Baile de boas vindas.
A música alta me faz ficar um pouco desfocado ao que acontece ao meu redor, o álcool já fez o seu papel, me deixando mais relaxado.
— Quero que você me coma de quatro. — Diz V. Ela é uma das novatas da festa e está se saindo como uma verdadeira devassa.
Nesses últimos 30 minutos, já me fez ficar duro umas 4 vezes, a desgraçada é uma verdadeira gostosa e sabe muito bem como deixar qualquer homem louco. Suas mãos macias adentram o meu smoking, percorrendo meu abdômen, até chegar à barra da minha calça.
— Quer começar o show aqui mesmo? — Falo, puxando-a para um beijo.
Sinto meu corpo ser levado para trás, ao se chocar com o corpo de outra pessoa.— Meu Deus, me desculpe. — Volto minha atenção para a voz da mulher que esbarrou em mim. Sua mão repousa sobre o meu ombro. Seus olhos são de um azul indescritível, parecem duas piscinas cristalinas, seus cabelos ruivos com algumas mexas soltas sobre sua máscara preta, destacam-os ainda mais.
— Tudo bem, não tem problema. — Ao término das minhas palavras, ela sorri, passando por mim.
Me viro para olhá-la. Enquanto caminha, a fenda do seu vestido verde, faz com que toda sua perna fique exposta. Seu corpo é curvilíneo, sua bunda bem avantajada, arrisco-me sem receio, a dizer que ela é a mulher mais linda e sexy de toda a festa. A admiro, até que sua silhueta some no corredor.
— Vem aqui, seu gostoso! — V me puxa para si, aprofundando sua língua em minha boca.
— Aceitam companhia? — Um homem mascarado chega por trás de V, beijando seu pescoço, acariciando descaradamente seu corpo.
— Gostaria muito, mas hoje realmente não dá pra mim. Mas, aproveitem à noite. — Dou uma piscadela para ambos e os deixo a sós.
Vou até o bar e peço uma dose de whisky.
Meus olhos correm pelo ambiente, e sorrio pela quantidade de pessoas que conseguimos reunir esse ano. Creio que o T está muito satisfeito. Meus pensamentos me traem, me fazendo lembrar da dama de olhos azuis piscinas que esbarrou em mim a pouco. Ela não voltou desde que foi para o corredor. Onde estará?
Movido pela curiosidade de saber mais sobre ela, ando a passos largos, desviando das pessoas que encontro pelo caminho. O corredor por onde ela seguiu é extenso, dá acesso a vários cômodos da mansão. Já estou vendo que vou ter dificuldade em encontrá-la.
Sigo em frente, parando no primeiro cômodo onde se encontra a biblioteca da casa, mas não tem ninguém. O mesmo acontece nos cômodos seguintes. Ao fechar a porta de mais um aposento, resolvo tomar um pouco de ar. Vou até a porta na lateral do corredor que dá saída para o jardim. Me surpreendo ao vê-la ao longe, parada perto de uma arvore. À noite é de lua cheia, o que faz a claridade de fora iluminar sua pele extremamente branca, ela contrasta de maneira angelical com seu vestido.
Ela permanece parada, está focada em algo a sua frente. Me aproximo lentamente para ver o que tanto chama sua atenção, e não contenho o riso sacana que me toma, assim que olho. Dois homens se satisfazem de maneira selvagem com uma mulher de cabelos vermelhos, ambos a seguram em seus braços, a penetrando ao mesmo tempo. Ela geme alto, enquanto impulsiona seu corpo para cima e para baixo.— São lindos, não acha?
— Puta que pariu! — Sua voz soa estridente.
Ela leva a mão ao peito, me olhando assustada.
— Me desculpe. — Falo em meio a risos.
— Tudo bem, eu estava distraída. — Ela sorri, tentando se recompor.
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Harmony of secrets
RomanceO que se pode esperar de uma mãe controladora e de um casamento fracassado? Nada. Há cinco anos, eu, Penélope Debling, vivo uma vida pacata com pessoas extremamente controladoras que mandam um foda-se a tudo que eu penso. Até que, em uma noite, reso...