Herói.

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Toshinori havia chegado cedo ao seu escritório aquele dia. E, bem, levando em conta seu grande histórico de atrasos pra reuniões desse tipo, isso deixou Naomasa ainda mais intrigado sobre esse garoto.

— Masa', olha, ele é um bom garoto certo? É só... huh... como posso dizer isso? — Murmurou incerto e ansioso assim que chegou.

— Bem....?

— Huh, Jovem Midoriya é.... ele é intenso e muito durão. Ele não tem medo de dizer as coisas então.... ele pode ser um pouco bruto as vezes, certo? Só, por favor, não o tire do sério. — Pediu, um sorriso estranho no rosto.

Era um pedido estranho, e Tsukaushi ficou inclinado a pressionar por mais informações, intrigado com quem pudesse ser ou o porque da ação do homem.

Felizmente o menino não demorou muito. Ele chegou em sua sala exatamente no horário marcado, bem vestido e com um outro garoto a tiracolo. Pela afeição de Yagi ele não era um estranho, então isso o acalmou, mas atiçou ainda mais sua curiosidade.

O garoto verde entrou no cômodo primeiro, seguido pelo loiro. Quem deveria ser Izuku encarou penetrantemente Toshinori, seus olhos verdes afiados demorando-se no herói, e sem demora firmando-se em Tsukaushi. O menino, por mais novo que fosse, era imponente.

— Tsukaushi-san, obrigado por me receber. Midoriya Bakugou Izuku, e esse é meu irmão, Katsuki. — Deu-lhe uma reverência educada.

O loiro fez o mesmo um pouco mais contido. Seus olhos vermelhos carmesim varriam a sala como se procurasse inimigos potenciais ou saídas fácies, e uma carranca leve não deixava seu rosto. Ele permanecia perto do irmão, menos de um passo atrás dele.

O quão incomum, dois sobrenomes... Pensou o detetive, intrigado.

— Tsukaushi Naomasa, ao seu dispor. Como posso chamá-lo? — Perguntou educadamente.

— Midoriya. E chame-o de Bakugou.

— Sim, tudo bem Midoriya-kun... bem, Toshinori me disse que queria conversar comigo?? — Questionou incerto.

O garoto loiro, Bakugou, ainda estava no cômodo e Naomasa não sabia se o mais novo queria que seu irmão soubesse o que eles estavam fazendo. Era visível que o mais alto queria estar em qualquer lugar menos ali, mas não sairia do lado do irmão tão cedo.

— Sim, eu gostaria. Você se importa? — Perguntou apontando para a cadeira em frente a sua mesa.

— Ah não, claro! Fiquem a vontade.

O menino de verde assentiu, sentando-se na cadeira. O loiro por outro lado permaneceu onde estava, perto da porta, encarando a Tsukaushi e a Toshinori com severidade.

— Creio que Toshinori tenha mencionado algumas de minhas preocupações com você, Tsukaushi-san. Só queria perguntar mais sobre, e talvez conhecer uma das pessoas que sabe sobre isso. — O homem assentiu, sério.

— Sim, ele me disse. Garoto, devo dizer, fiquei um pouco confuso no começo, mas logo entendi onde você queria chegar. Mas ainda sim, por mais plausíveis que sejam seus motivos, não posso falar sobre isso com você, és um menor. — Testou as águas. Yagi ficou tenso ao seu lado.

— Bem... você sabe que eu estou com o One for all nesse exato momento, não é Tsukaushi-san? — Questionou calmo, o homem assentiu, ciente.

— Pois é. Acontece que, se o poder é meu agora, eu tenho o total direito de saber tudo sobre ele. Mas você já sabe disso Tsukaushi-san, assim como eu sei exatamente o que você está fazendo.

Sim, aquele garoto era inteligente. Aquele era um teste simples. Acontece que Tsukaushi não sabia de muita coisa, algo havia dado errado com as evidências daquele dia e as memórias do próprio Naomasa estavam meio confusas sobre isso.