Lila Howard tinha uma vida perfeita com a sua família, até o acidente acontecer e as custas disso a família morreu e ela ficou doente. Para um novo recomeço a família walter acolhe a junto com a irmã Jackie.
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(Narradora narrando)
Lila estava sentada na poltrona da clínica, os olhos fixos no teto branco enquanto a máquina ao seu lado emitia os últimos sinais de que o tratamento estava a terminar. O zumbido constante, que se tornara familiar ao longo dos meses, deu lugar a um silêncio reconfortante quando o aparelho finalmente desligou. Lila respirou fundo, sentindo uma mistura de alívio e ansiedade. O tratamento tinha sido exaustivo, mas agora, por fim, estava concluído. A enfermeira aproximou-se com um sorriso caloroso, ajudando Lila a levantar-se.
Jackie, que esperara pacientemente ao seu lado, levantou se assim que viu que Lila estava pronta. Elas trocaram um olhar, aquele que só se partilha quando se atravessa algo difícil juntas. Sem precisar de palavras, Jackie pegou na mão de Lila, e juntas saíram da clínica.
A caminho de casa, o carro deslizou suavemente pelas ruas, o silêncio entre as duas sendo confortável, quase meditativo. Jackie, com a mão ainda firmemente entrelaçada na de Lila, lançava-lhe olhares de vez em quando, verificando se ela estava bem. Lila, por sua vez, estava absorta nos seus pensamentos, mas a presença de Jackie ao seu lado era um lembrete constante de que não estava sozinha.
Quando Lila e Jackie abriram a porta de casa, foram recebidas pelo som alto de uma partida de futebol a ecoar pela sala. Os rapazes, estavam confortavelmente instalados no sofá, torcendo animadamente para o seu time favorito. O ambiente era vibrante, cheio de energia, um contraste marcante com o silêncio e a tensão que Lila tinha acabado de deixar para trás.
Assim que Isaac, percebeu a presença delas, desviou o olhar da televisão e sorriu calorosamente. “Oi, loirinha!”, disse ele, com a voz amigável e brincalhona. Havia algo reconfortante na sua saudação casual, como se estivesse a tentar trazer normalidade para o momento.
Lila sorriu de volta. Isaac levantou-se então do sofá, caminhando na direção delas. “Podemos falar?”, perguntou ele, o tom a mudar ligeiramente, ficando mais sério.
Jackie lançou um olhar a Lila, como se perguntasse silenciosamente se ela estava pronta para uma conversa. Lila, sentindo-se curiosa mas também ligeiramente apreensiva, assentiu. Isaac guiou-a até à cozinha, onde o barulho da televisão ficava mais distante.
Isaac olhou para Lila com uma intensidade que ela não estava acostumada a ver nele. Ele hesitou por um momento, como se estivesse a escolher cuidadosamente as palavras, antes de finalmente falar.
“Lila, eu...”, começou ele, a voz vacilando ligeiramente. “Eu preciso te dizer uma coisa. Tenho pensado muito nisso, especialmente depois de tudo o que aconteceu.”
Lila sentiu o coração acelerar, uma mistura de antecipação e medo. Ela podia sentir que algo importante estava por vir.
“Eu gosto de ti, Lila. Sempre gostei”, confessou ele, os olhos nunca deixando os dela. “Mas agora... depois de ver-te passar por tudo isto, percebi que o que sinto é mais do que simples amizade. Eu quero estar contigo. Apesar de tudo.”
