Lavínia é uma menina nada afetuosa que também não recebe afeto nenhum dos pais. Ela faz de tudo pra se sentir importante, se sentir alguém e nem sempre são coisas boas.
André é um anjinho, só mais um dos 7 filhos de uma família numerosa.
No f...
" Atelofobia: é o medo de ser imperfeito, de não fazer algo corretamente, de não ser suficientemente bom" _______________________________________________
Caso você estivesse com o ouvido bem encostado na porta da diretoria do colégio interno Rosa dos Ventos ouviria sons de estalos, como os de bombinha e logo chegaria à conclusão de que era mente de alguém pipocando. Ouviria também um choro escandaloso e amargurado e descobriria, naturalmente, que só podia ser Lavínia, prestes a ganhar um demérito.
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_ Por favor, tudo menos um demérito. Acredita em mim, por favor, eu fui enganada.- ela dizia enquanto lágrimas enormes escoriam pelo seu rosto.
_ Se eu não te der esse demérito amanhã vai ter uma fila de alunos naquela porta chorando que nem você pra deixar a ficha limpa. _ Mas foi a Anna, diretora. Ela falou que era pra gente brincar... mas no final era tudo mentira!!!!! Lavínia estava ofegante e seus olhos vermelhos e inchados.
_ Bem, nesse ponto você tem razão- admitiu a diretora- Ela passou dos limites, até fugiu do colégio para brincar dessa brincadeira idiota.
A menina secou as lágrimas um tanto surpresa.
_ "Idiota"? Você nunca brincou de esconde-esconde?
_ Eu tenho cara de quem brinca de alguma coisa, minha filha?
As olheiras debaixo daqueles olhos pareciam estar derretendo e aqueles lábios pareciam duros demais para exprimir qualquer sorriso. "Com certeza, não"-Lavínia pensou.
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_ É pra responder mesmo?
A diretora fez uma careta ainda mais feia para ela.
_ Enfim, você devia ser grata a mim, porque no seu caso- ela disse, estendendo o carimbo vermelho- um demérito ainda é muito pouco.
Tac!
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O Som daquele carimbo vermelho na sua ficha doía mais em lavínia do que se um raio a tivesse atingido.
_ Não... Não...não...
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Ela foi se virando lentamente, de cabeça baixa e saiu da diretoria. Todo o seu futuro estava fadado ao fracasso.
_Lavínia?
Era André, um dos garotos mais insuportáveis da sala.
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_ O que foi, veio ver minha desgraça? Pois bem- ela ajeitou a postura- aprecie o que sua amiga Anna fez comigo.
_ Não Lavínia, eu vim atrás dela, o pessoal da sala queria fazer uma surpresa pra ela. Olha, não tô te entendo, o que ela te fez? Anna parece ser bem legal.
A menina não aguentou, começou a chorar com uma louca novamente.
_ Meu futuro em Carvard está arruinado!
_ Carvard? A faculdade? Mas a gente tá só no terceiro ano.
Lavínia ignorou completamente o ignorou completamente. Sua voz estava carregada de ódio, angústia e dor. Era uma figura de dar pena e sentir medo ao mesmo tempo.
_ Eu não sou nada e nunca serei e é tudo culpa da Anna!!!!
André abriu a boca pra dizer alguma coisa, mas foi interrompido pelo som de passos no corredor.
Era Anna e seu pai. A menina encarou Lavínia chorando e simplesmente lançou a ela a sua melhor cara de "eu não me importo" já existente.
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Lavínia segurou o choro.
_ É impressão minha ou aquela garota tava brava com você?- indagou o pai de Anna.
André viu Anna balançando a cabeça com uma cara de desinteresse e então a porta da diretoria se fechou atrás dela.
_ Eu sinto muito Lavi...
_ Me deixa em paz, garoto!
Lavínia saiu correndo e acabou esbarrando no ombro de André no processo. Nunca em sua vida havia se sentido tão miserável.
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NOTAS DA AUTORA: História feita com muito carinho, então se tiver gostado deixa um voto