Brice saiu do banho, deixando o banheiro envolto numa nuvem de vapor e sua pele ainda úmida.
Ela esfregou a toalha amarela nos cabelos molhados, deixando gotas escorrerem pelo rosto enquanto seguia para o quarto. Ao entrar, estranhou quando não encontrou Trixie na cama.
Fier franziu o cenho e olhou ao redor do quarto, procurando por qualquer sinal da garota, mas Trixie não estava em lugar algum.
- Trixie! Onde você se meteu?!... - a bruxa sussurrava como se Trixie pudesse ouvi-la de onde quer que estivesse.
Foi então que Brice notou algo incomum: a janela do quarto estava aberta... um vento frio soprando para dentro e fazendo as cortinas dançarem lentamente.
- Trixie, não me assuste, caramba...
Quando a bruxa se aproximou da janela para olhar o lado de fora, encontrou apenas a escuridão da noite envolvendo o quintal em uma penumbra.
- Ai, meu Deus...
Onde Trixie poderia estar? E por que a janela do quarto estava aberta?
Apreensiva, Brice deu um passo desengonçado para trás. Sua intuição gritava para ela agir rapidamente antes que seus pressentimentos ruins se tornassem realidade.
A jovem ficou tão entregue a preocupação com Trixie que mal percebeu a aproximação silenciosa de alguém por trás de si....
- Oi, querida?...
A voz repentina a fez saltar de susto e virar-se rapidamente para trás, seus fios de cabelos voando com o giro. Era a mãe de Trixie, um pouco sonolenta.
- Desculpa se te assustei, mas o que está acontecendo? Onde a Trixie está?
Brice respirou fundo, recuperando a compostura. Então, ela começou a explicar:
- Eu não sei onde a Trixie está, senhora Delacorte. Eu encontrei o quarto vazio e a janela aberta.
Amelie franziu a testa, sua sonolência dando lugar a preocupação. Ela imediatamente começou a se agitar, acendendo a luz azul do quarto e desbloqueando seu celular.
- Vamos encontrar a minha filha! Eu vou ligar para a polícia agora mesmo. Fique aqui, eu vou verificar o resto da casa.
Brice sentiu um calafrio quando a mãe de Trixie mencionou chamar a polícia.
A garota sabia que envolver as autoridades poderia complicar ainda mais as coisas, especialmente com um assassino mascarado envolvido na história. Ela tinha que fazer algo para impedi-la:
- Não, Sra. Amelie, por favor! - pediu, quase implorando. - Não chame a polícia!
A mulher ficou confusa.
- Mas por que não, querida? Precisamos encontrar a Trixie o mais rápido possível! Minha filha simplesmente desapareceu, menina!
Brice, desesperada, continuou apelando:
- Eu sei, mas... a polícia não pode se envolver nisso. Acredite em mim!... Eles podem colocar a Trixie em perigo!
A mãe de Trixie hesitou por um momento diante do aviso de Brice. Mas então, ela negou sacudindo a cabeça, decidida:
- Não podemos ficar paradas enquanto minha filha está desaparecida. Eu vou ligar para a polícia agora mesmo!
Brice sentiu o desespero dentro de si enquanto via a mãe de Trixie com o telefone, discando o número da polícia. Ela sabia que tinha que fazer alguma coisa para impedi-la, mas o que poderia fazer?
- Por favor, Sra. Amelie, me escute! Não podemos arriscar a vida da sua filha assim! - suas palavras caíram em ouvidos surdos enquanto a mais velha continuava a discar o número. - Não podemos arriscar a vida da minha amiga assim!
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Páginas da Morte
Terror"Em Brooklyn, oito amigos leitores são aterrorizados por um assassino mascarado que usa um livro para planejar seus ataques, tendo cada capítulo representando a morte de sua próxima vítima."