Permanecemos o caminho inteiro de volta para casa em silêncio, não tinha muito o que falar para ele e se eu fosse falar algo sei que acabaríamos brigando outra vez.
Chegando em casa sai do carro e quis entrar o mais rápido possível em casa. Ao entrar vi meu pai conversando com fred na cozinha e o convidando para jantar na nossa casa, não podia reclamar ou falar alguma coisa porque sabia que Fred havia nos ajudado muito, e também sabia que dês que sua mulher faleceu ele não se alimentava direito e o problema não era ele e sim o Henry.
Subi para o meu quarto, tomei banho e desci para sala enquanto Fred e meu pai ainda estavam conversando, mas dessa vez sobre coisas relacionadas a empresa, coisas que não me interessavam muito. Henry não havia chegado e por mais que eu estivesse aliviada por não ter que atura-lo, tinha algo dentro de mim que queria que ele estivesse Ali.
Mais tarde, quando Henry chegou, meu pai me chamou para jantar, e como de costume, Henry não tirava os olhos de mim, mas estava tão faminta que não me importei muito. No final do jantar peguei meu prato para lavá-lo e mais uma vez percebi que Henry estava me olhando e me acompanhou com os olhos até que eu sumisse de sua vista.
Que estranho, porque ele não para de me olhar ? Nossa, preciso tomar um ar. Sai de casa e me sentei a um banco que havia por perto, precisava pensar sobre minha nova vida, alguns minutos depois, escuto a porta se abrindo atrás de mim, olhei para trás e vi que Henry estava vindo em minha direção, cruzei os dedos e torci para que não viesse até a mim, mas para a meu azar ele veio e sentou-se ao meu lado.
(Henry) - oi, raio de sol.
- oi, Henry, veio agir como um imaturo outra vez ? Estou tentando ficar sozinha. E por que insiste em me chamar de raio de sol? Meu nome é Anne!!
(Henry) - na verdade não, vim me desculpar pelo o que aconteceu no parque, prometo não me intrometer mais em sua vida, e te dizer que eu queria sim te levar para conhecer a cidade.
Completou dizendo...
( Henry)- Você me lembra algo que minha mãe dizia.
Quando ela ficou doente, gostava de levantar cedo todos os dias para ver o sol, e sempre dizia que aquele raio de sol era lindo, ela me disse que um dia eu encontraria o meu raio de sol, e você me faz lembrar. Você é tão linda quanto ele.
Dizendo essas palavras, olhando as estrelas. Cortou assunto ainda as olhando.
( Henry) - as estrelas são algo magnífico, não é mesmo.
Fiz que sim com a cabeça, não havia palavras para lhe dizer naquele momento, então permaneci quieta.
Ficamos em um silêncio outra vez, que foi interrompido quando ele disse que estava muito cheirosa se inclinando perto do meu
pescoço para senti-lo de perto.
- obrigado.
Ele deu um sorriso e naquele momento me paralizei olhando o seu rosto parecia cena de filme, onde o galã aparece e tudo fica lento, com um brilho ao seu redor.
Comecei a rir do meu pensamento e Henry fez uma expressão de desentendimento.
( Henry) - o que foi ? Meu rosto está sujo? Perguntou ele passando a mão em seu rosto na intenção de limpar caso estivesse sujo.
- não. Estou rindo de um pensamento tosco que acabei de ter.
( Henry) - Que pensamento ? Disse ele rindo sem graça e coçando a cabeça.
- não é nada.
(Henry) - senti saudade da sua antiga cidade ?
- as vezes sim, mas na maior parte do tempo não ! Em Erobor, havia uma tranquilidade que eu gostava, mas lá era uma cidade onde você não conseguiria crescer, todos querem sair de lá e na primeira oportunidade que tem eles vão embora e não olham para trás. Aqui em Catleia, as coisas são mais "fáceis" de certa forma.
Ouço uma voz feminina chamando ( Henry )
Era uma menina. Henry se levantou e me disse que já voltaria. Atravessou a rua e começaram a conversar.
Como ele se atrege ir conversar com outra e me deixar sozinha. Que seja!
Ele me olhava a cada segundo, conferindo se ainda estava sentada, virei os olhos em outra direção e fingir que não tinha nada acontecido.
Quando percebi que os dois olharam e minha direção e sorriram.
O que sera que estavam falando de mim?
Logo depois Henry voltou sorrindo.
(Henry) - ainda bem que você não foi embora...
Não fique com ciúmes raio de sol, Malle só veio me avisar que o seu irmão voltaria de Anália.
- ciúmes! Não seja convencido. Não me importo com quem você fica. E não precisa me dá satisfação de sua vida. Não somos namorados.
( Henry) É uma pena, raio de sol, você iria gostar muito. Disse ele olhando nós meu olhos e descendo para minha boca.
(Isso me deixou desconcertada)
- ei, do que vocês estavam rindo ?
(Henry) - Malle disse que tinha sorte por namorar com você, porque você era linda. Mas estão eu disse que você era difícil, que não olharia para mim e não namoraria comigo. Então ela começou a rir, e disse que isso era verdade.
- espero que seja isso...
(Henry) - me diz, raio de sol, estou errado em pensar isso ?
- bem.. porque estamos conversando sobre isso.
Ele permaneceu em silêncio, me encarando, aproximou-se mais colocando meu cabelo atrás da orelha
Não sabia como reagir, pude sentir meu coração batendo mais forte a cada segundo e sentia que minhas bochechas estavam corando de tão envergonhada. O meu corpo sendo consumido por uma sensação diferente do que eu havia sentido antes. Ele deu um sorriso sem graça levantando-se do banco e disse que estava linda, que meu vestido verde combinava com os meus olhos e saiu andando para sua casa.
Não consegui dizer uma palavra o vendo ir embora, o que ele tinha me falado me pegou de surpresa. O que foi isso ? Porque ele está se comportando assim ? Uma hora se comporta como um imaturo e outra hora fala essas coisas que me deixam envergonhada!! Esquece, preciso entrar.
