Vinte

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(Lila narrando)

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(Lila narrando)

Acordei rapidamente com uma
sensação de mal-estar que não
consegui ignorar. O meu estômago
revirava-se e eu sabia o que estava por vir.
Corri para a casa de banho, mal tive
tempo de amarrar o cabelo antes de
começar a vomitar. Mas, quando
terminei e olhei para as mãos, o meu
coração parou. Entre os dedos, senti
algo estranho e vi que fios de cabelo se
tinham soltado. Muito cabelo. Tentei
afastá-lo, mas quanto mais mexia, mais
cabelo caía.
Virei-me para o espelho e o que vi
deixou-me gelada. Havia zonas no meu
couro cabeludo quase carecas, e o meu
cabelo, que sempre tinha sido uma
parte de mim, estava a desaparecer.

Senti uma onda de desespero a tomar
conta de mim. As lágrimas
começaram a cair, primeiro
silenciosamente, depois em soluços
incontroláveis. Sentia-me impotente,
como se estivesse a perder não só o
cabelo, mas uma parte essencial de
quem sou.
Sem pensar muito, peguei numa
tesoura. Se o meu cabelo estava a cair,
talvez fosse melhor eu própria cortá-lo.
Comecei a cortar, cada pedaço que caía
era como se cortasse parte de mim. As
lágrimas misturavam-se com o meu
choro, mas continuei, mesmo que mal
conseguisse ver o que estava a fazer.

Era como se, ao cortar, estivesse a
tentar retomar algum controlo, mas só
me sentia pior a cada movimento da
tesoura.
No meio do meu desespero, ouvi um
som atrás de mim. Katherine, tinha acordado com o barulho. Ao
ver-me, os olhos dela encheram-se de
lágrimas instantaneamente, mas não
disse nada. Apenas se aproximou e
pegou numa máquina de cortar cabelo.
Sem uma palavra, começou a raspar o
que restava do meu cabelo. Eu não
conseguia parar de chorar, e ela
também começou a chorar, mas
continuou a trabalhar, com mãos
trémulas mas decididas.

O som do nosso choro deve ter
despertado os outros, porque de
repente a porta abriu-se e vi Isaac, com
os olhos vermelhos de preocupação.
Ele não disse nada. Apenas se
aproximou e me abraçou,
envolvendo-me com os braços como se
quisesse proteger-me de toda a dor.
Katherine não parou de raspar o cabelo,
mas começou a chorar ainda mais, e
senti o abraço dela se juntar ao de
Isaac.
Num momento, estava cercada por
todos os walters e a minha irmã, com os seus braços à minha volta.
O choro que eu tentara esconder
durante tanto tempo estava agora à
vista de todos, e, embora me sentisse
devastada, também senti um pequeno
alívio por não estar sozinha. E então
deixei-me afundar nos seus braços,
chorando tudo o que ainda tinha para
chorar.

 E entãodeixei-me afundar nos seus braços,chorando tudo o que ainda tinha parachorar

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Oii amores, não se esqueçam de votar e comentar.
Espero que estejam a gostar e desculpem qualquer erro.
Daqui para a frente vai ser só ladeira a baixo.
Beijinhos lindos.

Lover-Isaac GarciaOnde histórias criam vida. Descubra agora