O homem se levantou rápido da cama ao perceber que eu estava acordada, mas não se afastou. Ficou de pé, na minha frente, me encarando com seus olhos vermelhos e intensos. Da sua testa saía um grosso par de chifres em tom grafite, parecidos com os de um carneiro. Assim como no sonho, ele tinha longos cabelos pretos e a sua pele era de um tom branco meio-acinzentado. Ele também era musculoso e... caramba, estava totalmente pelado!
Nunca vi um homem pelado! O pensamento veio em minha mente assim que olhei para o que ele tinha no meio das pernas. Era um músculo longo e grosso, a pele naquela região era de um cinza mais escuro e ele tinha uma ponta avermelhada e proeminente, mais grossa que a base, que se assemelhava ao formato da cabeça de um cogumelo.
Um calor estranho se ascendeu em meu peito enquanto eu o encarava. Não sei de onde veio esse desejo, mas era incontrolável. Comecei a pensar em coisas sujas e imorais que eu jamais pensei antes e me imaginei fazendo tudo isso com ele.
O interior das minhas coxas parecia estar em chamas. Minha intimidade doía e pulsava, como se sentisse saudade da língua dele... E eu sentia. Eu queria que ele me lambesse de novo, que ele enterrasse sua boca ali e voltasse a fazer o que estava fazendo quando acordei.
Não sei quem ele é, de onde veio ou o que está fazendo aqui, tudo o que consigo pensar é que quero senti-lo de todas as formas possíveis.
Mordi os lábios e fechei as pernas, tentando aplacar aquele calor estranho, mas não consegui. O homem sorriu ao ver a minha reação e quando ele deu um passo para perto da cama vi uma calda balançando atrás do seu corpo. Ela tinha o mesmo tom pálido e cinzento que o restante da sua pele e a ponta triangular se agitava freneticamente de um lado para o outro.
O homem sorriu para mim, do mesmo jeito que fez no sonho. Seus dentes afiados me fizeram divagar sobre qual seria a sensação de tê-los raspando a minha pele...
— Sei de tudo o que está pensando, Jennie. — Sua voz era grossa, profunda, sedutora... — Eu posso ler a sua mente.
Arregalei os olhos.
— P-pode? Como... como sabe o meu nome?
Ele voltou a subir na cama, engatinhando por cima do meu corpo enquanto sorria. Seu rosto pairou a centímetros do meu e eu pude sentir o calor da sua respiração, um cheiro incomum de cinzas vinha do seu hálito.
— Eu sei tudo sobre você. Estamos conectados, princesa. — Ele segurou a minha mão direita e a colocou sobre seu peito. Era quente ali e eu pude sentir os batimentos frenéticos do seu coração. — Eu pertenço a você agora. Estou aqui para servi-la.
— Me servir? — Olhei para todas as partes do seu corpo que estavam visíveis. Ele está tão perto... — Quem é você?
— Eu sou Taehyung... e serei seu companheiro de prazer a partir de hoje.