Após ser arrastada para uma festa, por sua amiga. Alivya decide curtir a noite em Barcelona, mas, ao longo da noite, ela se deparou com um certo alguém que não saía de sua mente por um motivo completamente aleatório. Ele a irritava profundamente, ma...
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Era por volta das dez e quinze da manhã e eu e Melinda já estávamos na faculdade. Eu queria ter faltado mas Melinda não deixou.
—O que você que fazer quando sairmos daqui? - Melinda perguntou, fazendo carinho em meu cabelo.
—Morrer... - eu murmurei de bruços na minha carteira.
—Amiga, por favor! - ela suplicou. —Você não pode ficar assim.
—Você não tá entendendo, Mel. Você sabe o quanto é e foi difícil para mim me entregar de novo a um relacionamento qualquer outra coisa. - eu senti minha garganta doer, pelo nó que se formava. —Poxa, não é justo! - eu senti meus olhos marejarem.
—Ei, levanta. - Melinda disse, colocando as mãos em meus ombros, meu puxando para trás. —Olha aqui, pensa que é só por um tempo, Alivya. Talvez realmente seja o que vocês dois estão precisando.
Eu suspirei profundamente, tentando me controlar. — Eu sei, eu sei. Mas dói, Mel. É tudo tão recente e eu nem tive tempo de processar. É só... não é justo.
—Eu sei, amiga, eu sei. - Melinda disse suavemente —Mas vai passar. Tudo passa.
O professor chegou na sala poucos minutos depois, começando a aula. Apesar de querer prestar atenção, eu não conseguia focar. As palavras do professor entraram por um ouvido e saíram pelo outro, não havia como absorver nada enquanto meu coração doía tanto.
Em um momento, me peguei olhando pela janela, observando a movimentação enquanto pensava no dia anterior.
Parecia que, de algum jeito, tudo o que vivemos juntos havia sido em vão. Eu tinha me esforçado tanto para confiar, para abrir os meus sentimentos novamente, e agora...tudo pareceu ter acabado tão subitamente.
...
Eu e Melinda estávamos na nossa última aula do dia, que era uma aula livre. Nós estávamos sentadas em uma das fileiras no fundo da sala, o mais longe possível de todo mundo possível. Melinda estava mexendo em seu celular, e eu estava desenhando coisinhas aleatórias em meu caderno.
—Você viu o que o Gavi postou? - ela perguntou.
—Não? O que ele postou? - eu perguntei, curiosa e ela me entregou o celular, mostrando uma publicação que Pablo havia feito.
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Eu franzi a testa, digerindo a notícia. Tudo bem, nós tínhamos terminado, mas ver ele confirmar isso publicamente me atingiu de um jeito diferente. Era uma estranha mistura de dor, tristeza e incredibilidade.
Melinda percebeu meu rosto franzido enquanto olhava para o celular.
—Você tá bem? - ela perguntou, colocando a mão em meu ombro.
—Eu... Sim, eu acho. É só estranho, sabe? Ver ele confirmando tudo dessa maneira pública. - respondi, tentando manter a calma.
—Deixa eu te perguntar, você esperava que isso acontecesse? - ela perguntou.
—Não exatamente. - eu disse, tentando soar calma. —Mas as coisas estavam estranhas, nos últimos tempos.
O tempo passou rápido e assim que a aula acabou, nós fomos embora.
Gavi's Pov
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2 semanas depois depois...
Eu estava sentado em minha cama encarando a tela do celular, que mostrava o perfil de Alivya, já não tinha mais fotos nossas e nem destaques.
Embora eu soubesse que terminar era o melhor a se fazer, não consegui evitar de me sentir mal. Eu tinha passado os últimos meses com ela, compartilhando momentos incríveis e fazendo planos para o futuro.
Me lembrei de todas as noites em que ficamos acordado até tarde conversando, dos momentos em que ríamos juntos.
Eu sentia falta dela. Não era apenas a falta de carícias e encontros casuais. Eu sentia falta dela mesmo, da maneira como ela ria, do jeito como me olhava, do som da voz dela dizendo meu nome.
Eu me joguei na cama e cobri meu rosto com a mão, tentando desesperadamente me livrar da dor. Mas não adiantou nada. Era como uma ferida aberta, sangrando sem parar.
Eu não queria pensar nela, mas ela estava sempre lá, presente em todos os cantos da minha casa. Em todos os lugares ao qual olhava, havia uma lembrança dela.
Nós tínhamos terminado por um motivo, e tentar reatar não era justo com nenhum de nós. Eu tinha que seguir em frente, mesmo que minha alma estivesse implorando para falar com ela, para sentir ela novamente.
Em meio a essa dor, eu não consegui evitar de me perguntar se eu tomei a decisão certa. Mas não, eu não podia voltar atrás, não importava o quanto eu quisesse.
No entanto, quanto mais eu tentava lembrar dos motivos que me levaram a terminar a relação, mais eu me sentia culpado. Eu não queria ser o vilão dessa história, não queria ser o culpado por magoar a única pessoa a qual eu realmente amei.
E eu sentia falta dela, uma falta imensa. Tudo o que eu queria era poder falar com ela, somente ouvir a voz dela para saber se ela estava bem. Mas eu me contive.
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