Mary Horvarth, estava passando uma temporada na casa do seu Avô. Vê sua vida virar de cabeça para baixo, quando cadáveres se lavantam e comem pessoas. Se juntam com um grupo numa pedreira aos arredores de Atlanta. Além de lidar com a nova situação...
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> RICK GRIMES <
Acordei no meio da noite com minha cabeça latejando. Mais uma vez, esses sonhos me perturbaram, minha ansiedade não me permitiu adormecer. Vinham acontecendo com mais frequência. Os sonhos sempre são os mesmos. Abraham e Glenn morrendo diante de mim, repetidamente, em várias circunstâncias diferentes. Em nenhuma delas eu conseguia salvá-los.
Nunca vou deixar de me sentir culpado por suas mortes.
Mary dormia serenamente sobre o meu peito, com seus braços agarrados ao meu corpo. A observei por um tempo. Mexi nos seus fios de cabelo caídos no rosto, colocando-os para trás. Dei um beijo sobre sua testa, levantando com cuidado para não acordá-la. Mary somente virou para o outro lado, se agarrando às cobertas. Nem mesmo abriu os olhos.
Coloquei a coberta sobre suas costas, vestindo minhas roupas.
Caminhei até o refeitório do local, dando uma olhada geral em todos os suprimentos, armas e munições. Uma única viagem não seria o suficiente para levar tudo, nosso carro caberia apenas um terço destas coisas. Teríamos que priorizar levar as armas e munições, talvez dois fardos de comida. Assim que chegássemos a Alexandria, mandaria alguns grupos para cá, para que eles levassem o restante das coisas.
Não sabíamos como as coisas seriam, talvez teríamos que dar mais coisas aos Salvadores antes de um possível confronto.
Esses mantimentos nos fariam ganhar um pouco de tempo.
Os raios solares entraram nas janelas, iluminando o local. Olhei para fora, percebendo que já havia amanhecido. Peguei algumas embalagens de café da manhã, voltando para o local onde estávamos dormindo.
Mary ainda dormia na mesma posição na qual a deixei. Ela andava mais cansada nos últimos dias. Se eu não a acordasse, passaria o dia dormindo. Deixei as embalagens sobre a mesa e fui acordar minha esposa.
- Bom dia, dorminhoca! - sussurrei no seu ouvido, dando alguns beijos sobre seu pescoço.
Parece a Judith quando está com sono, custa a querer abrir os olhos.
- Bom dia... - Mary falou depois de um tempo, se espreguiçando. - Que horas são?
Olhei para meu relógio de ponteiro no braço, percebendo que ele havia parado de funcionar.
- Acho que algo entre seis e sete da manhã! - Entreguei um dos pacotes para ela, abrindo o outro.
- Seu relógio parou de funcionar? - Mary tirou as cobertas de cima do corpo, levantando da cama. - Deveria falar com o Eugenie assim que voltarmos. Ele criou alguns relógios de sol. No começo, é meio difícil de entender, mas você se acostuma. É assim que consigo contar o tempo.