🥊CAPT. 009 🥼

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— Eu posso... (?)

Após pouquíssimos minutos em total silêncio, enquanto tentava processar tudo o que estava acontecendo no quarto, Jisung teve seus pensamentos interrompidos pela voz que ecoou pelo ambiente. Ao erguer o olhar, viu o maior encarando-o intensamente e fazendo um gesto com a cabeça, sinalizando que se sentaria ao seu lado na cama. Jisung, um tanto apreensivo, puxou a caixinha do filhote para si, deixando um amplo espaço ao lado para o alfa se acomodar e colocar a bandeja entre eles; criando um pequeno intervalo de segurança.

— Sr. Lee, eu...bom...

Jisung hesitava, sem saber como e/ou por onde começar. Seus lábios tremiam e o seu coração disparava freneticamente dentro do peito. As palavras que queria expressar estavam misturadas entre seus pensamentos conturbados, o que tornava difícil articulá-las sem pensar cuidadosamente antes.

A vergonha por não ter comparecido à casa do homem e não ter dado uma simples satisfação por não ter aparecido no primeiro dia de trabalho só aumentava a sua insegurança.

Enfrentar Minho cara a cara parecia agora infinitamente mais difícil do que qualquer outra situação anterior para o ômega.

Mais difícil até do que enfrentar seus dois >>melhores amigos<<! (oᗜo;)

— Não iremos falar sobre nada agora, Jisung. — Minho, percebendo o estado de agitação do ômega, tomou a iniciativa de falar primeiro. Ele notou que Jisung estava em um estado tão frágil que repetia a mesma frase como um mantra, e estava claramente prestes a chorar — Ao invés disso, gostaria de saber como você está (?)

Jisung arregalou os olhos, surpreso e inquieto.

— Bem... — Sussurrou, sua voz ecoando quase de maneira inaudível devido à dor de garganta e à fraqueza física e emocional que sentia naquele momento — Eu acho...

Se não fosse pela audição apurada de Minho, ele e seu lobo talvez não teriam conseguido ouvir aquelas três únicas palavras.

— E o nosso bebê, como ele está? Você já deu a papinha dele? — Minho perguntou com um tom genuinamente interessado e disposto — De manhã, passei em um pet shop e comprei vários potinhos de ração com sabores variados e fontes nutricionais diferentes para garantir que nosso bebê cresça saudável e não perca nenhum valor nutricional essencial para a espécie dele. As sacolas estão na sala.

O alfa parecia verdadeiramente envolvido, sorrindo quando o ômega lhe lançou um olhar apreensivo. Ele estendeu a mão e tateou a cabeça do passarinho agitado dentro da caixinha, que o observava com curiosidade.

— Papai deixou algumas comidinhas lá em casa para quando você for amanhã o seu outro papai dará a papinha na hora do nosso almoço em família, sabia, pequeno? Iti! Iti! Você é o bebê mais dengoso que eu já conheci. Aigoo!

Em "resposta", o pequeno passarinho começou a fazer mais barulho e a sacudir freneticamente suas asas, que estavam parcialmente nuas de penas, com apenas duas ou quatro penas nas pontinhas. Minho, animado, não conteve o sorriso e estendeu as mãos para pegar o bebê, que rapidamente tentou subir nelas, mas, por não ter altura e desenvolvimento suficientes, piou insatisfeito. O alfa então o pegou com cuidado.

Jisung, por sua vez, observava os dois com uma expressão de puro espanto, repetindo inaudivelmente a palavra "amanhã" como se ainda não acreditasse no que havia ouvido.

Tipo, >amanhã< significava >>amanhã<< mesmo, certo?!

No dia seguinte?!

Algo como 24 horas depois?!

Kombat || MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora