II | Quando a MAGIA é para trabalhos atrasados

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Olha quem voltou! Como vocês estão hoje, meus amores?

O capítulo de hoje é mais curtinho, apenas com 6800 palavras, para compensar os outros em sua quantidade normal.

Muito obrigada pela recepção maravilhosa com minha caçulinha.  Estamos quase com 1K de leituras, logo, logo está vindo, então vamos com tudo!!!!

A música do capítulo é: Quase Sem Querer (Legião Urbana). Falei no Instagram (autorarmoon) que teríamos um fã de MPB, e é o nosso Jungkook, principalmente quando se trata da bateria dele, cujo nome não vou revelar agora, mas creio que gostarão bastante.

Capítulo betado pela laymagal

Não se esqueçam do voto (é menos de 15 segundos, galera 🥹) e de comentarem bastante.

Boa leitura! 💜

Sei que sou um ótimo aluno, o mais inteligente da sala com as melhores notas e praticamente um filho para os professores, mas não consigo suportar segundas de manhã

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Sei que sou um ótimo aluno, o mais inteligente da sala com as melhores notas e praticamente um filho para os professores, mas não consigo suportar segundas de manhã.

Acredito que qualquer classe, seja ela estudantil ou trabalhadora que não faça parte da burguesia, odeia segundas-feiras. Principalmente se ela envolve acordar antes do próprio galo e sofrer em silêncio durante o processo de retorno da alma ao corpo. Sabe, aquele momento que acontece logo depois que despertamos, quando criamos coragem para se erguer da cama e ficamos sentados nela tentando lembrar nome, idade, endereço, se estamos vivos ou apenas um corpo vazio cujas ações mentais involuntárias estão nas últimas.

E é assim que estou na cama neste exato momento. Sei que meu cabelo está desafiando as leis da gravidade, armado uns 30 metros acima do couro cabeludo, e minha cara amassada pela posição estranha que dormi noite passada, por isso estou esfregando-a como se esperasse que um ferro de passar roupas surgisse no lugar das mãos, e meus olhos estão tão secos que presumo ter jogado terra neles ao invés de água.

Novamente, apenas para elevar minha irritação, o segundo alarme que coloco apenas por precaução caso o primeiro não tenha cumprido seu papel, toca, e resmungando tanto ao ponto de trazer um comichão a garganta, inclino-me para alcançar o celular e desligá-lo. Ao não senti-lo na mesa de cabeceira, tateio a cama às cegas, xingando baixinho (minha mãe tem ouvidos supersônicos quando se trata de xingamentos e pode aparecer no meu quarto com uma voadora na porta e um rolo de padeiro), até encontrá-lo enrolado sobre uns lençóis e parar aquela sinfonia infernal. Maldito momento que escolhi o pior toque de todos com a desculpa de que seria o único que me faria evitar ouvi-lo.

— JUNGKOOK! — Ouço a voz de mamãe berrando no andar de baixo numa clara reclamação.

Arrasto o dedo pela tela do celular e finalizo o processo doloroso de acordar, por fim voltando à realidade. Ótimo, penso, suspirando profundamente. Com o quarto girando mais uma vez em seu eixo silencioso e pacífico, constato que agora posso retornar ao meu estado de letargia e plenitude. Enquanto permaneço sentado, os acontecimentos da sexta começam a vir em torrentes exponenciais, um por um, me despertando por completo, e o pior deles explode minha mente, tal qual dezenas de fogos de artifício: Park Jimin me flagrou o "ameaçando" — céus, até as minhas tentativas de ameaça são patéticas.

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