeito de falar.

-- É melhor se acostumar. – Falo olhando para os lados. – Eu sou desse jeito, não tem como mudar e também não vou eixar de ficar na minha forma por conta que você tem medo. – Ela levanta a cabeça.

-- Já disseram que você é um cavalo? – Cruza os braços.

-- Não. Porque eu não sou um, sou uma cobra. – Falo um pouco confuso com o que ela falou.

Me olhado, ela começa a dar risada e aquele som mesmo sendo alto e me incomodando um pouco, faz meu peito vibrar de .... Não, sei bem.

-- Não era nesse sentido que eu estava falando. – A olho. – Estava dizendo que você é muito grosso. – Se explica, mas continuo confuso.

-- Por conta dos meus hemipênis? – Agora ela que me encara confusa.

-- Seus o que? – Se acomoda melhor. – Por que essa palavra me lembra pênis? –

-- Sim. Meus membros. Ou pau, como queira chamar. – Dou de ombro.

-- Vo- Você tem dois? – Faz a numeração com o dedo. Somente confirmo, ficando mais confuso ainda. – Caralho! – Fica surpresa.

-- Todas, cobras machos têm dois hemipênis. – Noto suas bochechas ficarem vermelhas e a mesma desvia o olhar, ficando quieta. – O que houve? – Nega.

-- Nada. – Fica quieta novamente.

Assim que chego no meu território, vou na direção da minha cabana, vendo algumas cobras andando por ali, o que faz eu sentir a fêmea em meus braços aperta meu ombro com uma certa força.

-- Eles não vão fazer nada contra você. -- Fala os encarando e no meio deles, vejo o macho que deixei de olho nela.

Ele se encolhe, vendo que mais tarde cuidarei dele por deixar isso acontecer. Além dela fugir, está ferida e quase que aquele gorila pegou ela.

-- Cara, deixa eu ir embora. – Pede novamente, mas a ignoro.

Quando entro na caverna, deixo ela em cima do meu ninho e vou para pegar alguma coisa para cuidar do ferimento dela. Assim que pego, o merthiolate, volto para ficar ao lado dela, me abaixo na sua frente pegando o pé que estava ferido.

-- Sempre quis um homem ajoelhado assim para mim .... Só não achei que seria metade cobra. – Levanto o meu olhar, encarando ela. – Seus olhos são bonitos, mas ao mesmo tempo sinistros. –

-- Você tem medo de mim, mas fala coisas com malicias. – Passo a planta no ferimento, fazendo ela fazer careta e querer puxar o pé, mas o seguro. – Você me deixa confuso e nervoso. –

-- Isso é bom. Assim você me solta e eu vou embora. – Sorri grande.

-- Você não vai embora. – Me levanto e pego no rosto dela, verificando os outros ferimentos. – Já disse isso e não volto atrás com as minhas palavras. – Revira os olhos.

-- Você é gostoso e muito chato. – Se senta direito. – Agora, você não teria alguma roupa para eu trocar essa? – Negro. – Você não tem roupa? –

-- Não. – Me encara com tedio.

-- Vou ter que esperar a minhas roupas secarem no meu corpo. – Resmunga, falando algo baixo em uma língua diferente.

-- Tira. – Falo.

-- Vou ficar andando nua por aí? – Dou de ombro.

-- Você não vai sair. Esse lugar é cercado de cobras. – Se arrepia e faz careta.

Se levantando, ela vai para o fundo da caverna e vou atrás, querendo ver para onde ela iria.

-- Não vou pular novamente. – Diz brava.

-- Não confio. Mesmo sentindo que está falando a verdade. – Entro com ela no quarto que tinha por aqui.

-- Nossa, esse magoou! – Coloca a mão no peito.

Em movimentos rápidos, ela começa a tirar a roupa, sem se importar com a minha presença atrás de si. Seu corpo tem uma bela curva, seu seio é mediano e sua bela bunda também, tendo pequenas linhas na sua cintura, como se fosse uma cobra cascavel.

Anda lentamente até a cama, pegando o lençol que tinha ali e passa por seu corpo, certificando que estava bem coberta e se senta na cama de frente para mim.

-- Viu o que queira ver? Apreciou? – Zomba.

-- Achei que as humanas eram mais vergonhosas. – Ela sorri latino.

-- Já me vesti na frente de outras pessoas. – Dá de ombro. Sinto minha cobra começar a se enrolar. – Me acostumei. –

-- Outros machos? – Me aproximo dela.

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