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Tony estava andando de um lado para o outro na sua imensa sala de estar, o celular em um aperto firme em sua mão, o olhar mudando da tela do aparelho para a porta do elevador.
Apesar da aparente falta de confiança nas pessoas, até hoje Peter não tinha sido nada além de educado ao redor de todos. Então o garoto era o último que ele esperava que fosse quebrar as regras para fazer qualquer coisa. Peter obviamente não era do tipo que iria em festas tarde da noite sem avisá-lo antes.
Por isso o bilionário surtou quando o garoto não voltou para casa e não atendeu o celular por horas.
Tony já havia ligado pelo menos 50 vezes e a preocupação passou a se misturar com ansiedade e então, com irritação. Ele não sabia se queria que Peter chegasse para poder abraçá-lo, ou para dar uma bronca.
O gênio não queria perder todo o avanço que havia feito com o menino, então tentou conter ao máximo sua frustração e ainda mais a sua vontade de ligar para a polícia ou de vestir a armadura para procurar o garoto. Ele avisou toda a família, e pediu para Sexta-Feira hackear todas as câmeras da cidade em busca de Peter, sem sucesso.
Ele não queria, mas teria que chamar a polícia. Ele não acreditava que iria fazer isso, de novo não. Era a última coisa que ele queria fazer.
De repente, todos os seus sentimentos conflitantes ficaram estáticos. O elevador se abriu e um Peter encharcado atravessou o ambiente sem notar a sua presença. O garoto estava ofegante e com o rosto meio avermelhado, mas fora isso não parecia estar machucado ou qualquer coisa do tipo, fato que fez o bilionário finalmente respirar propriamente depois de horas.
Foi quando o adolescente já havia adentrado o corredor e fechado a porta do quarto que Tony saiu do estupor de alívio que foi vê-lo novamente.
Suas pernas reagiram mais rápido que seu cérebro.
— Peter? — ele chamou, enquanto ia em direção ao quarto do garoto. — Peter?Tony tentou abrir a porta do quarto, apenas para encontrá-la trancada. O homem franziu a testa.
— Peter. Garoto? — ele deu dois toques na porta. — Precisamos conversar.
Sem resposta.
— Garoto, tá me ouvindo?! — ele levantou a voz, caso Peter não estivesse escutando, mas ele sabia que esse não era o caso.
Uma onda de frustração subiu por seu peito. Ele ficou fora o dia todo, sem explicações, deixando todos preocupados e agora ele tranca a porta na sua cara? Rhodes, Pepper e Happy estavam surtando, tanto quanto Tony, principalmente depois de tudo. Nas últimas horas tudo o que se passava em sua mente eram reprises daquele dia, em que seu filho de apenas 3 anos fora levado bem debaixo de seu nariz. Ele só conseguia pensar em como dessa vez talvez ele tivesse perdido seu menino de verdade, que agora alguém poderia estar determinado a se livrar do único herdeiro Stark de uma vez por todas. Tony não conseguiria passar por isso, de novo não. Como o garoto pôde simplesmente ignorar tudo isso e desaparecer por horas?!
— Sexta, destranca a porta — ele pediu, e esperava que sua voz não tivesse saído tão irritada quanto ele estava se sentindo.
A IA obedeceu ao comando em silêncio, e Peter olhou surpreso quando Tony entrou. O garoto estava parado no meio do quarto, como se estivesse ouvindo a movimentação do lado de fora e torcendo para que Tony desistisse e fosse embora.
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Todos os dias que fiquei sem você
FanfictionLuca, filho de Tony Stark, desapareceu aos três anos de idade. O bilionário nunca se perdoou por aquilo. 12 anos depois, Anya e Peter, apenas duas crianças órfãs do Queens e amigos de infância, são apreendidos por invasão domiciliar. Digitais...