Capítulo 2 🪂

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Sinto meu corpo dolorido, algumas ardências pelo meu rosto e braço

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Sinto meu corpo dolorido, algumas ardências pelo meu rosto e braço. Abro meus olhos, me deparando com pedras acima de mim. Tento focar a minha visão que estava um pouco embaçada e dolorida.

Olho para os lados e noto que estava em uma caverna, deitada em um tipo de ninho de pássaro grande, tento me sentar, mas sinto algo prendendo a minha cintura. Me viro devagar, e noto o que estava me segurando.

-- AAHH! – Me debato e acabo caindo no chão, sentindo o meu braço doer por cair em cima do mesmo.

Me afasto daquela coisa, vendo ela se levantar e ficar ‘’armada’’. Seu corpo era grande, seus olhos estavam focados em mim.

-- Merda, merda, merda! – Sinto minha respiração ficar pesada.

Ele desce daquela cama e se aproxima mais, me encolho, com medo dele me morder, picar, rolar, seja lá o que ele irá fazer. Fecho meus olhos, aperto minhas mãos com medo.

Quando não sinto nada, abro os olhos e tomo um susto ao ver pernas, vou subindo o olhar, e tomo um susto maior ainda, me engasgando pelo que vejo.

Tinha um pau bem acima de mim. Grande, grosso e com veias, mas tinha pequenos negócios que pareciam escamas, assim como uma cobra. Levanto mais o olhar, vendo o V e os gominhos da barriga, sendo seis ao total.

A minha frente, tinha um homem grande, branco, olhos claros, tatuado e com um olhar de dá medo.

-- Q- que é você? – Pergunto ainda encolhida. Ele nada diz, somente fica me encarando. – Ca- cadê aquela cobra? –

Eu odeio cobra.

Me sentindo um pouco desconfortável com aquele homem me encarando e com aquele pênis na minha cara, me levanto devagar, encostada ainda na parede.

-- Humana. – Ouço a voz dele.

É grave.

-- Quem é você? – Volto a perguntar.

-- O que você estava fazendo ao descer, humana? –

-- Dá para parar de ficar me respondendo com perguntas? – Pergunto brava.

Ele dá uns três passos para se aproximar, mas dou três passos para trás, tento na verdade já que estava bem grudada na parede.

-- Seu cheiro. Que cheiro é esse? – Noto seus olhos mudarem um pouco.

-- Que? – Fico confusa. Ele se abaixa e começa a rosar o nariz no meu pescoço.

Não faz isso, sou tão fraquinha.

-- Seu cheiro me deixa estranho. Meu peito fica com uma sensação diferente, minha cobra calma. Nunca vi ela assim. -- Diz um tanto confuso e surpreso.

-- Não sei do que você estar falando. – Desvio o olhar quando ele me encara.

Em que momento as coisas ficaram assim?

Eu estava, até aonde eu me lembro, pronta para fazer uma queda livre e ....  Me, calo ao lembrar do que aconteceu.

-- Filhos da puta! – Ele se afasta um pouco. – Eles queriam me matar? Claro que eles queriam. Me jogaram. – Falo horrorizada.

Meu deus, meu pai vai ... Deus, meu pai! Ele estava me esperando, ele ia me ver dar o salto, sempre foi o sonho dele me ver fazer isso.

Meu nome é Mei Li, tenho 25 anos e sou paraquedista, uma competidora de salto livre, a segunda melhor do mundo, ficando atrás somente do meu tio, que na verdade nao é meu tio, eu só o chamo assim, que apesar de ser aposentado, não saiu do ranque de melhor.

Eu iria fazer um salto com os meus amigos, eu achei que aqueles filhos da puta eram. Meu pai ficou me esperando no local de espera da aonde que iriamos saltar, mas que em determinado momento, o piloto mudou de direção e começou a vir para onde tinha, mais mato.

Foi aí, que sem mais e nem menos, a minha ‘melhor amiga ‘’ me empurrou, mas antes vi o sorriso dos outros, me lembro que ela falou algo para mim.

‘’ Tente sobreviver aquelas aberrações. ’’

Vadia do caralho!

Mas é aí que eu me toco ... Olho para o homem a minha frente, que continuava me encarando por inteira, seus olhos ficavam dilatados e em uma linha reta. Aquela cobra, o que ela falou ...

-- Você é um shifters? – Pergunto surpresa e assustada.

Eu sei dá existência deles, o meu padrinho é um. Ele é uma orca, mas sempre vive mais no mar do que em terra. Ele e meu pai são melhores amigos, não sei muito a história dos dois, mas sempre estão juntos.

Meu pai sempre me contou sobre eles, mas nunca tinha visto outros a não ser o meu padrinho. Que não tem um humor lá muito bom.

-- Sou. – Ao mesmo tempo que ele me dá medo, ele me fascina. Talvez deve ser esse jeito lento dele movimenta a cabeça de um lado para o outro, me analisando. – Seu cheiro. – Volta com isso.

Levanto o meu braço e o cheiro, sentindo o cheiro do meu desodorante e mato, é o cheiro mais forte que está em mim, de mato.

-- Seu cabelo. – Pega uma mecha na mão. – Nunca vi essa cor. – O cheira. – Seus olhos. – Toca, me fazendo fechar um dos olhos. – Por que eles são assim? – Passa para o outro olho.

-- Não sou daqui. Na verdade, eu não nasci aqui, e da onde eu venho, as pessoas tem esse olho.  – Tento explicar. – E meu cabelo, é porque puxei da minha mãe. –

-- Você faz eu me sentir estranho. – Reclama. – Não sei se gosto disso. –

Quando ele iria tocar o meu rosto, vejo de canto uma mulher nua se aproximando, mas mesmo sentindo a presença dela, ele não dá a mínima, continua me olhando.

-- Senhor? – Ele somente resmunga. – A reunião. Estão solicitando a sua presença. – Ele a ignora. – Senh ... – Ele se vira com brutalidade e mostra a língua de cobra para ela.

-- O que você quer? – Seu tom é frio.

-- Os outros líderes estão esperando pelo senhor. – Abaixa a cabeça.

-- Eu escutei. Agora saía. – Ela só confirma e saí.

Se voltando para mim e seus olhos se suavizam, mostrando calmaria. O que acho bem estranho, já que ele estava bem nervoso a minutos atrás.

-- Já que você vai sair, pode me mostrar a saída? Eu tenho que voltar para casa e ... – Em minutos, parece que o corpo dele cresce.

-- Você não vai embora daqui. – Diz sério, se aproximando do treco de ninho.

-- O quê? Eu não posso ficar aqui. – Me aproximo dele, mesmo um pouco temorosa e com muito medo.

Afinal, ele é uma cobra. Metade, mas ainda assim, ele é.

-- Não irá sair daqui. – Fala simplesmente.

-- Olha aqui, seu .... Seu .... Homem cobra! Não venha querer mandar em mim! Eu tenho que ir embora, então não tente me manter aqui, vou sair uma hora ou outra. – Cruzo os braços.

Me ignorando, ele coloca um short moletom e sai da caverna, mas não antes de se virar para um dos lados e fazer um sinal com a cabeça. Dou dois passos para trás vendo uma cobra se aproximar. Ele me olha a última vez para mim e vai embora.

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