— Eu não sei quem é, Minho. Ele apenas veio me acompanhar até aqui!
— "Apenas veio me acompanhar", e eu sou trouxa pra saber que aquele homem tava querendo dar encima de você, sem vergonha nenhuma?! – ele largou seus ombros, saindo de perto e começando a andar em círculos infinitos pela casa.
Para ser sincera, nunca viu Minho tão alarmado assim. Ele parece estar em um transe consigo mesmo, dentro de seu círculo de exclusão enquanto resmunga.
— É isso que dá, ISSO QUE DÁ DEIXAR VOCÊ SOZINHA POR MAIS DE DOIS MINUTOS!! – gritou repentinamente, fazendo-te encolher diante ao seu escândalo – Como sempre, ninguém aguenta a merda do pau nas calças e vem todo bobinho dar uma de santinho pra cima de você.
Tem algo crescendo no seu peito, alguma coisa que não consigue evitar. Colocou a minha mão sobre o busto, acima da blusa, apertando fortemente o tecido da camisa até ele se amassar.
— Depois eu surto, e quem está errado? EU ESTOU ERRADO!! PORQUE ALGUM IDIOTA NESSE MUNDO NÃO RESPEITA O BÁSICO DA LEI DO MATRIMÔNIO!!
Seus olhos estão começando a arder, você quer chorar, mas não chorar de angústia, tristeza, solidão, não. Não está chorando de amargura. Está... Está chorando de medo.
Porque está com medo? Com medo de Minho, ainda por cima? Nunca teve medo dele, afinal, em uma relação de longa duração, para ser saudável, não deve existir medo, certo?
— E DEPOIS FALAM QUE EU CUIDO DEMAIS, QUE EU SOU EXAGERADO, QUE EU SOU UM IRRESPONSÁVEL CIUMENTO!!
E ele não para... Não para de gritar...
— E EU MATO AQUELE DESGRAÇADO, E A CULPA É DE QUEM?! MINHA!!
— Por favor, para de gritar...
— EU DEVIA TER FEITO ELE ENGOLIR VIDRO PRA VER SE GANHAVA VERGONHA NA CARA E...
— Eu disse pra parar de GRITAR!! – sua voz se descontrolou, arrancando o Lee do transe que estava.
Encontrou você, com as mãos tampando suas orelhas, os dedos emaranhados nos fios de cabelo. Sua respiração começando a se desregular enquanto algumas lágrimas solitárias caíam sobre seu rosto tão delicado, seus olhos já se encontravam vermelhos pelo desespero.
Foi quando ele percebeu o que fez: havia gritado, jogado toda a raiva que sentia, tudo isso na sua frente.
Por outro lado, você não sabia o porque, mas chorava sem controle, seus ouvidos estavam agoniados com os gritos, mesmo que abafados por suas mãos firmes. As unhas arranharam seu maxilar pelo nervosismo.
Você está tremendo, está com medo, com medo de Minho. Mas não sabe porque está temendo sua raiva, nem porque está descontrolada com seus sentidos.
— Bonequinha... – com os ombros frouxos, Minho de arrependeu, a voz voltou a ser aveludada para acalmá-la.
Ele abriu os braços em uma ação singela, tentando se aproximar de você com um abraço reconfortante, mas seu coração se partiu como um vitral quando você se afastou assustada, tropeçando e caindo no chão.
O Lee se agachou lentamente para abaixar sua guarda, estendendo a mão, prestes a te levantar. Mas você negou, suas pernas empurrando seu corpo para trás, mantendo distância enquanto os olhos arregalados olhando para ele não sabiam o que fazer.
— Não me toca. – tentou alcançar sua mão, apesar da sua voz negá-lo – EU DISSE PRA NÃO ME TOCAR!!
Foi a vez dele se afastar, caindo de joelhos por fim, encarando seu rosto murcho. Estava aterrorizada, assustada como um pobre coelhinho correndo para longe do caçador, e isso era culpa dele. Ele havia provocado isso, ele que estava gritando sem esperar nenhuma reação, um... Um... Um irresponsável.
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Possessão Açucarada - Imagine YANDERE Lee Know
Fiksi PenggemarS/n, por um caso de perca de memória grave, acaba estando consideravelmente frágil, com o medo crescente que esquecesse de tudo novamente. Mas não está sozinha, seu »confiável« marido, Lee Minho, cuidaria de qualquer detalhe que pudesse atrapalhar s...