Quando acordei, percebi que ainda estava nua, mas agora eu me encontrava deitada na cama de Taehyung com um cobertor em volta da minha cintura.
Olhei para a lareira que estava acesa à minha frente e vi Taehyung ali. Ele usava seu disfarce de pele pálida, os chifres e cauda estavam à mostra e sua calça de couro também estava presente. Notei que o íncubo cozinhava alguma coisa em uma panela que estava pendurada sobre o fogo, parecia ensopado e o aroma fez meu estômago roncar.— O cheiro está bom.
Taehyung virou o rosto na minha direção e sorriu, mostrando-me seus dentes pontiagudos. Eu ainda podia sentir a ardência em meu peito causada pela sua mordida.
— Eu não como, você sabe. — O demônio voltou a mexer na panela. — Mas pensei em cozinhar algo para você. Precisa recuperar suas forças.
Sorri, envergonhada, ao lembrar do que fizemos naquela sala de tortura. Foi ontem? Há algumas horas? Ou será que fiquei adormecida por mais tempo?
Tentei ignorar minha confusão mental e espreguicei-me, esticando o corpo naquela cama que era surpreendentemente macia. Não me importei de estar com os seios de fora, na verdade, me sentia muito à vontade na presença de Taehyung .
Sentei-me na cama quando percebi que o ensopado já estava pronto. O demônio encheu uma tigela com o caldo fumegante e me entregou. Eu logo notei que a sopa tinha um generoso pedaço de carne vermelha que parecia ser bem suculenta.
— Que animal é esse? — indaguei, antes de provar.
— É carne de cervo. Eu mesmo cacei. — Taehyung se aproximou, sentando-se ao meu lado no colchão. — Espero que goste.
Como não tinha nenhum talher, usei a mão para pegar um pedaço da carne. O levei até a boca e fiquei maravilhada ao sentir o sabor.
— Hmm... — Mordi mais um pedaço. — Está delicioso.
Taehyung sorriu com satisfação.
Fiquei um tempo em silêncio enquanto saboreava a minha refeição, eu estava tão faminta.
— Quanto tempo se passou? — indaguei.
— Aqui ou no mundo humano?
— No mundo humano.
Taehyung ficou pensativo por um tempo.
— Dois dias. Você dormiu por um dia inteiro... — Encolheu os ombros. — Acho que peguei muita energia de você.
Lembrei-me do que fizemos naquela sala de tortura e minhas bochechas ficaram coradas.
— Pareceu que ficamos fodendo por uma eternidade — comentei.
— Você passou um dia inteiro me servindo como alimento. — Ele sorriu maliciosamente. — Me sinto mais forte, renovado... e estou ansioso para repetir.