15.

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— Eu queria me desculpar por uma parte da culpa ser minha

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— Eu queria me desculpar por uma parte da culpa ser minha. — A loira em minha frente disse abaixando a cabeça parecendo realmente chateada. — Eu devia ter percebido que a Duda não tinha mudado.

— Do que você está falando? — Perguntei muito confusa.

— A Duda já foi internada em um hospital psiquiátrico por diversos problemas. — Fiquei em choque ao ouvir isso. — Ela teve alta, todos nós achamos que ela estava melhor. E ela veio passar um tempo na minha casa, mas como a mãe dela não a supervisionava daqui ela não tomou nenhum remédio a qual precisava.

— Não precisa se culpar com isso. E termina de contar logo, está me deixando confusa.

— A Rayssa estava certa, Karina. — Meu coração aumentou as batidas ao ouvir essas palavras saindo da boca da minha melhor amiga. — A minha prima beijou ela a força. Conversei com ela, disse que já fazia um tempo que ela vinha fazendo umas coisas estranhas. — A menina voltou a olhar para mim. — Mas ela achou que era apenas uma fã comum.

— Eu não sei o que dizer. — Falei desacreditada nisso tudo.

— Desculpa por isso, eu devia ter percebido. Eu realmente acreditei que ela estava melhor e não queria que ela se sentisse excluída da sociedade, de novo. — Eu conseguia ver a verdade nas suas palavras.

— A culpa não é sua. — Pensei um pouco. — Talvez a culpa seja minha também por beijar meu ex de novo.

— Você beijou seu ex? — Ela me olhou surpresa.

— Foi na hora da raiva. — Nathalia me olhou com ódio.

— Karina. Ele é maluco, ele vai ficar no seu pé agora! — Nathi disse me fazendo pensar melhor.

— É, ele apareceu em um treino meu e eu o mandei embora. Na verdade os seguranças o mandaram. — Falei simples e ela arregalou os olhos.

— Isso é muito perigoso, se ele te encontrar sozinha na rua não vai ser nada legal.

— Eu acho que eu tenho que tomar coragem e finalmente abrir uma medida protetiva contra ele.

— Já passou da hora né, gata? — Ela tentou descontrair a situação.

Eu não era agredida por ele. Porém, ele me obrigava a ir em lugares que eu não queria, conviver com pessoas que eu não gostava e fazer coisas que eu não desejava.

Ocasionalmente Nicolas nas tentativas de me fazer ficar ao seu lado o tempo inteiro deixava marcas pelo meu corpo a fim de me segurar para eu não conseguir ir embora.

Ele era mais forte do que eu, mas eu era mais esperta.

Talvez isso tenha me feito muito mal. Mas com o tempo fui esquecendo e essa ferida foi curando.

Até eu conhecer Rayssa.

Parecia que ela havia curado onde nem ela mesma tinha ferido. Era como se ela soubesse de tudo e cuidava de todos os detalhes.

𝗚𝗔𝗥𝗢𝗧𝗔 𝗗𝗘 𝗜𝗣𝗔𝗡𝗘𝗠𝗔' 𝗥𝗮𝘆𝘀𝘀𝗮 𝗟𝗲𝗮𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora