𝐈𝐍𝐀𝐑𝐀 - 𝐆𝐚𝐛𝐫𝐢𝐞𝐥 𝐌𝐞𝐝𝐢𝐧𝐚

04

Kelen Vianna 🥥 | Pov

Desço as escadas já sentindo o cheiro bom que vinha da cozinha

— O cheiro tá bom hein — falo com a Arlete.

Conheci a ajudante do Pedro hoje de manhã quando ela abriu a porta pra mim se não fosse ela ficaria até as onze da manhã esperando o meu tio acordar que só acordou porque tinha que buscar sua esposa no aeroporto.

— Não sei ainda do que você gosta então fui no que não tem erro — ela era uma querida, já o adorava.

Pelo que vi de rabo de olho tinha bife acebolado, arroz, batata, feijão e salada, ok, não tinha erro mesmo.

— Senta, estou terminando de fazer a salada — me sento e aproveito para abrir meu instagram.

— Let let letzinha — uma voz masculina ecoa na cozinha.

Olho pra cima e vejo o Gabriel abraçando e fazendo cosquinha na Arlete por trás enquanto a mesma batia nele com o pano de prato, ele a larga rindo, dou uma risada também.

— Já sabe o que vim fazer aqui né — o surfista passa a mão uma na outra e dá um pulinho. — O cheiro tá bom hein? — Medina vai para trás da mulher novamente cheirando seu pescoço na brincadeira, coloco a mão na boca tentando segurar a risada, que menino bobo.

— Gabriel Gabriel, quando eu te dá uma dessa — a senhora já de uns sessenta anos pega uma pá de madeira mostrando pro moreno.

— Calma lá — fala rindo com as mãos pro alto.

— Senta aí e fica quieto, deixa eu terminar meu almoço — a senhora aponta pra cadeira com a pá. — E não seja mal educado, cumprimenta a garota.

— A gente já se viu hoje — o homem fala se sentando ao meu lado — Mas oi, Kelen — o moreno olha pra mim e dá um sorriso e que sorriso.

— Oi — retribuo o sorriso mais sem mostrar os dentes.

— Já provou a comida da let? — balanço a cabeça que não — Tu vai ver que comida dos deuses — Gabriel fala fechando os olhos.

— Pega mais menina — Arlete fala assim que termino de me servir.

— Assim tá bom.

— Isso aí nem tampa o buraco do dente — o surfista fala, olho pro prato dele e tinha uma torre.

— Isso se eu pensasse com a sua barriga — Arlete dá uma risadinha.

— Mas só tem coisas leves no meu e eu sou atleta então tenho que me alimentar bem — ele tinha razão o seu prato estava recheado de verde enquanto no meu não tinha uma verdura sequer. — E cadê o Scooby que não apareceu?

— Foi buscar a Cintia no aeroporto e depois ia resolver umas coisas — ele concorda com a cabeça.

— Acho que está na hora deu ir — Gabriel fala assim que termina de comer, Arlete faz um sinal de não com os dedos.

— Você vai me ajudar a tirar a mesa — a mulher fala, vejo Gabriel fazendo um beicinho.

— Tu sabe que eu odeio tirar a mesa.

— Então lava as louças.

— Piorou, e ela vai fazer nada? — Medina aponta pra mim todo dramático.

— Ela é visita! — dou risada dá discussão dos dois

— Que nada ela vai morar aqui! — ameaço a pegar os pratos da mesa mas sou interrompida pela mulher.

— Não precisa Kelen, o Gabriel vai retirar.

— Relaxa, isso não é nada — continuo pegando os pratos e colocando na pia.

— Viu? — o Moreno fala como se não fosse óbvio.

— Viu que você é um preguiçoso? — Arlete fala brava, dou uma risada.

— Não fica bravinha — Gabriel se levanta e dá um beijo estalado na bochecha da mulher.

— Tô liberado agora?

— Vai Gabriel, vai, antes que eu te dê uma panada.

— Indo — se desvia do pano da morena — Valeu, Kelen — presumir que o agradecimento era por eu ter feito a parte dele, sinto seus lábios encostarem na minha bochecha após a fala e em seguida uma piscadinha antes de sair, me seguro para não sorrir toda boba.

Me viro pra Arlete que estava de costas para mim colocando as vasilhas na lava louça.

— Achei que não tinha já que falou pro Medina escolher entre lavar ou retirar as vasilhas — falo com a mulher a minha frente.

— Era só pra ele fazer algo — diz rindo.

— Entendi, ele costuma vim muito aqui? — pergunto curiosa.

— Ele tá sempre aqui com o Pedro ou as vezes o Pedro lá, eles moram bem perto então... — balanço a cabeça entendendo.

— E sempre que a Dora, ajudante dele tá de folga ele come aqui, já virou até rotina — a mulher fala secando as mãos.

— Ele parece gostar muito da senhora e da comida também — solto uma risada.

— Ele me irrita isso sim mas é um menino muito bom de um coração puro, é como se fosse um neto pra mim assim como o Pedro é— dou um sorriso.

— Quer ajuda com algo? — vejo a mulher pegando alguns objetos.

— Não querida, vai aproveitar seu dia.

Com isso subo pro meu quarto e resolvo terminar o livro que estava lendo, Os setes maridos de Evelyn Hugo, as pessoas falavam muito sobre ele então resolvi dar uma chance.