#00'7👑

25 3 1
                                    

Eu estava deitada na cama, encarando o teto do meu quarto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Eu estava deitada na cama, encarando o teto do meu quarto. A conversa com Alex no jardim havia deixado minha mente uma bagunça. Meu coração estava batendo forte, ainda processando tudo o que havia acontecido mais cedo. Ele tinha sido honesto, algo que eu não esperava, e isso só tornou as coisas mais complicadas.

Enquanto meus pensamentos corriam soltos, ouvi uma batida suave na porta. Antes que eu pudesse responder, a porta se abriu lentamente, e Julieta espiou por entre a fresta.

— Posso entrar? — ela perguntou, sua voz baixa e hesitante.

— Claro, Juju. Entre.

Ela entrou e fechou a porta atrás de si, se aproximando da minha cama com um olhar curioso. Julieta sempre sabia quando algo estava me incomodando, e essa noite não era diferente. Ela se jogou ao meu lado, deitando-se de barriga para baixo e me encarando com aquele olhar que dizia: "Desembucha."

— O que aconteceu? Você está com uma cara de quem viu um fantasma — Julieta perguntou, sem rodeios.

Suspirei, sabendo que não conseguiria esconder nada dela. Julieta sempre foi minha confidente, minha cúmplice em todas as situações difíceis.

— Alex... Nós tivemos uma conversa hoje — comecei, escolhendo cuidadosamente as palavras.

— E...? — Ela ergueu uma sobrancelha, impaciente. — O que ele disse?

— Ele basicamente confessou que está apaixonado por mim — falei, como se não fosse grande coisa, mas meu coração estava disparado.

Julieta arregalou os olhos, um sorriso travesso se formando em seu rosto. — Eu sabia! — exclamou, sentando-se de repente. — Sempre soube que ele estava caidinho por você! E o que você disse?

— Disse que sinto o mesmo, mas que é complicado.

Ela soltou um suspiro exagerado e se jogou para trás, voltando a deitar-se ao meu lado. — Cara, que merda complicada, hein? Mas ao mesmo tempo... Eu acho isso ótimo. Vocês dois sempre foram meio óbvios, sabia? Desde que se conheceram, a tensão estava ali.

Eu ri, um pouco nervosa. — Talvez você tenha razão. Mas o que diabos a gente faz agora?

Julieta ficou em silêncio por um momento, claramente pensando em alguma solução mirabolante. — Bom, a gente pode simplesmente ver onde isso vai dar. Tipo, não precisa ser tudo ou nada agora. Vocês podem dar uns beijinhos escondidos, sem ninguém saber.

— Ah, claro. Porque isso não vai complicar ainda mais as coisas — respondi, o sarcasmo evidente na minha voz.

Ela deu de ombros, como se fosse a coisa mais simples do mundo. — Complicações são inevitáveis, amiga. Ainda mais quando se trata de amor. Mas olha, se você quer a minha opinião sincera, eu acho que você devia seguir em frente com isso. Alex é um cara legal, apesar de toda a pose de príncipe fodão.

— E se der tudo errado? — perguntei, minha voz saindo mais fraca do que eu pretendia. — Se a gente acabar se magoando ou pior, envolvendo nossas famílias nessa bagunça?

Julieta me encarou por um momento, o sorriso desaparecendo lentamente. — Liv, tudo na vida envolve riscos. E eu sei que, com as nossas famílias, tudo fica mais complicado. Mas você merece ser feliz, e se Alex te faz sentir isso, então você precisa tentar. Merda, vocês dois já estão metidos nessa até o pescoço, de qualquer jeito.

Suspirei, sabendo que ela estava certa. Sempre soube que Julieta seria a voz da razão em meio a essa confusão.

— Acho que o problema é que, por mais que eu queira, tenho medo de tudo desmoronar.

— E se desmoronar, a gente constrói de novo. Eu vou estar aqui para te ajudar, sempre — Julieta falou, sua voz firme e cheia de convicção.

Olhei para ela, agradecida por ter alguém como ela ao meu lado. — Obrigada, Juju. Não sei o que faria sem você.

— Provavelmente iria enlouquecer — ela disse, dando de ombros e arrancando uma risada de mim. — Agora, falando sério, só segue seu coração. Se ele te diz para ficar com Alex, então vá em frente. Se te diz para correr, aí você corre.

— Meu coração é um idiota, não sabe o que quer — murmurei, ainda incerta sobre tudo.

— Então, ouça a sua melhor amiga. Ela sempre sabe das coisas.

Sorrimos uma para a outra, e por um momento, o peso em meu peito parecia mais leve. Conversar com Julieta sempre me ajudava a ver as coisas de uma perspectiva diferente. Mesmo que eu ainda estivesse confusa, sabia que não estava sozinha. Julieta estava ali, pronta para me apoiar, não importa o que acontecesse.

— Então, o que você acha de fazermos um pacto? — ela perguntou, um brilho travesso nos olhos.

— Que tipo de pacto?

— Prometemos que, não importa o que aconteça, não vamos deixar que essa merda toda destrua nossa amizade. Nada de drama, nada de segredos. E, mais importante, nada de deixar homem nenhum vir entre nós.

Sorri, estendendo minha mão para ela. — Fechado.

Ela apertou minha mão, selando nosso pacto com um sorriso de quem sabe que está prestes a causar mais confusão do que resolver.

— Agora, vamos dormir, porque amanhã tem mais drama pela frente — ela disse, já se levantando e caminhando até a porta.

— Boa noite, Juju. E obrigada.

— Sempre, Lilica.

E com isso, ela saiu do quarto, me deixando sozinha com meus pensamentos. Mas agora, com um pouco mais de clareza. Sabia que, não importava o que o futuro trouxesse, teria Julieta ao meu lado para enfrentar tudo.

𝓛𝚊𝚌̧𝚘𝚜 𝓡𝚎𝚊𝚒𝚜 | 𝗟𝗶𝗹𝗲𝘅Onde histórias criam vida. Descubra agora