Assasina de Piltover

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— Na noite de ontem, para a surpresa de toda Piltover, o empresário George Guzman foi encontrado morto em sua mansão, enquanto estava sozinho em casa. — anunciava o repórter na televisão.

A jovem loira de olhos azuis, sentada na cama vestindo apenas sua lingerie, virou o rosto e se apoiou na ponta da cama para prestar atenção na notícia.

— Ele foi encontrado por sua esposa, que, mesmo que a princípio tivesse imaginado que havia ocorrido um suicídio, a perícia confirmou que a situação na realidade se trata de um assassinato. — continuou o âncora. — O repórter Kyan vem com mais informações sobre o caso.

Assim que ele parou de falar, Esther Williams então tirou sua atenção da TV e se voltou para a mulher deitada na cama.

— Você já estava sabendo desse caso, Grayson? — ela perguntou para a namorada, que apenas assentiu, mesmo que ainda sonolenta. — Não encontraram nada sobre?

— Não, nada. O delegado já chamou eu e o Marcus para ir até o local do crime, mas parece que a perícia não encontrou nada. — explicou a outra mulher, que era mais alta, mais forte que Esther. — O Guzmán também não ajudou muito. As câmeras da casa estavam todas desligadas, ele dispensou os funcionários e o horário já era tarde demais para que tivessem testemunhas relevantes.

— Parece que tudo é um grande mistério. — Esther murmurou, engatinhando até a namorada e se deitando do lado dela. — Mas eu tenho certeza de que minha incrível policial vai resolver isso! — Grayson apenas sorriu para ela, a puxando para um longo beijo.

No entanto, logo tiveram de ser interrompidas, visto que o telefone de Grayson começou a vibrar fortemente sobre a cômoda do quarto, o que fez a mulher bufar de raiva.

— Falando no diabo... — ela comentou, vendo que era Marcus quem ligava. Grayson então atendeu e se levantou da cama. — Fala, Marcus, o que aconteceu?

— O que você acha? O chefe quer que você venha pra delegacia, tipo, agora. Ele tem uma tarefa para a gente. — explicou o homem, pelo outro lado da ligação. — Eles estão precisando da ajuda de todos na delegacia.

— Certo, já estou indo...

•••

Grayson parou seu carro no estacionamento da delegacia como fazia em todos os seus dias de trabalho. Ela então olhou ao redor do exterior da delegacia até encontrar Marcus apoiado na pilastra, fumando seu cigarro.

Não demorou muito para que a policial fosse até ele.

— Pensei que o chefe tinha um trabalho 'pra gente, mas encontro você aqui, sem fazer nada. — ela declarou, se apoiando na pilastra ao lado dele.

Marcus apenas soltou uma risada seca, com o cigarro na boca.

— Nós tínhamos, até essa testemunha nova chegar. O delegado me mandou esperar, pensando que talvez tenha chances de conseguir mais uma pista. — o homem explicou, tirando um cigarro da caixinha de seu bolso e estendendo para Grayson, que aceitou o cigarro facilmente.

— Testemunha nova, hein? Quem seria? — questionou ela, acendendo o cigarro em sua boca.

— Um funcionário do Guzman, acho que era o assistente dele. — explicou o policial.

— Uma pessoa próxima, então. Deve ser útil...

Os dois policiais passaram mais algum tempo na entrada da delegacia, fumando e conversando sobre suas vidas, até que uma pessoa apareceu.

Um homem de altura mediana, um pouco gordinho, já idoso e de cabelos grisalhos, se aproximou dos dois a passos visivelmente agitados e imperativos, como era esperado do Delegado Harknor.