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𝐌𝐚𝐝𝐫𝐮𝐠𝐚𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐑𝐞𝐜𝐨𝐧𝐜𝐢𝐥𝐢𝐚çã𝐨
Minho sentia o sangue ferver. As palavras que havia trocado com S/n mais cedo ainda ecoavam na sua mente, e o vazio que ficou quando ela saiu de casa só piorava a situação. Ele sabia que tinha exagerado, mas não conseguia evitar. O ciúme sempre foi seu ponto fraco, e aquela noite não foi diferente.
Tudo começou com uma mensagem que S/n recebeu no celular, de um amigo do trabalho. Minho nunca teve problemas com as amizades dela, mas ultimamente, qualquer coisa parecia acender uma faísca dentro dele. A mensagem, algo simples e inofensivo, acabou sendo o gatilho para a discussão.
"Eu não aguento mais isso, Minho! Você tem que parar com esse ciúme excessivo!" S/n gritou, pegando o casaco e a bolsa em um movimento brusco.
"Eu só quero saber por que ele está te mandando mensagem a essa hora! Não é pedir demais, S/n!" Minho retrucou, com os braços cruzados enquanto a observava calçar os sapatos.
"Porque somos amigos, e amigos conversam! Eu não preciso te dar satisfações o tempo todo!" E com essas palavras, ela saiu, batendo a porta atrás de si.
Horas se passaram desde então, e Minho estava sentado no sofá, os olhos fixos no relógio. A cada minuto que passava sem notícias de S/n, sua ansiedade aumentava. Ele tentou ligar para ela diversas vezes, mas todas as chamadas foram ignoradas ou encaminhadas para a caixa postal. O arrependimento começava a se instalar, mas o orgulho ainda o segurava.
Quando finalmente ouviu o barulho da porta se abrindo, Minho se levantou num pulo. Ao ver S/n entrar, o alívio o dominou, mas logo foi substituído por preocupação. Ela mal conseguia se manter em pé, e seu estado deixava claro que tinha bebido mais do que deveria.
"S/n!" Minho exclamou, correndo para ajudá-la antes que ela caísse. "Onde você estava? Você tem noção de que horas são?" Ela riu, uma risada amarga e sem humor, tentando se soltar dele. "Ah, agora você se importa? Eu estava... por aí, me divertindo, longe de você e das suas paranoias!"
Minho franziu a testa e a segurou firmemente pelos ombros "Você está bêbada. Não vamos falar sobre isso agora. Vamos para o quarto, você precisa descansar."
"Eu não preciso de nada de você, Minho!" S/n retrucou, "mas, mesmo enquanto falava, seus olhos começaram a se encher de lágrimas. "Eu só queria me sentir... livre, por uma noite."
O coração de Minho apertou ao ouvir isso. Ele sabia que sua insegurança estava pressionando o relacionamento, mas era difícil enfrentar o sentimento de perder S/n. Ele a amava tanto que a possibilidade de outro homem atrair sua atenção o deixava completamente descontrolado.
"Me desculpa, S/n," ele disse suavemente, puxando-a para um abraço. "Eu sei que errei. Eu nunca quis te prender assim."
Ela ficou quieta por um instante, permitindo-se ser envolvida por ele, com as lágrimas escorrendo livremente agora. "Eu só queria que você confiasse em mim, Minho. Não há ninguém mais importante para mim do que você."
Minho sentiu o peito apertar ainda mais com as palavras dela. Ele a abraçou com mais intensidade, com o queixo repousando suavemente no topo da cabeça de S/n. tá? Não quero que você passe por isso por causa minha."
S/n soluçou contra o peito dele, seus dedos agarrando o tecido da camiseta de Minho. "Eu te amo, Minho, mas eu não consigo seguir em frente se as coisas permanecerem desse jeito."
A sinceridade e a dor na voz dela o impactaram profundamente. Ele se afastou um pouco para olhar nos olhos dela, percebendo o quanto havia machucado a pessoa que mais amava. "Eu também te amo, S/n. E eu vou mudar. Eu vou me esforçar, por nós."
Ela concordou com um leve aceno, seus olhos exaustos, mas aliviados. Minho enxugou as lágrimas dela com o polegar antes de guiá-la até o quarto. Ele a ajudou a se deitar na cama, cobrindo-a com o cobertor, mas antes que pudesse se afastar, S/n segurou sua mão.
"Fica comigo?" ela pediu, a voz suave e vulnerável.
Minho não hesitou. Ele se deitou ao lado dela, puxando-a para perto. Ela encostou a cabeça no peito dele, ouvindo as batidas ritmadas do coração de Minho, que a acalmavam.
Enquanto ela adormecia, Minho permaneceu acordado, refletindo sobre tudo o que aconteceu. Ele sabia que levaria tempo para corrigir seus erros e reconquistar a confiança dela, mas estava decidido a fazer o necessário O amor que sentia por S/n era muito maior do que qua.lquer insegurança.
No meio da noite, S/n se mexeu, ainda meio adormecida, e sussurrou: "Minho, obrigada por cuidar de mim... eu não queria te machucar."
Ele beijou o topo da cabeça dela, sentindo uma profunda sensação de amor e de desejo de proteger. "Eu sempre vou cuidar de você, S/n. E nós vamos superar isso juntos."
E assim, no silêncio da madrugada, eles começaram a reconstruir o que quase foi perdido. Com promessas de amor renovadas, adormeceram juntos, conscientes de que, apesar das dificuldades, estavam prontos para lutar pelo relacionamento.
