Capítulo Dez: Corrida Contra a Morte - Parte 1

13 1 8
                                    

Brice saiu do banho, deixando o banheiro envolto numa nuvem de vapor e sua pele ainda úmida.

Ela esfregou a toalha amarela nos cabelos molhados, deixando gotas escorrerem pelo rosto enquanto seguia para o quarto. Ao entrar, estranhou quando não encontrou Trixie na cama.

Fier franziu o cenho e olhou ao redor do quarto, procurando por qualquer sinal da garota, mas Trixie não estava em lugar algum.

- Trixie! Onde você se meteu?!... - a bruxa sussurrava como se Trixie pudesse ouvi-la de onde quer que estivesse.

Foi então que Brice notou algo incomum: a janela do quarto estava aberta... um vento frio soprando para dentro e fazendo as cortinas dançarem lentamente.

- Trixie, não me assuste, caramba...

Quando a bruxa se aproximou da janela para olhar o lado de fora, encontrou apenas a escuridão da noite envolvendo o quintal em uma penumbra.

- Ai, meu Deus...

Onde Trixie poderia estar? E por que a janela do quarto estava aberta?

Apreensiva, Brice deu um passo desengonçado para trás. Sua intuição gritava para ela agir rapidamente antes que seus pressentimentos ruins se tornassem realidade.

A jovem ficou tão entregue a preocupação com Trixie que mal percebeu a aproximação silenciosa de alguém por trás de si....

- Oi, querida?...

A voz repentina a fez saltar de susto e virar-se rapidamente para trás, seus fios de cabelos voando com o giro. Era a mãe de Trixie, um pouco sonolenta.

- Desculpa se te assustei, mas o que está acontecendo? Onde a Trixie está?

Brice respirou fundo, recuperando a compostura. Então, ela começou a explicar:

- Eu não sei onde a Trixie está, senhora Delacorte. Eu encontrei o quarto vazio e a janela aberta.

Amelie franziu a testa, sua sonolência dando lugar a preocupação. Ela imediatamente começou a se agitar, acendendo a luz azul do quarto e desbloqueando seu celular.

- Vamos encontrar a minha filha! Eu vou ligar para a polícia agora mesmo. Fique aqui, eu vou verificar o resto da casa.

Brice sentiu um calafrio quando a mãe de Trixie mencionou chamar a polícia.

A garota sabia que envolver as autoridades poderia complicar ainda mais as coisas, especialmente com um assassino mascarado envolvido na história. Ela tinha que fazer algo para impedi-la:

- Não, Sra. Amelie, por favor! - pediu, quase implorando. - Não chame a polícia!

A mulher ficou confusa.

- Mas por que não, querida? Precisamos encontrar a Trixie o mais rápido possível! Minha filha simplesmente desapareceu, menina!

Brice, desesperada, continuou apelando:

- Eu sei, mas... a polícia não pode se envolver nisso. Acredite em mim!... Eles podem colocar a Trixie em perigo!

A mãe de Trixie hesitou por um momento diante do aviso de Brice. Mas então, ela negou sacudindo a cabeça, decidida:

- Não podemos ficar paradas enquanto minha filha está desaparecida. Eu vou ligar para a polícia agora mesmo!

Brice sentiu o desespero dentro de si enquanto via a mãe de Trixie com o telefone, discando o número da polícia. Ela sabia que tinha que fazer alguma coisa para impedi-la, mas o que poderia fazer?

- Por favor, Sra. Amelie, me escute! Não podemos arriscar a vida da sua filha assim! - suas palavras caíram em ouvidos surdos enquanto a mais velha continuava a discar o número. - Não podemos arriscar a vida da minha amiga assim!

Páginas da Morte Onde histórias criam vida. Descubra agora