Arya Black || 04

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Ouço longe e distante o som de corvos por cima da minha cabeça, minha cabeça doía, ao abrir os olhos não totalmente a imagem de árvores tapando qualquer vestígio de luz, minhas pernase meu corpo inteiro estava molhado e aquele furmigamento de que tinha bichos subindo em cima de mim .

Ao abrir meus olhos completamente eu percebi que estava em um lugar totalmente desconhecido, olhei para trás, para o lado, para o outro lado e só via escuridão as folhas das árvores balançavam conforme o vento batia, minha respiração ficou pesada meus pulmões ficaram sem forças, olho para o chão e percebi que estava em cima da neve que antes branca agora eatava vermelha e suja meu cabelo estava todo sujo grudado na minha pele, me levanto e então me recordo da minha casa, peguei meu vestido e levantei o máximo possível do chão e corri para direção que eu acreditava que iria me levar pra casa.

O fôlego estava pouco mais eu não desistia, eu não iria parar até chegar na minha casa, o cansaço queria me fazer parar, queria me fazer cair naquela neve e esperar apenas minha morte, quanto mais eu corria mais árvores feias com galhos secos e tornos apareciam e parei quando vi a neve melada de sangue e lama.

- Não pode ser - Olhei para trás e para o lado, respirei fundo e segurando neu vestido novamente com mais força como se aquilo fosse um incentivo .

Peguei o lado esquerdo e corri, corri convcta de que agora veria as luzes da rua e que encontraria ajudar a encontrar meu pai e Thomaz, mais as árvores pareciam nunca acabar ou ao menos serem diferentes, parei olhando em toda minha volta e vendo que não tinha saído muito longe de que eu estava .

Meu peito subia e descia procurando algum tipo de conforto mais a única coisa que recebo foi o vento frio e um corvo idiota que não parava de gritar no pé do meu ouvido, cair de joelhos no chão colocando as minhas mãos sobre o meu rosto sujo e molhado das lágrimas que retornaram .

Tirei meu colar de dentro do decote e olhei para aquela cruz de madeira que só me fazia lembrar do meu pai, que agora ele poderia está sendo de refém ou....não, isso não, balancei a cabeça e deitei meu rosto sobre a neve branca e fria abracei minhas pernas me encolhendo no chão gelado, o vento frio batia no meu corpo arrepiando os cabelos pequenos do meu braço e tremendo meu corpo inteiro.

Meu queixo batia um no outro e fechei os olhos me conformando que morreria congelando aqui mais aquela frase bateu como martelo na minha mente.

𝑵𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒂 𝒔𝒆𝒎 𝒍𝒖𝒕𝒂𝒓 e eu sabia que o meu pai se encontrasse nessa situação ele nunca ficaria parado esperando pela morte se entregando tão facilmente as suas garras da morte.

Me levantei mesmo batendo o queixo e caminhei em passos curtos e lentos até as árvores secas e quebrei todos os galhos e levei até o chão juntando todas e logo encontrei uma pedra ali jogada junto com outras, coloquei no centro dos galhos e com outro coloquei entre as palmas da minha mão e comecei rolar de um lado para outro na minha mão o frio era grande mais me mantia concentrada em conseguir fazer um fogueira.

A madeira rolava e rolava e um brilho veio aos meus olhos quando vi pequenas faíscas saindo .

- Isso ! - Sorrir e continuei com o meu trabalho e então finalmente consegui ver uma luz em meio toda essa escuridão e meu sorriso só ficou maior pelo meu trabalho.

Mais sumiu assim que um vento forte invadiu aquela floresta tão forte como se viesse algum tipo de redemoinho de areia e então o vento chegou onde eu estava e passou levando todo o fogo que eu tentei fazer.

- Tá de brincadeira - Bufei me sentando no chão arrastando a mão por meus braços para poder me aquecer e então o corvo apareceu, sentado em um galho baixo mais não muito, ele me olhava fixo com aqueles olhos grandes pretos e aquilo me causou um incômodo não muito bom dentro de mim.

