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Era uma manhã radiante, e a luz solar penetrava delicadamente pelas cortinas do quarto, formando uma atmosfera acolhedora e quente. No entanto, SN não conseguia desfrutar dessa tranquilidade. Ela estava presa em um pesadelo que a atormentava.
Em sua mente, ela se imaginava em um ambiente obscuro, com paredes repletas de sombras que pareciam dançar. O ar estava denso, e a atmosfera carregada de nervosismo. Felix estava ali, mas seu olhar estava distante, como se ele estivesse em um lugar muito longe dela. O contraste com os momentos de amor que compartilhavam era angustiante.
"Felix, eu... estou grávida", SN disse, a voz trêmula e insegura, quase como um sussurro. Ela esperava que essas palavras trouxessem felicidade, mas, em vez disso, observou a expressão dele mudar. A frustração tomou conta de seu rosto, e a expressão de desprezo que se formou em seus lábios fez seu coração despencar.
"Como você pôde fazer isso comigo? Nós não estamos prontos para isso!" Felix gritou, a voz cheia de raiva e desespero. Ele parecia se distanciar dela a cada palavra, como se um vazio se estabelecesse entre eles. O olhar que costumava irradiar amor agora era uma máscara de desapontamento, e SN sentiu como se a terra estivesse se abrindo sob seus pés.
As lágrimas começaram a escorregar por seu rosto, e a sensação de traição a invadiu. Como ele podia não estar feliz? Como ele não via o milagre que estava prestes a acontecer? "Eu só queria que você estivesse comigo", SN implorou, mas suas palavras foram como ecos em um vazio.
O ambiente ao redor dela começou a mudar, a luz se dissipando e as sombras se aprofundando. Ela olhou para Felix, seu coração em pedaços, e viu como ele se afastava, como se estivesse caminhando para longe dela. Ele se virou e, em um gesto cruel, fechou a porta entre eles. O som ressoou em sua mente, e cada pulsação do seu coração parecia um lembrete do que poderia ser, mas que estava se desfazendo.
Ela se sentiu isolada e desorientada, imersa em um oceano de dúvidas. O desespero a envolvia como um véu, e a sensação de abandono era opressora. "Felix, não! Por favor, não faça isso!" Ela gritou, mas sua voz soava distante e inaudível.
A sala começou a girar, e as sombras se tornaram figuras grotescas que dançavam ao redor dela, rindo de sua dor. SN se sentiu presa em uma prisão sem paredes, cercada por dúvidas e medos. Ela tentava recordar os momentos alegres que compartilharam, mas tudo parecia tão remoto agora.
"Eu não posso fazer isso sozinha", ela pensou, e, em um último esforço, tentou se aproximar de Felix, mas ele desapareceu, como se tivesse se desvanecido no ar. Desesperada, SN se lançou para frente, mas a realidade começou a se desfazer ao seu redor, as cores se misturando em uma névoa nebulosa.
Com um sobressalto, ela despertou, o coração acelerado e a respiração ofegante. O pesadelo a deixara esgotada, e ela se sentou na cama, a realidade ainda começando a se estabelecer. Observando ao seu redor, ela viu Felix dormindo ao seu lado, seu rosto tranquilo e sereno. A luz do sol entrava pela janela, envolvendo o quarto em um brilho reconfortante. Um alívio a inundou, mas a memória do pesadelo a fez estremecer.
O pesadelo havia sido apenas isso, um pesadelo. SN levou um momento para respirar fundo, tentando dissipar as sombras que ainda a perseguiam. Ela sabia que precisava contar a Felix sobre a gravidez, mas o medo de sua reação a deixava nervosa. Se o sonho havia revelado seus medos, como seria a realidade?
Com as mãos trêmulas, SN olhou para Felix, que ainda dormia serenamente ao seu lado. Seu coração pulsava com uma mistura de amor e medo. O pesadelo ainda a atormentava, e a imagem da expressão furiosa dele a fazia vacilar. Mas uma coisa era evidente: ela não poderia esconder a verdade por mais tempo.
Felix começou a se mexer, seus olhos se abrindo lentamente enquanto ele despertava. O sol dançava em seu cabelo, fazendo-o parecer ainda mais angelical. Quando seus olhos encontraram os de SN, ele sorriu, aquele sorriso que sempre fazia seu coração derreter. "Bom dia, meu amor", disse ele, a voz suave e sonolenta.
"Bom dia", SN respondeu, tentando esconder a apreensão em sua voz. Mas Felix parecia perceber que algo não estava certo. Seu sorriso desaparecia enquanto ele a encarava, uma expressão de apreensão surgindo em seu rosto.
"Você está bem?" ele perguntou, sentando-se e segurando a mão dela entre as suas. A sensação de seu toque era reconfortante, mas SN sabia que precisava falar. O peso da realidade a oprimia como um fardo, e ela precisava se libertar.
"Felix, eu... eu tenho algo muito importante para te contar", ela começou, a voz trêmula. O olhar dele se intensificou, e ela pôde ver a ansiedade refletida em seus olhos. "Estou grávida."
O silêncio tomou conta do quarto por um breve momento. Felix pareceu congelar, suas feições emaranhadas em confusão. "O que você disse?" Ele se inclinou para frente, como se estivesse tentando processar as palavras.
"Estou grávida", repetiu SN, a tensão crescendo entre eles. "Eu não sei como isso aconteceu... mas é verdade." Ela sentiu lágrimas se acumulando nos olhos, a expectativa entrelaçada com a dor do pesadelo ainda vívido em sua mente.
Finalmente, a expressão de Felix se iluminou, e um sorriso radiante surgiu em seu rosto. "Você está falando sério?" ele perguntou, a felicidade transparecia em cada palavra. Ele se aproximou ainda mais dela, quase sem conseguir acreditar na notícia.
"Sim, eu estou!" SN respondeu, um sorriso começando a surgir em seu rosto também, à medida que a ansiedade se dissipava. A expressão de surpresa dele rapidamente se metamorfoseou em um brilho de alegria. Ele a trouxe para mais perto, envolveu-a em um abraço firme e, em um gesto afetuoso, começou a girá-la no ar.
"Eu não consigo acreditar! Isso é incrível! Nós vamos ser pais!" Felix exclamou, os olhos brilhando com uma felicidade contagiante. SN riu, seu coração se enchendo de alívio e alegria ao ver a reação dele, tão diferente do que havia vivido no pesadelo.
Ele a soltou, olhando profundamente em seus olhos. "Você vai ser uma mãe maravilhosa. Eu prometo que estarei aqui a cada passo do caminho", disse ele, sua voz repleta de emoção. O amor que transbordava de suas palavras fez SN sentir-se mais segura do que nunca.
Com a felicidade irradiando entre eles, Felix se inclinou e a beijou suavemente. Era um beijo cheio de promessas e esperança, um toque que dissipava qualquer sombra de dúvida. SN sentiu-se imersa em um redemoinho de emoções, o medo e a dor do pesadelo sendo gradualmente substituídos pela certeza de que estavam juntos nessa.
"Vamos fazer isso juntos, não importa o que aconteça", Felix sussurrou, segurando seu rosto com carinho. "Nós vamos construir uma família cheia de amor."
E naquele momento, sob a luz suave do sol, SN soube que, independentemente dos desafios que pudessem enfrentar, seu amor por Felix era mais forte do que qualquer pesadelo.
