Por sorte, Minho ainda não havia chegado, te deixando sozinha e com tempo o suficiente para tirar as roupas e guardar os sapatos. Enquanto tirava a blusa ouviu a porta ser aberta com seus passos suaves, como se quisessem passar-se despercebidos, sussurrou um cumprimento fofo para com os gatos e continuou andando nas pontas dos pés.
Após se trocar devidamente, deitou-se na cama em alerta ao barulho de materiais na cozinha, permaneceu em silêncio tentando adivinhar o que ele fazia naquele cômodo do apê. Deixou a coberta em um movimento "confortável" para não levantar suspeitas sobre a recém chegada.
Os passos ganharam vida para mais perto, agora ecoados por suas pantufas macias. Ele empurrou ligeiramente a porta com o pé, entrando com dificuldade para não derrubar uma bandeja prateada.
— Bonequinha, cheguei!
— Pensei que me abandonaria com nossos filhos. – falando neles, ouviu barulhos da bolinha peluda batendo na parede, estavam brincando.
— Nunca deixaria minha esposa sozinha por muito tempo. – aproximou-se com a bandeja, a colocando encima da cômoda, e antes que pudesse ver, ele interveio com suas palavras – Tenho muita coisa pra dizer, espero que consiga ter paciência para me ouvir.
Sem espaço para respostas, ele se ajoelhou no chão ao seu lado na cama, pegando em sua mão levemente, envolvendo com as suas em formato de uma concha.
— Desculpe-me se errei com você e não percebi, foi em meio ao momento e eu não consegui pensar que você estaria assustada comigo. Não sei o que você viu de errado, mas peço mil perdões, minha consciência está pesada como se tivesse um concreto sobre as minhas costas e não consigo fingir que nada aconteceu depois de hoje de manhã. Eu não sei como eu posso me desculpar, mas por favor, me desculpa!
Alcançou os lábios em suas mãos, ele distribuiu beijinhos pelos seus dedos até a palma, meio rápido como se estivesse nervoso.
— Eu não sei fazer um pedido de desculpas perfeito, então fui até o mercado nesse meio tempo e... Fiz isso pra você. – pegou a bandeja e cuidadosamente deixou em seu colo, acima das coxas – Não sabia o que você iria querer então peguei um pouco de cada de tudo!
Era uma bandeja com repartições estabelecidas, então os petiscos estavam bem organizados em seus lugares. Marshmallows, balas de goma, salgadinhos, duas unidades de iogurte e um bolinho de padaria complementavam o preto tão bem feito.
Os seus olhos não puderam deixar de brilhar, se Minho sabia como agradá-la, era pela barriguinha prontinha pra ter diabete e pressão alta.
— Eu misturei um iogurte com cereal, mas caso você não goste o outro é sem! – alertou pegando uma pequena colher limpa de seu bolso.
Os olhos dele brilhavam como olhos de um animal abandonado querendo atenção e carinho, seus lábios pequenininhos como um bico prestes a chorar por sua aceitação. Não havia uma célula em seu corpo que não tivesse pena daquele gatinho em formato humano.
Ele sabia exatamente como te fazer se sentir culpada pra caralho, o desconforto que havia sentido agora parecia ter morrido em seu peito e a dúvida lhe consumia. Porque havia feito aquilo? Era só uma tensão do seu corpo, ou estava sentimental demais? Seja qual fosse o motivo, a culpa chegou como um trem atropelador.
Realmente parecia arrependido, até demais, isso cortava seu coração por ter machucado ele.
— Você me perdoa...?
— Perdôo sim, não precisava disso tudo. – olhou para a bandeja em seu colo – Você exagerou um pouquinho, assim eu fico me sentindo culpada...
— Não! Não é pra você se sentir culpada! – balançou as mãos na frente do rosto como um protesto desesperado – Me desculpa se pareceu isso!
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Possessão Açucarada - Imagine YANDERE Lee Know
FanfictionS/n, por um caso de perca de memória grave, acaba estando consideravelmente frágil, com o medo crescente que esquecesse de tudo novamente. Mas não está sozinha, seu »confiável« marido, Lee Minho, cuidaria de qualquer detalhe que pudesse atrapalhar s...