Mary Horvarth, estava passando uma temporada na casa do seu Avô. Vê sua vida virar de cabeça para baixo, quando cadáveres se lavantam e comem pessoas. Se juntam com um grupo numa pedreira aos arredores de Atlanta. Além de lidar com a nova situação...
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> MARY GRIMES <
Estava vendada, tentei olhar o caminho que percorremos, mas o pessoal do barco foi cuidadoso ao nos vendar. Não tinha ideia para onde estávamos sendo levados.
Ouvi um ruído de algum portão abrindo. As fechaduras deveriam estar enferrujadas, pelo barulho feito. Meu corpo foi empurrado para frente. A impressão que eu tinha era que estávamos em um espaço grande e vazio. Talvez eles fizessem parte de alguma comunidade.
Eles também teriam problemas com os Salvadores?
Um cheiro forte de lixo, misturado com algum animal em decomposição, invadiu minhas narinas. Fez meu estômago revirar.
Alguém puxou nossas vendas, revelando o local onde nós estávamos. A luz forte do sol invadiu meus olhos. No início, só conseguia ver um grande clarão branco. A minha visão foi ficando nítida com o tempo.
A primeira imagem a ficar nítida foi de uma mulher. Ela era magra, alta, com os cabelos secos e curtos, tinha um loiro meio desbotado nas pontas do cabelo. A mulher nos cercava junto a algumas pessoas, vestindo sacos de lixo.
Olhei ao redor, vendo algumas pilhas cheias de lixo e objetos pessoais.
Estamos em um lixão?
Novamente, aquele cheiro de podridão invadiu meu nariz. Coloquei a mão sobre a boca tentando conter o vômito. Mas na terceira ânsia, não consegui segurar, acabei vomitando no chão. Próximo aos pés daquela mulher de cabelos curtos.
- Desculpa! - levantei minha cabeça, limpando minha boca. - É que o cheiro desse lugar me deixou enjoada.
A mulher me deu uma boa encarada por alguns segundos, fazendo uma careta. Desviou seu olhar para o Rick. Ela abriu um sorriso malicioso ao analisá-lo.
Senti uma pontada no peito, ficando com um pouco de raiva. Fechei minha cara, me sentindo bastante incomodada com aquela situação.
Uma mulher sempre entende a intenção da outra.
Rick pareceu notar meu desconforto, distanciando-se da mulher. Andou de costas até ficar atrás de mim, colocando suas mãos sobre os meus ombros.
Encarei a mulher, fuzilando-a com os olhos. Desejei que um raio acertasse sua cabeça. Não estamos armados, seria burrice da minha parte começar uma confusão.
- Vocês são uma cooperativa ou têm um líder? - perguntou a mulher.
- Oi, eu sou Rick! Líder desse grupo...
- Somos os donos das suas vidas. - A mulher encarou seus olhos. - Quer comprá-las de volta? O que vocês têm?
- Bem, desconfio que você tem um dos nossos. - Rick mudou a posição das pernas. - Minha esposa seguiu os rastros dele. Os rastros nos levaram até vocês, não pode ser coincidência.
