Capítulo 16 🐍🥃

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Ouço Mei se remexer indicando que estava acordando, mas permaneço na mesma posição, de costa para ela e cabeça encostada na parede

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Ouço Mei se remexer indicando que estava acordando, mas permaneço na mesma posição, de costa para ela e cabeça encostada na parede. Não consegui dormir e nem se quisesse a minha cobra deixaria, já que estava em alerta o tempo inteiro.

O barulho de animais rosnando e se debatendo é grande, mesmo que minha audição seja ruim, conseguia ouvir perfeitamente eles, não tinha como não fazer isso.

-- Taipan? – Me chama baixinho. Não a respondo, sabendo que iria ceder. – Posso me aproximar? Não quero ficar sozinha aqui. – Sinto sua tristeza. – Podemos ir embora já, né? Não irei reclamar de ficar no meio do mato. – Funga.

Ainda sem dizer nada, olho para ela por cima do ombro e a vejo encostada na parede com as pernas encolhidas e cabeça baixa entre as pernas. Quando vou ir na direção dela, a porta é aberta e por ela, a mesma ruiva entra, mas Mei continua do mesmo jeito.

Fico em alerta, me virando para eles e atrás da fêmea tem um macho apontando a arma para a minha Mei, mostrando se eu tentar algo, irei sair perdendo.

-- Mei? – A fêmea a chama, fazendo levantar a cabeça e a encarar confusa por um tempo, mas logo arregala os olhos e uma lagrima solida sai de seus olhos. – Oi, querida. – Sorri se aproximando, mas Mei se afasta.

-- O-o que ....? – Limpa o rosto. – O que você está fazendo aqui? Oque está acontecendo? O que você está fazendo aqui? Está ajudando aquele homem? O papai sabe disso? – Volta a chorar.

Minha cobra se remexe ficando irritada. Ver nossa companheira assim, vai cada vez mais nos deixar irritados e querer matar quem se aproximar dela, mas tenho que me controlar, se não podem fazer mal a ela.

Mas do que já estão.

Ela está tão vulnerável, muito chorosa e sinto o seu medo cada vez mais intenso. E não gosto disso, ela não é assim, ela enfrenta, até mesmo a mim que sou o que ela mais tem medo e não gosta.

-- Calma querida. Você está começando a entrar em choque. – Se aproxima mais.

-- É CLARO QUE EU ESTOU! FUI SECRESTADA E ESTOU PRESA EM UMA SALA TODA BRANCA, COM A PORRA DE UMA DOR QUE NÃO PASSA E VOCÊ... A minha própria mãe que está ajudando aquele careca em seja lá o que. – Mãe? Por isso a semelhança.

-- Não vamos tocar em você, querida. Somente é com ele. – Aponta para mim. – Ele me permitiu levar você daqui comigo. – Sorri de lado.

Me levanto e a ruiva olha para mim de cima a baixo, parrando um pouco mais abaixo e chego próximo da Mei, ficando ao seu lado e encaro a fêmea a minha frente. Aquele homem nunca deixa ninguém ir embora.

-- Ela vai morrer se ficar aqui. – Diz e não a respondo. – Vamos Mei. – A chama, mas minha fêmea nem se move. – Mei, vamos. –

-- Não! – Diz brava. – Não sou idiota. Posso está entrando em choque, com medo, mas não sou idiota de acreditar na suas palavras e esse tom de carinho. – Sorrio por dentro.

-- Sou a sua mãe. – Fecha a cara. E sinto sua raiva.

-- Eu sei que meu pai não é um santo, o melhor homem desse mundo para muitos.... Mas foi por isso que ele me tirou de você, não foi? Por isso que me sequestrou e me trouxe para cá, para longe de você. – A outra suspira.

-- Ele descobriu por partes. – Dá de ombro, não ligando para o que iria falar, já que sua tentativa estava falhando. – Ele é um bandido que tenta se esconder. –

-- Bandido esse, que você tem medo. – Falo sentindo suas emoções.