Me levantei e abanei com as mãos o expulsando dali e ele apenas gritava na minha cara e balançava as suas assas e voltando sua postura.

- Sai daqui corvo idiota - Abanei a mão novamente e ele entortou sua cabeça para o lado como se estivesse me analisando e isso para um animal era estranho e muito macabro, sempre odiei corvos, eles são assustadores e se tem um deles em algum lugar esse lugar não tem um pingo de segurança e eu sei muito bem que não estou segura nessa floresta .

- Tudo bem, se vai ser assim eu vou procurar outro lugar aqui - Falei um pouco receosa de ter que procurar outro lugar aqui e acabar ficando ainda mais longe de ir para casa do que agora .

E ao virar minhas costas o corvo grita e sai voando sumindo entre as árvores e respirei mais aliviada que conseguiria dormir sem me sentir que estou sendo observada por um animal esquisito balancei a cabeça tentando esquecer esse quase acontecimento, agora como vou conseguir dormir? Eu queria ir atrás da única família que me restou mais estou presa em uma floresta que tá mais para um labirinto sem saída, mais como eu vim parar aqui? Como eu conseguir sair daquela casa ? Foi as perguntas que rodeavam minha mente e sussuravam no meu ouvido como o diabo me mandando fazer coisas ilícitas.

Mais tudo isso eu iria descobrir amanhã, tenho certeza que alguém tá procurando por mim, Thomaz deve tá me procurando e ele irá saber sobre o meu pai mesmo lá no fundo eu esteja já temendo o pior só não queria admitir .

Fechei os olhos mesmo que a ideia seja impossível com esse frio horrível.



- Bonequinha, vem aqui brincar comigo - aquele sorriso horrível corria atrás de mim com um machado na mão e a angústia era minha única parceira nesse momento o medo estava estampado nos meus olhos, olhava para trás e parecia que ele estava ainda mais perto até suas garras ee unhas sujas e mal feitas estragadas eu diria apertam e penetram na minha carne e a dor aguda vem junto me fazendo gritar .

Um grito tão alto que minha garganta doía e então abro os olhos com o suor mais que o normal deslizando por minha testa e olhei em volta percebi que ainda estava naquela floresta e que tudo aquilo foi um pesadelo e olho para meus ombros eu estava com uma coberta, preta e coberta por penas pretas mais eram tão fofas como o algodão e franzi o cenho completamente confusa .

Como eu consegui isso? Como isso veio parar aqui, e eu não era burra tanto assim para ver que não estava sozinha tinha mais alguém aqui, e se essa pessoa me ajudasse a sair daqui?

- Tem alguém aí? - falei em alto e bom som olhando por toda minha volta esperando alguma sinal de que havia alguém ali e nada aconteceu o silêncio continuou o mesmo.

- Olha eu sei que você é o dono ou dona dessa coberta eu queria agradecer, eu não vou machucar você eu prometo - e por um instante eu ouvir uma risada grave e rouca vindo da escuridão das árvores e meu corações ficou igual um maluco no peito batendo forte e ansiedade assombrava meus pensamentos .

Olhei para aquele lugar específico com mais atenção e cerrei os olhos para ver se aquilo ajudasse enchergar algo naquela escuridão e quando dei mais uns dois passos para próximo da floresta o maldito corvo passou por mim me fazendo tirar a atenção do lugar.

- Ah é você de novo - Revirei os olhos e voltei me sentar no chão me cobri com aquela coberta misteriosa assim como o seu dono ou dona, respirei fundo e fiquei olhando para o céu que ainda estava correto por estrelas.

- Eu vou voltar para casa, eu prometo - Falo baixo olhando para meu colar e massageando ele com o meu dedo e o levando até meus lábios dando um beijo amoroso nele.


























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E desculpem qualquer erro
E ATÉ O PROXIMO CAPÍTULO MEUS
AMORES 💕

My Private ShadowOnde histórias criam vida. Descubra agora