AOS DELÍRIOS DA SEDUÇÃO • Ryomen Sukuna

P R Ó L O G O

O salão estava lotado, mas foi como se o tempo parasse no momento em que meus olhos se fixaram nela. Leah. Lá estava ela, em um vestido azul claro que abraçava suas curvas e deixava evidente a barriga de três meses que carregava nosso futuro.

Ela estava radiante.

Seus cabelos cacheados estavam presos em um penteado que, de alguma forma, a deixava ainda mais encantadora. Eu não sabia como ela conseguia, mas Leah tinha essa habilidade de capturar toda a minha atenção, de fazer o mundo à nossa volta desaparecer, restando apenas nós dois.

Caminhei em sua direção, cada passo calculado, minha presença sempre notada por onde quer que eu passasse, mas desta vez não importava. Eu só queria estar perto dela.

Quando nossos olhares se encontraram, percebi o leve sorriso que se formava em seus lábios. Um sorriso que eu sabia ser apenas para mim. Parei diante dela, meus olhos descendo até sua barriga antes de voltar para seu rosto.

— Você está linda, Leah — murmurei, minha voz saindo mais suave do que eu pretendia. — Como sempre.

Ela riu baixinho, aquela risada que sempre fazia algo dentro de mim ferver, e o meu coração acelerar.

— Está gostando da festa? — perguntei, deslizando a mão pela curva de sua cintura, sentindo o calor de seu corpo através do tecido do vestido.

— É... diferente e estranho que todos estão me olhando. — ela respondeu, sua voz carregando um toque de diversão. —

— Eles estão admirando a mulher mais linda desse lugar. Minha mulher. — Meus olhos não deixaram os dela.

— Estou feliz que esteja aqui, Ryomen. Com você, tudo parece mais fácil. — Ela suspirou, encostando-se ligeiramente em mim.

Aproximei-me ainda mais, inclinando-me para sussurrar em seu ouvido.

— E sempre será assim. Eu nunca vou deixar nada ou ninguém te afastar de mim, Dakota.

Ela sorriu novamente, aquele sorriso que aquecia até as partes mais escuras do meu ser. E naquele momento, enquanto a segurava nos braços, senti algo mais profundo do que o desejo habitual – algo mais próximo da paz, da plenitude que apenas ela poderia me dar.

Era nesse momento que percebi, mais uma vez, o quanto Leah significava para mim. E o quanto eu estava disposto a fazer para mantê-la segura, ao meu lado, onde ela sempre pertenceu.