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Se Izuku soubesse que seria assim, ele não teria pego aquela coisa estúpida. Sinceramente, ele se assustou pra caralho. Mas mesmo que estivesse um pouco puto, agradecia aos deuses.

Bem, tudo começou como de costume. Era domingo, e como o combinado, ele e Katsuki estavam em Takobah fazendo o melhor que podiam limpando a praia.

Acontece que depois de mostrar a Kacchan o lugar que Toshinori o trouxe da última vez pra falar sobre "você sabe o quê", eles decidiram depois de uma troca de olhares intensa que, todo domingo, eles viriam até a praia para limpa-la.

Obviamente nada daquilo era só porque eles queriam ok?? Era só que eles, mesmo que não tivessem dito nada, transformaram aquilo em um desafio pra ver em quanto tempo eles limpavam o lugar. Definitivamente não por trabalho comunitário voluntario, nada disso. — E diferente de Toshinori eles tinham equipamentos pra isso, além de algumas instruções da internet.

Enfim, o ponto é, por algum motivo, algum filho da puta decidiu descartar a porra de uma BIGORNA naquela merda de praia, e é óbvio que sendo o ser humano mais sortudo do planeta terra, aquela merda decidiu cair lá do alto bem no momento em que Izuku decidiu passar por ali.

Agora, veja, Izuku conseguiu dar um soco em All Might sem que ele esperasse uma vez, e treinava artes marciais desde os sete anos de idade. Ele tinha algo como uma agilidade impressionante muito bem esculpida dentro dele pela mãe.

Acontece que, quando você sente uma dor aguda, comparada a uma facada de merda, no seu crânio, é meio que impossível se mexer além de tentar cobrir a cabeça e gritar de dor.

Izuku achou por um segundo que seu cérebro fosse ser fatiado ao meio, e se não fosse por Katsuki ele com certeza não estaria ali mais, entre os malditos vivos.

Depois disso, tudo foi uma merda. Por alguns dias ele manteve uma dor de cabeça constante, mas felizmente administrável, e, graças a Deus, ao invés de uma facada no cérebro agora era um alarme particularmente irritante dentro de sua cabeça sempre que algo estava errado.

E, bem, levando em consideração que ele estuda em uma escola muito filha da puta, mas a única que aceita "pessoas como ele", aquela merda de alarme parecia apitar a todo segundo, deixando-o emburrado e com dor de cabeça. — Felizmente isso não atrapalhava suas sonecas, mesmo que seja um pouco mais difícil de dormir agora.

Foi com isso que ele percebeu que, na verdade, não era necessário um futuro golpe em sua direção pra Danger Sense apitar. Ele notou em Aldera.

Aparentemente, emoções negativas em relação a ele já eram o suficiente pra o Danger sense apitar, mesmo que de forma moderada, assim como a intenção de machucar, mesmo que nenhum ataque seja realmente direcionado a si.

Era insuportável as vezes, mas Izuku aprendeu a se acostumar e a gostar, apesar das consequências. Agora ele podia realmente tirar uma soneca na escola ou no trem sem ficar paranoico sobre fechar os olhos e ser atacado. — Como já aconteceu várias vezes.

Agora ele podia dormir tranquilamente e, além de seu irmão legal e protetor, sempre que algo propenso a lhe machucar chegava, ele era praticamente avisado dentro de seu sonho. – Era legal também. Nos sonhos era como se ele tivesse ligado a versão vibrar dessa coisa.

De qualquer forma, havia se passado um mês desde que Izuku havia recebido o One for All e, finalmente, ele veria Yagi mais uma vez. Eles não tinham se visto todo esse tempo, já que ambos estavam ocupados.

— Você sabe que eu odeio atrasos, Toshinori. - Repreendeu, os braços cruzados.

Se o garoto viu que o loiro se encolheu um pouco, não mencionou.

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