Lavínia é uma menina nada afetuosa que também não recebe afeto nenhum dos pais. Ela faz de tudo pra se sentir importante, se sentir alguém e nem sempre são coisas boas.
André é um anjinho, só mais um dos 7 filhos de uma família numerosa.
No f...
Nos fundos do colégio interno rosa dos ventos, no subsolo de uma pequena cabana, 8 meninos se encontravam apertados em um elevador. Esses meninos todos formavam um grupo, tecnicamente secreto, chamado Luíses.
Enquanto o pequeno elevador descia, eles tagarelavam sobre coisas irrelevantes. Tão distraídos estavam que saíram dele ainda se olhando e nem notaram a aura feminina na toca que vinha leve, com cheiro de lavanda, amaciante floral e superioridade.
_ Ahem- Lavínia fingiu limpar a garganta e depois voltou a escrever qualquer coisa em um livro.
Estava sentada em uma poltrona de couro cantarolando alguma entre os lábios, coluna ereta, pernas cruzadas.
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Todos pararam o que estavam fazendo e a olharam assustados.
_ CÓDIGO VERMELHO!!!!!!!!!!!!!!!!!- Lucas gritou.
_ Menina na toca, menina na tocaaaaaaaaaaaaa!!!!!- Benjamim, o mais novo de todos surtou.
André, o líder dos denominados Luíses, cruzou os braços.
_Lavínia?
A garota tentou suprimir um sorriso, por algum motivo gostava da forma que seu nome era doce e leve saindo da boca dele.
_ Como você conseguiu entrar aqui?
Ela continuou a escrever pacientemente. _ Bem…-começou, depois de parecer dar o ponto final em um parágrafo- Norma vai adorar saber desse esconderijo de vocês, ela adoraria montar um spa particular aqui, não acham?
_ O QUE?- Pedro soltou, quase como um soluço.
André franziu as sobrancelhas.
_ Temos um alarme do lado de fora, como assim ele não tocou?
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A menina deu tapinhas com o indicador na cabeça
_ Eu já sabia dele. Felipe me contou todos os detalhes com um pouco de suborno. Eu só contornei, não precisa ser um gênio.
Todos os meninos se entreolharam nervosos.
_ Você não vai contar sobre… esse lugar pra diretora, né Lavínia?- André estalou os dedos nervoso.
_ Achei que já tinha deixado isso bem claro, não?- disse, olhando-o por cima.
_ Mas porque!?- exasperou-se.
O nariz dela enrugou e suas bochechas tornaram-se carmesim.
_ Porque? “porque”!? Você, mais do que ninguém aqui deveria saber o porquê.
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_ Olha, aqui. Acho que não estamos falando da mesma coisa- André levantou uma das sobrancelhas.
Lavínia mordeu os lábios e cerrou os punhos.
_ VOCÊ ANDRÉ, VOCÊ CONTOU PRA TODO SOBRE AQUELE BOBICE QUE EU DISSE André arregalou os olhos, agora tinha se sintonizado e tentou, juro por Deus que tentou, fazer Lavínia calar a boca.
_ ME solta GAROTO!
_ Lavinia… por favor.. eu não con…
_ VOCÊ CONTOU PRA TODO MUNDO AQUI QUE EU GOSTO DE VOCÊ!!!!!!!
Lavínia arrependeu-se instantaneamente. Estava claro, pelo olhar de surpresa de todos os garotos ali presentes, que a informação era novidade.
_ PorCAriA- ela murmurou, antes de colocar a mão na boca.
_ Lavínia, eu não contei- André disse, sua voz arrastada, mas já era tarde demais.
_ A lavínia, gostando de alguém?- Binho indagou meio surpreso, meio rindo.
_ Isso é possível?- Pedro continuou.
Todos começaram a rir.
_ Aquela coração de pedra gostando de alguém,?
_ Não sabia que ogros se apaixonavam. HA-HA-HA.
_ Eu não queria estar na pele do André agora-risos.
_ Que azar!
André virou-se para encará-la.
Os olhos de Lavínia estavam alagados de lágrimas, mas ela não as deixou cederem, secou-as com as mãos tão fortes que deixou marcas vermelhas sobre todo o rosto. Fincou os dentes nos lábios como se finca garfo na carne.