-- A gente somete quer uma criança, Mei. Nos dê uma criança de vocês dois e poderá ir embora. Claro, ele ficara, mas você poderá arrumar um homem melhor do que .... Isso. – Diz me encarando.

-- Você é louca? Nunca teria uma criança, meu filho e daria a vocês. –

-- Estão sofrera. Pare de ser burra, Mei! Seria uma aberração essa coisa que sairia de você... Juro que neguei de primeira quando soube que era você que estava com essa coisa aqui. Mas infelizmente perdemos o homem macaco e teve que ser vocês. – O alfa Glan.

Então ele não está com eles. Para onde esse gorila idiota foi? Quem está com ele?

-- Não vou fazer isso. Procure outra idiota. – Resmunga.

-- Então, filinha. Sofra com as consequências, se prepare para mais tarde. – Fala irritada e sai, levando o macho junto contigo.

Me viro para ela, a encaro de cima e a mesma estava fazendo bico, parecendo prestes a chorar. Me abaixo, seguro a respiração e a puxo para mim, passando meu rosto no dela.

-- Vamos morrer? – Pergunta baixinho no meu pescoço.

-- Não. – Falo confiante e beijo sua cabeça. – Prometo a você que vamos sair daqui. – Ela confirma.

TAKASHI.....

-- Acharam alguma coisa? – Olho para os dois hackers na minha frente, que negam ao me encara. Me aproximo deles e os seguro pela nuca, gravando as pontas dos meus dedos ao lado de seu pescoço. – Eu pago você para nada, é isso? -- Negam novamente assustados. – ENTÃO ME MOSTREM ALGUMA COISA, PORRA! – Os largo com brutalidade.

Me afasto deles com irritação, prestes a explodir com tudo isso. Já perdi as contas de quantos dias não vejo minha filha e finalmente quando consigo chegar próximo dela, alguém vem e a pega novamente.

Mas dessa vez, estamos tendo ajuda dos homens cobras, eles chamaram um homem que pelo que entendi, é cobra também e seu nome é.... Snake.... Cobra! Muito criativos.

Ele pediu para o seu alfa comunicar os conselheiros e estão trabalhando para acha-los também.

Vadia do inferno! Sei que tem dedo dela nisso, se ela tocar em um dedo de cabelo da Mei, vai se ferrar na minha mão, vai comer o pão que o diabo amassou.

Como eu sou desse ramo de máfia e tal, nunca fui de gostar de mulheres inexperientes, optava para mulheres que sempre esteve no nosso meio, o que me fez conhecer a vadia ruiva.

Ela era médica da máfia, chegou a cuidar de mim e o que era para ser somente uma noite de diversão, me custou sete mil ...... Somente para montar o seu quarto e comprar moveis. Fora o custo das roupas que gastei.

Mais foram os sete mais bem pagos da minha vida. Minha filha é o meu ouro, assim como seu irmão, mas eles sabem que ela é o meu ponto fraco. Ela sabe...

Quando meio que sequestrei a Mei, descobri o que aquela loura realmente é, uma cientista malucona da cabeça que faz experimentos com pessoas e a próxima da lista dela iria ser a Mei se eu não tivesse a tomado.

Minha menina apesar de se mostrar durona, de bem com a vida e que enfrenta tudo, ela não é durona, ela é fraca mentalmente e medrosa, não gosta de se sentir só e chora fácil.

Ela sempre faz coisas que a coloque em risco para enfrentar os seus medos, mas no fundo, chora de medo. Nem que eu vá para o inferno, mas vou achar a minha filha e traze-la para casa, para isso terei que matar muitos, bom, isso não é o problema para mim.

-- AAAAAHHH... – O grito do garoto jovem se faz presente assim que entro na sala de tortura, vendo meu filho acertar o machado em seu braço esquerdo, jorrando sangue para todo lado. – P-por .... – Sua voz começa a ficar fraca, mostrando que iria desmaiar.

-- Acorda, filho da puta! Cadê a minha irmã? Não quer perder o pau também, não é? --

🌟....

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Meu Snake Onde histórias criam vida. Descubra agora