𝐈𝐍𝐀𝐑𝐀 - 𝐆𝐚𝐛𝐫𝐢𝐞𝐥 𝐌𝐞𝐝𝐢𝐧𝐚

02

Kelen Vianna 🥥 | Pov

Assim que terminei de comer pedi para o Pedro me mostrar aonde eu ficaria, ele insistiu pra que eu ficasse mais um pouquinho ali embaixo mas estava me sentindo um peixe fora d'água com aquele monte de homem e só eu de mulher, ainda mais que eles tinham se juntado em uma roda.

Começo a desfazer minhas malas e no total eram oito, choramingo sabendo que nem tão cedo terminaria de organizar tudo. Meu celular começa a vibrar freneticamente, dez mensagens da Carine, que mulher louca.

*Mensagem on*

Carine diva
já chegou?
*6 ligações perdidas*
pq você não me atende???
KELEN VIANNA
puta, vaca

Kelen
oi, amor da minha vida
já cheguei sim

Carine diva
e pq não me avisou???

Kelen
desculpinha
vem me ver

Carine diva
capaz que vou ficar 30 minutos na estrada mas não sei quantos de trânsito só pra ver sua fuça

Kelen
credo
que amizade é essa?

*Mensagem off*

Carine era minha melhor amiga nos conhecemos a uns sete anos atrás em uma festa aqui em São Paulo de lá pra cá ficamos inseparáveis apesar da distância após minha ida pra Italia. Em menos de cinco minutos escuto a campainha tocando, dou uma gargalhada já imaginando quem era.

— Capaz que eu vou ficar trinta minutos na estrada — imito a fala da garota assim que abro a porta.

— Eu tava passando por aqui perto, por isso vim — revira os olhos.

— É pra mim fingir que acredito? — digo rindo

— Ai, menina, vai me convidar pra entrar não?! — dou passagem pra garota — Sentir tanto sua falta meu bebezinho — Carine me abraça quase me sufocando, pelo jeito que ela falava comigo parecia que tínhamos uns dez anos de diferença mas era somente quatro.

— Tá rolando festa aqui? — a morena pergunta depois de ouvir a falação alta dos homens, depois mulher que é escandalosa.

— Churrasco com alguns amigos do Pedro.

— Que saudade dele, vou lá cumprimentar — seguro seu braço.

— Melhor não, vamos subir — puxo a garota.

— É feio Kelen vim na casa dos outros e nem cumprimentar a pessoa, e tem muito tempo que não vejo o mesmo — reviro os olhos.

Carine era totalmente o oposto de mim, não tinha vergonha de absolutamente nada, conseguia se incluir em tudo e manter uma conversa agradável, já eu precisava juntar todas as forças pra sequer cumprimentar varias pessoas em uma roda só, ter vergonha me atrapalhava muito a me manter na sociedade.

— E que roupa é essa toda chique? — pergunto a garota ao meu lado enquanto seguíamos pra área de fora.

— Gostou? — ela para e da uma voltinha, Carine estava com um scarpin preto, uma calça jeans colada que realçava as suas coxas e uma blusa social branca, o estilo dela me lembrava o da Georgina mulher do Cristiano Ronaldo.

— Tá linda, uma verdadeira mulher de negócios.

— Menina e tu não acredita — ela para novamente fazendo uma cara de indignação — Fui bem bater meu saltinho lá na obra como sempre e o pedreiro queria me colocar uma pilastra no meio da sala — ela fala como se fosse a pior coisa do mundo.

— Mas talvez era necessário, não?

— Óbvio que não Kelen, eu não passei um mês pensando naquela casa pra aquele tonho querer enfear meu trabalho — dou uma gargalhada, ela me tirava boas risadas.

— Tá certa, amiga — continuamos andando.

— Oi, Pedruxo — ela fala alto assim que vê meu tio.

— Carininha — Scooby levanta assim que escuta sua voz — Quanto tempo.

— Pois é, Pedruxo, oi meninos — ela cumprimenta o restante do pessoal.

— Vem, sentem aqui — Carine já ia sentando mas eu a puxei.

— A gente vai subir.

— A gente vai? — a morena pergunta.

— Sim! a gente vai Carine Albuquerque — falo entre os dentes.

— Depois a gente se fala mais Scooby, temos assuntos pra colocar em dia — Albuquerque fala.

— Aff, um pecado você não deixar eu sentar no meio daqueles homens bonitos. — dou uma risada, ela era doida. — Ele tá mais gostoso né?! — Carine comenta enquanto subíamos as escadas.

— Ele quem? — finjo que não sei de quem ela tá falando.

— Não se faça, Kelen.

— Ele sempre foi — digo

— Mas agora tá mais, nada como um termino pra resolver — entramos no quarto.

— Menina — o repreendo — Ele parecia amar bastante ela.

— Ela não me descia — a morena diz se sentando na cama.

— Tu nem conhecia ela.

— Não me venha defender loiras não! — Carine tinha uma coisa com loiras — Mas e aí,  sentiu alguma coisa quando viu ele?

— Óbvio que não — minto na cara dura

— Kelen Vianna — ela semicerra os olhos já sabendo que eu estava mentindo.

— Talvez meu coração tenha dado umas batidinhas a mais quando eu o vi — faço beicinho

— Aí amiga acho que esse é o teu Karma, gostar de um macho canalha a anos — jogo um travesseiro na menina a minha frente. — Estou falando sério ou alguém fez uma magia — ela tenta segurar a risada.

— Menina boba.

— Mas agora falando sério, vocês seriam lindos juntos.

— Não viaja Carine ele jamais iria querer algo com uma menina como eu. — ela taca o travesseiro em mim.

— Uma menina como? linda, gata, gostosa e inteligente, não fode, Kelen.

— Mas é a verdade  — ela revira os olhos

— Vamos mudar de assunto, porque conversar com você sobre homem é saber que você vai se rebaixar — era mais forte que eu.

— Então vem me ajudar a guardar minhas roupas.

— Ah, não! — se deita na cama fazendo trama.

— Anda — retiro uma peça da mala jogando em sua cara.