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A sala de estar da mansão Kiramman estava em uma paz estranhamente comum perante os eventos passados.

Shoola estava sentada no sofá, fazendo as unhas enquanto Bernadete — cujo a presença na mansão havia sido acomodada facilmente — tirava o pó dos móveis. Cassandra estava no escritório do marido, e as outras duas apenas entenderam que ela estava sentindo falta dele.

Enquanto Bernadete continuava seu trabalho, ela olhou rapidamente para a janela, se assustando com o que viu.

— A policia está aqui! — ela anunciou.

Shoola a olhou confusa, imediatamente largando o esmalte e indo para o lado de Bernadete.

— Tem certeza?

— Tenho, absoluta. Um homem e uma mulher, estão andando na direção do portão. — a empregada afirmou, apontando para a janela. — E eles saíram daquele carro de polícia estacionado ali.

A outra mulher então avistou o veículo, e seu rosto se contorceu levemente.

— Porra, é a polícia mesmo... — suspirou, pondo as mãos na cintura e dando dois passos para trás. — Ah, hm... Eu tenho que dar uma saída agora!

— Agora?

— É, agora! Então se me der licença, já estou indo. — Shoola então se virou e foi embora. Pela porta dos fundos, claro.

Bernadete suspirou, e então subiu as escadas em direção ao escritório. A porta estava entreaberta, e a jovem acabou por entrar sem muito aviso prévio.

— Está ocupada, senhora? — ela questionou. Cassandra, analisando uma rifle em mãos, não reparou sua presença de início. A doméstica então se aproximou mais dela. — O que é isso?

A viúva a olhou levemente surpreendida, só aí notando sua presença, e então suspirou.

— Uma das armas da família, não se preocupe, está descarregada. — ela explicou, dedilhado o gatilho. — Meu marido a construiu sozinho, como muitas outras coisas da casa, ele era um artesão tão talentoso...

Um silêncio então ficou na sala, até que a Kiramman se voltou para ela:

— Aconteceu algo? — ela questionou, e Bernadete assentiu.

— A policia está lá fora, eles estão no portão. — sua resposta acabou por assustar a chefe.

— Tem certeza?

Nesse exato momento, ambas escutaram a campainha tocar.

— Agora tenho.

Cassandra então suspirou, se afastando e guardando a rifle.

— Pode ir atendê-los e trazê-los aqui. — confirmou a patroa. — Seria mais estranho se tentássemos fingir que não tem ninguém.

Bernadete assentiu, e então saiu do escritório. Em poucos instantes, ela já estava abrindo os portões e também a porta da frente da residência Kiramman, logo se deparando com os dois policiais que citou para Shoola.

Estes, no caso, eram Marcus e Grayson.

— Boa tarde, senhores. — ela disse educadamente. — Precisam de algo?

— Boa tarde, senhorita. Sou o oficial Marcus, e esta é minha colega Grayson. Somos da Polícia de Piltover. — o homem apresentou. — Estamos precisando falar com a senhora Cassandra Kiramman, ela está?

— Oh, sim, ela está. — Bernadete assentiu, abrindo espaço para que os dois entrassem na mansão. — Venham, vou os levar até ela.

Assim que os oficiais adentraram a mansão, a empregada os levou até o andar de cima e abriu a última porta do corredor.

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⏰ Última atualização: Oct 30 ⏰

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Assasina de PiltoverOnde histórias criam vida. Descubra agora